Ultima atualização 29 de novembro

8º Expo CIST reforça importância do seguro transporte para setor de Logística

Evento reuniu agentes do mercado de Seguros e Logística para promover a discussão sobre questões referentes aos segmentos
transporte
Alfredo Chaia

EXCLUSIVO – Após dois anos da última edição, o CIST (Clube Internacional de Seguros de Transporte) realizou hoje, 25 de novembro, o 8º Expo CIST no Sheraton São Paulo WTC. O evento reuniu agentes do ecossistema de logística de carga, gestão de riscos, seguros e todos os serviços relacionados ao setor de Logística para para promover a discussão sobre questões referentes ao segmento.

Para Alfredo Chaia, presidente da entidade, o mercado está em constante expansão no Brasil, principalmente após a pandemia, com maior utilização de tecnologias e inovações para uma gestão eficiente. “Esse cenário complexo e diverso no país, torna ainda mais desafiador ao mercado de seguros e gerenciamento de ricos promover seu crescimento. Mas temos inúmeras oportunidades aqui no Brasil para atuarmos de maneira mais efetiva, e nós temos a obrigação de disseminar a cultura do seguro transporte aqui no país”.

Um dois painéis do evento abordou o tema ”Risco Ambiental na Logística de Carga: Desafios de Logística Atendimento de Emergência e Seguros AC”. Participaram dessa plenária Jorge Luiz Nobre Gouveia; gerente do Departamento de Desenvolvimento Estratégico e Institucional da CETESB; Rafael Amadiu, head de Seguros para a América do Sul da BASF; Rogério Bruch, diretor comercial da Fetransporte Brasil; Ivor Moreno, Chief Risk Officer e head Transportador, Ambiental e Inovação da Akad Seguros Brasil; e Dennys Spencer, Chief Operating Officer da Ambipar Response.

Segundo Spencer, o seguro é uma das principais ferramentas mitigadoras de risco, trazendo uma grande proteção para as companhias. Entretanto, é necessário que as empresas elaborem um plano de contingência para mitigar possíveis acidentes ambientais. “Com os critérios ASG em evidência, é preciso que embarcadores e transportadores saibam os riscos que o seu negócio pode oferecer à natureza. Na emergência, não só a estrutura em campo é fundamental, mas uma comunicação fluída é importante para a execução desse planejamento”.

Gouveia ressaltou também a importância dos órgãos reguladores no controle e monitoramento da proteção do meio ambiente na região. “É preciso extinguir a ideia de que quando um órgão ambiental está em um lugar, é para aplicar alguma multa. Muito mais do que exigir que uma empresa pague um valor pelo dano cometido, o importante são as exigências regulatórias para que aquela corporação não cometa o mesmo erro. Isso dá ao mercado um mindset focado na preservação do meio ambiente, e a indústria de seguros vem colaborando para isso”.

Para Moreno, do lado do seguro, falta muita consciência para transportador e embarcador sobre a responsabilidade dos riscos das cargas. “Muitas empresas contratam o seguro transporte achando que a seguradora será totalmente responsável por todo processo de sinistro. Mas a nossa função é entender o que está sendo afetado naquele evento, entendendo o prejuízo ambiental e financeiro para orientar a companhia sobre o quais medidas ela deve adotar”.

Já no painel “Risco Cibernético na Logística: Oportunidades, Riscos e Desafios para Seguro Transporte de Carga” reuniu especialistas para falar como os ataques hackers pode prejudicar uma operação. Flávia Bigi Maya Monteiro, presidente da WistaBrazil; Carlos Andre Barbosa de Almeida, sócio e CTO da IB Cyber Security; Mariana Ortiz, partner de Cyber & Corporate Risk na GRC Solutions; e Cláudio Macedo, fundador da Clamapi Seguros Cibernéticos e cofundador da Blue Cyber Seguros, trouxeram suas visões sobre o tema.

De acordo com o último levantamento da companhia israelense CheckPoint, o segundo trimestre de 2022 apresentou um pico histórico, com um aumento dos ataques cibernéticos globais na ordem de 32% em comparação com o segundo trimestre de 2021. O Brasil apresentou um crescimento acima da média, em torno de 46%. Dados da Trend Micro, empresa global especializada em cibersegurança, apontam que o país ocupa o quarto lugar no mundo em volume de ataques virtuais, atrás somente dos EUA, Rússia e Japão.

Para Marina, muito além perda dos dados, um ataque cibernético pode provocar a paralização dos negócios e gerar problemas relacionados à terceiros. “Infelizmente, aqui no Brasil ainda não há a conscientização necessária sobre a importância da proteção de dados nas empresas. Além disso, há o fator humano como potencializador de um ataque hacker por falta de treinamento dos colaboradores. Para mudarmos isto, é preciso trabalhar na quantificação do risco cibernético de maneira mais direta”.

Segundo Almeida, é importante entender que toda inovação trás uma vulnerabilidade, e quando esse risco é descoberto alguém irá tentar explorá-lo. “Acredito que a cadeia logística tem a necessidade de contar com uma mitigação de riscos, já que o seguro faz a mitigação de danos. Muitas empresas acham que o seu negócio não é alvo desses ataques cibernéticos, principalmente as PME’s. E quando falamos sobre esse tema pensando neste mercado, esse risco é muito mais grave pois os hackers geralmente invadem os sistemas para obterem detalhes da operação e, assim, roubarem a carga. Entendendo a complexidade dos seus dados e investindo em uma apólice de seguro, além da capacitação de funcionários, as companhias estarão mais protegidas”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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