Ultima atualização 11 de agosto

Com aumento das compras online, seguro cyber é aliado das empresas

Segundo uma pesquisa feita pela plataforma Cupom Válido, o Brasil lidera o ranking mundial de crescimento do e-commerce

EXCLUSIVO – Adquirir produtos online é uma tendência que está crescendo mais do que nunca, especialmente no Brasil. Segundo um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido, com dados da Statista sobre as vendas no e-commerce, o país lidera o ranking mundial de crescimento das compras online, com uma alta de 22,2% neste ano, e um crescimento estimado de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025.

De acordo com a pesquisa, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e acima até de países como o Japão (14,7%), o Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%). O estudo ainda constatou que a pandemia e a baixa penetração de compras online no país foram dois fatores cruciais para essa alta no e-commerce. Como grande parte da população de países desenvolvidos já tinham o hábito de comprar virtualmente, a taxa de crescimento em potencial tende a ser menor nos próximos anos. No Reino Unido, por exemplo, 84% das pessoas realizaram pelo menos uma compra nos últimos 12 meses. Entretanto, no caso do Brasil, apenas 49% da população realizou ao menos uma compra online no último ano.

Caroline Ayub

Com o crescimento das compras online, os ataques cibernéticos também aumentaram na mesma proporção, o que reforça a importância do seguro cyber. No Brasil, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), o mercado nacional de seguros registrou alta de 135% na sinistralidade do produto em 2021 quando comparado ao ano anterior. “Podemos dizer que a pandemia trouxe a necessidade da digitalização forçada e às pressas para diversas organizações. Com isso, é possível que as empresas não tenham sido considerados todos os aspectos de segurança, especialmente a proteção contra riscos cibernéticos. Diante desse cenário, o seguro é um aliado fundamental”, afirma Caroline Ayub, superintendente de Linhas Financeiras da Tokio Marine.

Entre as coberturas do seguro, estão inclusas investigação forense; extorsão cibernética (ransonware); notificação e monitoramento; restauração de dados eletrônicos; interrupção de rede (lucros cessantes e despesas operacionais); sanções administrativas (inclusive multas) e restituição de imagem da organização. Além disso, o produto cobre a parte de responsabilidade civil e danos a terceiros.

Hellen Fernandes

Para Hellen Fernandes, gerente de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, “empresas de todos os portes precisam ficar atentas às possíveis vulnerabilidades e, para tal, devem procurar ferramentas para entender e gerir essa questão de maneira adequada e eficiente, buscando conhecimento e proteções de acordo com a legislação e com cada modelo de negócio”. A executiva ressalta que uma estratégia bem-sucedida de segurança e privacidade de dados passa por criar a consciência dos riscos dentro da instituição, garantindo que haja um engajamento entre os colaboradores, em especial da alta administração.

Leandro Freita

Focando nas ações que o mercado de seguros deve adotar para melhorar o gerenciamento dos riscos cibernéticos, Leandro Freitas, diretor de Linhas Financeiras da MDS Brasil, afirma que as seguradoras devem investir em produtos cada vez mais personalizáveis e adequados para a realidade de cada organização. “Vale lembrar que as seguradoras hoje já oferecem o risk assessment como serviço acoplado ao seguro, o que ajuda os seus clientes a entenderem melhor suas vulnerabilidades e expõem as necessidades para que o risco de ataques hackers possa ser mitigado”.

Lívia Souza

De acordo com a pesquisa Global Digital Trust Insights 2022, 83% das empresas brasileiras estão aumentando os investimentos em segurança cibernética. Contudo, Lívia Souza, gerente de Linhas Financeiras da corretora, ressalta que para que o produto cresça cada vez mais, é preciso uma alteração no mindset dos empresários em entenderem que a proteção a seus sistemas são a premissa para a efetiva aceitação da seguradora na mitigação dos riscos. “Em um mundo cada mais virtual entendemos que haverá uma maior percepção da necessidade de proteção, de modo que a contratação do seguro não seja vista como uma opção do empresário ou apenas uma obrigação contratual, mas sim uma necessidade fundamental e indispensável para toda e qualquer empresa”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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