Ultima atualização 03 de junho

“Ainda temos uma subutilização do instrumento securitário na sociedade”

O presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas, falou um pouco sobre as oportunidades do setor para 2022 no programa ''Diálogos CEO''

EXCLUSIVO – Debater as oportunidades para o mercado de seguros em 2022. Esse foi o objetivo do programa ”Diálogos CEO”, organizado pela Revista Apólice, na manhã desta quinta-feira, 02 de junho. Dessa vez o entrevistado pela jornalista Kelly Lubiato foi Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, que falou um pouco sobre as expectativas da empresa para esse ano, o impacto da crise sanitária e outros temas.

Segundo o executivo, após o início da pandemia o Brasil começou a sofrer um processo de depressão econômica, entretanto a população sentiu a necessidade de estar protegida e continuou a contratar apólices de seguros. “O mercado, de forma geral, se beneficia do crescimento econômico, mas mesmo assim as pessoas não deixaram de adquirir um seguro. Os seguros de pessoas, por exemplo, cresceram 12,7% em 2021 e ultrapassaram R$ 51 bi em prêmios. Então há a expectativa de que o cenário para o nosso segmento continue promissor”.

De acordo com Freitas, especialmente pela força da marca na área, a carteira de seguro saúde acaba sendo o carro chefe da Seguros Unimed. Nesse momento, a empresa também está otimista em relação aos planos odontológicos. Além disso, a companhia registrou bons resultados no seguro de vida. “Principalmente o Seguro de Incapacidade Temporária, o Serit, é um case de sucesso. Ele passou a ser muito mais procurado por conta da pandemia, principalmente pelos profissionais liberais”.

Sobre a sinistralidade do seguro de vida, o executivo disse que o fato da seguradora ter passado a cobrir casos de Covid-19 acabou afetando o número de sinistros na carteira. “Quando passamos a aceitar a cobertura de casos da doença, tínhamos plena consciência de que isso iria acontecer. Em 2020, registramos um resultado negativo no resultado operacional por conta desses sinistros. Contudo, tivemos uma sinistralidade compensada no seguro saúde, pois as pessoas não estavam realizando tantos procedimentos médicos. Já em 2021, aconteceu o movimento contrário. Só os eventos da Covid-19 nos custaram mais de R$ 240 milhões. Foram mais de 13 mil famílias que se beneficiaram dessa cobertura, o que reforça nosso papel social”.

Para Freitas, a pandemia trouxe um despertar para o mercado criar e adaptar produtos e a transformação digital está auxiliando o setor de seguros nesse processo. “Percebemos uma valorização dos seguros que não protegem apenas a vida, mas também ao patrimônio do segurado. Então, nos seguros patrimoniais percebemos um crescimento do seguro de Responsabilidade Civil, cujo o carro-chefe da carteira é a cobertura de RC Médica. Infelizmente ainda temos uma subutilização do instrumento securitário na sociedade brasileira, que consome muito menos seguros do que deveria”.

O presidente da Seguros Unimed também comentou sobre o segmento PME’s e quais as iniciativas da seguradora para esse setor. “Os produtos para pequenas e médias empresas acabaram se mostrando uma grande alternativa para que as pessoas adquiram um plano. Diferentemente dos planos individuais e familiares, que não contam com uma previsibilidade de reajuste, nessa carteira há a possibilidade de revisão anual, o que torna o produto mais barato. Em alguns mercados que atuamos, como São Paulo e Brasília, temos uma iniciativa de venda de contratos para esse público. Montamos uma superintendência comercial voltada para essa área, e esperamos ter uma presença mais forte nesse mercado”.

Veja abaixo a entrevista completa:

Nicole Fraga
Revista Apólice

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