Ultima atualização 05 de abril

Mitigação de riscos diminui prejuízos ocasionados por inundações

Segundo relatório da Swiss Re Corporate Solutions, nas últimas três décadas foram registrados mais de US$ 1 bilhão em prejuízos causados por enchentes no mundo todo

EXCLUSIVO – As inundações extremas provocaram grandes perdas em 2021, é o que aponta o Relatório Sigma, da Swiss Re Corporate Solutions. Para comentar o estudo e como as empresas devem se preparar para evitar perdas decorrentes desse risco climático, a companhia realizou um webinar na manhã desta terça-feira, 5 de abril, com o tema “Sua empresa está preparada para a próxima inundação?”.

Participaram do evento Caroline Cabral, economista do Swiss Re Institute; Emilio Mendez, engenheiro de Risco da Swiss Re Corporate Solutions; e Silvio Steinberg, head de Property, Casualty and Special Line da companhia. A mediação do webinar ficou por conta de Guilherme Perondi, vice-presidente executivo da Swiss Re Corporate Solutions.

No ano passado, as catástrofes naturais resultaram em uma perda econômica global total de US$ 270 bilhões e perdas seguradas de US$ 111 bilhões, a quarta maior registrada pelo Sigma. O relatório indicou que nas últimas três décadas, foram registrados mais de US$ 1 bilhão em prejuízos causados por enchentes no mundo todo. Estudos mostram que em países emergentes apenas 7% dos custos foram cobertos por apólices de seguros, o que demonstra o quanto as carteiras voltadas para esse tipo de risco podem crescer. “Nos últimos anos, pudemos comprovar o quão as inundações podem ser desastrosas para o meio ambiente e a população, principalmente aqui no Brasil. Devemos dar a mesma atenção e avaliação que os perigos primários, como os furacões”, disse Caroline.

Para ajudar na mitigação de riscos, a empresa conta com a ferramenta CatNet. O sistema fornecer visões gerais e avaliações rápidas de exposições a perigos naturais em todo o mundo, auxiliando na avaliação da perda, exposição e suas informações de seguro com mapas de fundo selecionados e imagens de satélite. Segundo Mendez, combinar tecnologia e dados para mencionar a probabilidade de um evento e aumentar a subscrição é um fator fundamental para as seguradoras. “Com base em dados históricos, a seguradora consegue avaliar os riscos e tomar decisões, beneficiando a empresa e o segurado, que poderá contratar uma proteção completa”.

De acordo com Steinberg, independente do tamanho da organização, é necessário que ela conheça seus riscos e se proteja. O executivo acredita que é dever dos empresários estarem preparados antes mesmo de acontecer uma inundação, fazendo o monitoramento de alerta para enchentes; identificando a vulnerabilidade da área; analisando o impacto no negócio; adotando um plano de contingência caso uma catástrofe aconteça; e treinando os funcionários para essas situações. Caso a inundação ocorra, o controle de danos e como repará-los deve ser um dos primeiros passos a serem tomados. “Preparar-se adequadamente antes de uma inundação pode reduzir drasticamente os prejuízos para a empresa, pois há uma maior probabilidade de restabelecer as operações mais rapidamente. A gestão de risco deve ser feita através de uma parceria entre segurado, corretor e seguradora”, afirmou.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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