Ultima atualização 11 de março

Capacidade tecnológica de lidar com dados é uma das tendências do mercado em 2022

Estudo aponta que, além de permitir a conectividade e a escalabilidade, a digitalização e a migração para a nuvem são ações necessárias para o setor de seguros

EXCLUSIVO – Com a transformação digital, acelerada pela pandemia de Covid-19, adotar a tecnologia como parceira para investir em inovação e alcançar melhores resultados foi uma das principais estratégias das organizações, principalmente entre as seguradoras. O aumento da capacidade tecnológica de lidar com dados é uma das principais tendências descritas pelo estudo 2022 Global Insurance Outlook, da consultoria EY, para o mercado de seguros neste ano.

O relatório aponta que, além de permitir a conectividade e a escalabilidade, a digitalização e a migração para a nuvem são ações cada vez mais necessárias para competir com sucesso no setor. “A tecnologia é importante para a digitalização e a automação de processos, aumentando a eficiência do negócio e, o mais importante, melhorando a experiência do cliente. No caso do mercado de seguros, a tecnologia nos ajuda a acelerar o processo de emissão de apólices, levando a companhia a entregar a cobertura contratada de forma mais rápida aos seus segurados e antecipando a proteção dos nossos clientes e de suas famílias. Por isso, nós estamos sempre investindo em automação e na aceleração dos nossos processos e serviços porque temos a missão de proteger cada vez mais vidas”, afirma André Schenkel, diretor de TI & CIO da Prudential do Brasil.

A companhia é uma das seguradoras que está investindo na entrega de soluções inovadoras tanto para os clientes quanto para os parceiros comerciais e corretores franqueados. Em 2021, a empresa lançou o OneClick, um programa de automatização de processos internos, como preenchimento e aceitação de formulários para contratação e manutenção de apólices. A nova funcionalidade permite ao franqueado acessar a decisão da análise de risco (underwriting) de forma automática, diminuindo o tempo para emissão de uma apólice. Após a implantação da ferramenta, o prazo de emissão de uma apólice baixou de 13 para 6 dias, sendo que 25% das apólices foram emitidas em até 24 horas. Além disso, em 40% dos casos houve a decisão de subscrição de forma automática e online. Em menos de dois meses, mais de 2 mil propostas foram transmitidas pelo sistema.

Segundo Schenkel, a empresa já investiu de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão em tecnologia nos últimos cinco anos e pretende investir o mesmo valor nos próximos quatro anos, sendo que quase a metade dessa quantia será destinada exclusivamente para a modernização do atendimento aos clientes. “O objetivo é que a companhia possa contar com esses insights a todo momento. Seja quando estivermos desenvolvendo os nossos produtos, na visita ao cliente ou na elaboração de um plano cada vez mais personalizado e preciso. Atualmente, já temos diversas ferramentas disponíveis para os nossos parceiros trabalharem com o suporte desse tipo de inteligência”, diz o executivo.

Na Minuto Seguros, que recentemente foi adquirida pela Creditas, a análise de dados tem a premissa de ajudar a entender as dores dos clientes para solidificar cada vez mais a interação da corretora com eles, permitindo que buscar a melhor solução para atendê-los rapidamente. “Ao longo desses 11 anos de existência, já realizamos centenas de milhões de cotações e vendemos 800 mil apólices de seguros. Esta grande base de dados nos permite elaborar proposta de seguros levando em conta aspectos sócio-demográficos e econômicos”, afirma Marcelo Blay, vice-presidente de Seguros da empresa.

O executivo acredita que a tecnologia, aliada a nova regulamentação do setor, pode facilitar o trabalho das seguradoras desenvolverem novos serviços e das corretoras terem mais oportunidades de negócios. “A Susep vem trazendo uma série de adequações regulatórias no sentido de flexibilizar a construção de produtos, o que é muito benéfico para os consumidores. No entanto, cabe a cada empresa já estabelecida, assim como as entrantes, definir a forma de aplicação da tecnologia. Acredito que antes da pura adoção da tecnologia é necessário uma série de definições estratégicas: público alvo; tamanho do mercado; produto; processos; montagem de equipe especializada e capacidade de investimento”, diz Blay.

Sobre as principais tendências tecnológicas para o mercado em 2022, Schenkel aponta o uso de inteligência artificial e machine learning como um dos fatores fundamentais para ter vantagem competitiva, facilitando o trabalho dos corretores e parceiros ao mesmo tempo em que entrega um melhor atendimento, produtos e serviços mais ajustados às preferências dos clientes. Já Blay cita que para a otimização de infraestrutura e segurança da informação, recursos como cloud computing deixaram de ser um luxo e passarão a ser decisivos para seguradoras e corretoras.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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