Ultima atualização 27 de janeiro

Mercado continua movimento de adaptação às regras do SRO

Executivo da CERC, uma das registradoras homologadas pela Susep, comenta sobre como está esse processo de adaptação ao Sistema e quais são seus pontos positivos

EXCLUSIVO – Visando promover a modernização tecnológica e transparência no mercado segurador, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) determinou em 2020 o início do Sistema de Registro de Operações (SRO) , para que todas as apólices de seguros constem em registradoras homologadas e credenciadas pela entidade. Este processo faz parte de uma agenda proposta pela autarquia, que culminou no Open Insurance, e entrará em vigor em 2023.

Apesar de estarmos no início de 2022, as seguradoras e resseguradoras continuam se movimentando para se adequarem à nova medida há algum tempo. A CERC é uma das registradoras homologadas pela entidade e, desde 2020, já opera o SRO e cria soluções de otimização de portfólios para ajudar as empresas a cumprirem essa normativa e terem maior eficiência em suas carteiras. “A medida, que é apenas o primeiro passo para uma série de mudanças interessantes que virão pelo caminho, é muito positiva para o mercado, pois proporciona maior agilidade na transferência de informações, mais transparência e melhor controle dos riscos entre todos os envolvidos da cadeia do mercado de seguros”, diz Marcelo Maziero, sócio-fundador e presidente do Conselho da registradora.

O processo de implementação está na metade e até o fim desse ano todos os ramos de seguros estarão abarcados no SRO, o que significa que todas as apólices de seguros e seus dados estarão registradas no Sistema de maneira detalhada para a Susep. Uma das principais mudanças para o setor será a possibilidade de criar novas ferramentas para o mercado de seguros na gestão de riscos e antifraudes, além de proporcionar mais agilidade na transferência de informações e de controle uniforme das apólices.

“As seguradoras têm dedicado recursos humanos para a implementação inicial do SRO e têm sido muito participativas na entrada em vigor dos novos ramos do Sistema. A obrigatoriedade envolve não apenas as apólices novas, mas todo o legado de apólices e movimentos, incluindo certificados, bilhetes, endossos e averbações e outros”, afirma Maziero

Segundo o executivo, ao final do processo os ganhos serão evidentes para todas as pontas da cadeia, inclusive para as seguradoras e resseguradoras, que terão mais agilidade e eficiência no envio de relatórios e informações para a Susep, apuração de riscos inerentes à operação segmentados de acordo com as principais características dos objetos segurados e das coberturas contratadas, apuração dos fluxos financeiros das operações, identificação das partes envolvidas e das características dos eventos e transações registrados. “As informações serão disponibilizadas pelas registradoras para criar a base de informações do Open Insurance, atendendo aos rígidos protocolos de segurança e governança, de acordo com a LGPD”, ressalta.

Maziero diz que as seguradoras têm sido receptivas à transformação e já estão engajadas com as inovações e tecnologia do SRO. Embora inicialmente houvesse dúvidas sobre como cumprir com o SRO e sobre seus benefícios, o contato ativo da equipe dedicada a seguros com os clientes tem sido importante nos processos de testes, novas cargas e identificação de oportunidades. “Agora conseguimos enxergar as seguradoras percebendo o valor agregado que o SRO vai gerar quando o cronograma estiver completo. Contar com os serviços de uma infraestrutura de mercado para seguros completa, que a partir do registro obrigatório possibilitará que outras soluções sejam integradas ao portfólio para trazer novas oportunidades de negócio, será fundamental”.

O executivo acredita que o Sistema irá abrir oportunidades para ter uma ampliação dos canais de seguros e resseguros e outros participantes do ecossistema, como corretores e insurtechs. Além disso, o mapeamento de dados das registradoras irá ajudar a monitorar e medir as possibilidades de risco por ramos (como residencial, vida, rural, automobilístico, entre outros), e, dentro de cada ramo de seguros, é possível medir os riscos por região geográfica de cada área coberta pelas companhias.

“Para todo o mercado haverá maior segurança, informação de qualidade e assertividade no controle de risco e gestão de garantias para aumentar a proteção tanto para as empresas como para a sociedade de modo geral, pois os consumidores finais poderão escolher mais sabiamente as seguradoras com menor exposição de riscos, apesar dos recursos dirigidos pelas seguradoras para o atendimento ao SRO”, finaliza Maziero.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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