Ultima atualização 14 de dezembro

Apesar da crise sanitária e econômica, mercado de seguros cresce dois dígitos

A CNseg realizou uma coletiva de imprensa para comentar os resultados do mercado de seguros em 2021, ressaltando a resiliência do segmento durante a pandemia

EXCLUSIVO – Para comentar os resultados do mercado de seguros em 2021, a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) realizou na tarde dessa terça-feira, 14 de dezembro, uma coletiva de imprensa online. Participaram do evento Marcio Coriolano, presidente da entidade, e os presidentes das quatro Federações: Antonio Trindade (FenSeg); Jorge Pohlmann Nasser (FenaPrevi); João Alceu Amoroso Lima (FenaSaúde); e Marcelo Farinha (FenaCap).

Segundo dados da edição nº 60 da Conjuntura CNseg, com o volume de arrecadação forte em outubro, a evolução setorial anualizada, de 12,6%, é a maior do ano, acima da anualizada até setembro (10,7%). O mês encerrou com a arrecadação global quase equivalente à de setembro, de R$ 25,3 bilhões. A taxa acumulada no ano permanece elevada, de 13,5% (13,4% em setembro).

“Cada vez mais temos informações mais completas sobre o desempenho do mercado. Esse ano foi um ano de grande aprendizado para todo o setor, pois passamos por mudanças profundas e intensas em várias áreas. Números como o que estamos analisando só demonstram o quanto o nosso segmento é fundamental para a sociedade”, disse Coriolano.

De acordo com a publicação, os produtos do segmento dos seguros de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT), em 2021, acumularam R$ 73,4 bilhões, caracterizando um avanço de 13,8% sobre o valor arrecadado até outubro de 2020. Na ótica mensal, o segmento desacelerou o crescimento e registrou a menor taxa do ano, 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com R$ 7,5 bilhões em prêmios. Os produtos que apresentaram retração na análise mensal foram: Crédito e Garantia (-18,5%), Riscos de Engenharia (-73,4%), Marítimos e Aeronáuticos (-35,2%) e Garantia Estendida (-18,4%).

“O nosso setor é muito sensível aos atributos da produção, emprego e renda. O mercado necessita de um cenário macroeconômico de queda da inflação, que traz fôlego e renda aos consumidores, e a queda da taxa de juros, que estimula a tomada de empréstimos”, afirmou Coriolano. Segundo o presidente da CNseg, no último trimestre de 2021 as projeções dependem crucialmente dos efeitos progressivamente mais altos da inflação e dos juros sobre a demanda por seguros representada pelos distintos setores da economia e pelos indivíduos e famílias.

Durante a coletiva foram também abordadas as mudanças regulatórias promovidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). Somente em 2021, foram publicadas 30 circulares, 24 resoluções e 44 consultas públicas pela entidade. Entre os temas mais abordados estão Produtos, Registro de Operações (SRO), e Regulação Prudencial. Para Coriolano, o setor está engajado nas entregas regulatórias da primeira fase do Open Insurance, ainda que pressionado pelo cronograma. “O imediatismo da iniciativa pode ser um complicador, pois sequer estamos tendo tempo de aprender com os erros e acertos do Open Banking”.

Nasser ressaltou que, mesmo em um período de crise, a população brasileira permaneceu procurando proteção para enfrentar esse momento, e o mercado de seguros continuou comprometido em oferecer soluções, acelerando processos e serviços por meios digitais, o que fez a diferença na vida das pessoas. “Se por um lado evoluímos em tecnologia, por outro lado ainda precisamos continuar atentos a novas formas de negócios que o mundo, cada vez mais digital, está demandando. Não basta atender, é preciso antever necessidades, pois somos agentes transformadores da sociedade”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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