Ultima atualização 08 de fevereiro

Seguradoras devem fazer alianças para cobrir riscos de pequenos negócios

Presidente da Mapfre mundial diz é preciso unir esforços para desenvolver soluções capazes de cobrir a necessidade de proteção dos pequenos negócios

EXCLUSIVO – “O período sem precedentes que a humanidade enfrentou pode ter lançado luz para a necessidade de que é preciso unir esforços entre o mercado de seguros, bancos, governos e instituições internacionais para desenvolver soluções capazes de cobrir a necessidade de proteção dos pequenos negócios”. Esta é o opinião do presidente mundial da Mapfre, Antonio Huertas, que está em visita ao Brasil.

Mesmo com uma visão holística dos riscos, Huertas acredita que o final da pandemia é um bom momento para pensar nas oportunidades que o setor de seguros oferece, principalmente nos mercados que ocupam grande fatia das operações da companhia global, como Espanha (30%), Brasil (15%) e Estados Unidos (10%).

Antonio Huertas e Felipe Nascimento“Ultrapassamos a crise global apresentada pela pandemia com uma qualificação notável e bons índices de solvência e índice combinado. Fora da Europa, apesar da situação da América Latina ser um pouco complicada e sensível, do ponto de vista econômico e político, ainda há oportunidades de negócios e um grande espaço potencial para consumo de seguros”, avaliou Huertas. Ele acrescentou que os números do primeiro semestre da companhia apresentaram crescimento de 6% em nível global.

CENÁRIO DESAFIADOR

O presidente da unidade brasileira da Mapfre, Felipe Nascimento, disse que as perspectivas para os próximos meses é de otimismo em um cenário desafiador. De acordo com estudos da Mapfre Economics, o Brasil é o 8º colocado entre países com potencial de consumo de seguros, fruto da baixa penetração dos produtos do setor. “A crise mostrou a resiliência do mercado de seguros, com um crescimento decorrente da sensibilidade das pessoas à necessidade de proteção”.

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A Mapfre desenhou um plano para os próximos três anos, que envolve os pilares de cultura, estratégia e comunicação. “No estudo da parte estratégica, nos confirmamos que o mercado anda de lado em algumas carteiras, mas é preciso analisar por ramos”, analisou o executivo.  No seguro de automóvel, por exemplo, o uso de novas tecnologias colocou no radar apólices cobradas por comportamento e uso. Do ponto de vista regulatório, já houve a flexibilização.

Em vida é preciso aumentar a penetração, principalmente nos produtos de vida em grupo. No seguro individual é possível trabalhar produtos mais criativos e modernos, como vida misto, unit link, revisando a jornada dos distribuidores. “Sou bastante otimista com esta questão”, completou Nascimento. Desde o início da pandemia, a Mapfre Brasil já pagou mais de R$ 1,3 bilhão em sinistros.

Outro ponto importante que está no radar da empresa são os investimentos responsáveis para evoluir o portfólio ESG, além da igualdade de gênero e inclusão. Huertas aponta que esta já é uma bandeira da Mapfre há muito tempo, mas que agora é ainda mais necessário ter uma empresa inclusiva. “Precisamos trabalhar para avançar na proteção do clima e do meio ambiente, com compromisso de neutralidade de emissão de carbono. Isso para que a companhia não seja apenas um negócio, mas que esteja comprometida com a sociedade”, ratificou Huertas.

Nascimento ressaltou que, no caso do Brasil, “olhamos para a realidade local, apoiamos as pessoas da comunidade e pensamos se faz sentido criar alguma solução que seja aderente às necessidades do público em situação de vulnerabilidade”.

Nos planos futuros da empresa está a comercialização de seus produtos em diversos canais. A companhia já está em conversas adiantadas com bancos digitais para esta distribuição. Entretanto, os executivos reiteraram que isso em nada interfere nos negócios e no relacionamento com o corretor de seguros, que sempre foi baseado na transparência. “O cliente é soberano para decidir como quer adquirir o seguro, mas este é um produto complexo e os corretores são figuras fundamentais na consultoria”, destacou Huertas.

 

Presidente mundial da MAPFRE recebe Prêmio Personalidade Brasil-Espanha

Antonio Huertas foi escolhido ‘personalidade espanhola 2020’ na sexta edição da premiação, oferecida pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil. Como principal líder da companhia, ele foi escolhido “personalidade espanhola 2020” e a homenagem foi entregue por Fernando García Casas, embaixador da Espanha no Brasil e presidente honorário da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

A cerimônia, que reuniu cerca de 20 pessoas na Embaixada da Espanha em Brasília, também contou com a presença de Ignácio Ibáñez, embaixador da União Europeia no Brasil, e Bruno Kesseler, presidente da CUFA (Central Única de Favelas) – instituição apoiada pela Fundación MAPFRE em 2020 com a doação de mais de 4.500 cestas básicas destinadas a comunidades em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal (DF).

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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