Ultima atualização 25 de maio

SindSeg MG/GO/MT/DF debate LGPD e riscos cibernéticos no setor segurador

Objetivo do evento virtual da entidade foi reunir conceitos e premissas básicas da Lei em uma linguagem clara e acessível a todos profissionais do mercado

Perfis em redes sociais, placa de automóvel e biometria são algumas das inúmeras formas que reúnem informações pessoais no mundo moderno. Mas você já imaginou os perigos  que corremos caso estes dados vazem e sejam usados de maneira inadequada? Pensando em resguardar a todos foi criada a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Sancionada em setembro do ano passado, ela permitirá multas e penalidades para  aqueles que a descumprirem a partir de agosto.  

Dada a relevância do tema, o SindSeg MG/GO/MT/DF promoveu no dia 18 de maio mais um bate-papo virtual para esclarecer os impactos da lei no setor de seguros e abordar os riscos dos ataques cibernéticos. “A discussão sobre a LGPD ficou ainda mais em voga em função do modelo de home office adotado pelas organizações durante a pandemia”, comentou o presidente do Sindicato, Marco Neves, durante abertura do evento. 

O debate foi promovido pelas Comissões Técnica de Seguros de Ramos Elementares, Especial de Assuntos Jurídicos e Fiscais e SindLab (Inovação e Tecnologia). A mediadora foi a presidente da Comissão Técnica de Seguros de Ramos Elementares, Roberta Machado, que avaliou o encontro: “por meio de um debate dinâmico, conseguimos reunir  conceitos e premissas básicas da Lei em uma linguagem clara e acessível a todos que  certamente auxiliarão os profissionais do setor de seguros”.

Telegram para post

Dentre os palestrantes estavam o Mestre em Direito Processual Civil e sócio do escritório Opice Blum, Bruno e Vainzof Advogados Associados, Caio Lima, e pela CEO da NV Seguros Digitais, Dionice de Almeida. Segundo Caio, um erro bastante comum é vincular a LGPD apenas ao meio digital e aos consumidores. “Informações podem ser  armazenadas em meios físicos, como anotações e formulários, e também abrangem potenciais clientes e fornecedores de uma organização”, disse.  

Ainda de acordo com ele, a aplicação da Lei também é positiva para as empresas, principalmente para aquelas que encaram estas adequações como diferenciais competitivos. “Isso porque ela impulsiona a inovação e estabelece 13 grandes princípios que, em suma, exigem que as empresas coletem apenas os dados compatíveis à necessidade delas, os quais devem ser retidos por determinado período. Fora isso, os donos dos dados precisam estar cientes disso”.  

Aumento dos ataques cibernéticos  

Com a pandemia, o número de ataques cibernéticos cresceu expressivamente no Brasil. É o que revelou Dionice. “Eles quadruplicaram quando comparamos os incidentes de segurança deste ano em relação ao anterior, o que é reflexo de uma cultura que não  valoriza os seguros cyber, que vêm muito antes da chegada da LGPD”. 

Dentre as modalidades mais comuns de golpe estão o phishing (roubo de informações pessoais) e ransomware (desbloqueio do acesso aos dados mediante pagamento de resgate). “Pequenas e grandes empresas podem ser vítimas dos hackers. Por isso, é dever de todos se adequar para mitigar riscos em nossa rotina. É uma responsabilidade de todos nós”. 

Aplicação prática da LGPD 

Mas, afinal, independentemente do porte das organizações, como se proteger e resguardar as informações que são fundamentais para os nossos negócios? Ambos os especialistas defendem que a formulação de uma política de privacidade é fundamental, já que, quanto mais dados, maiores os riscos. “Defina restrições ao acesso, revisite formulários para identificar se os dados solicitados são excessivos e tenha regras claras para o descarte deles”, pontuou Caio.

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO