Ultima atualização 26 de abril

Setor de seguros reage no primeiro bimestre do ano

Segundo dados da Conjuntura CNseg nº 41, a arrecadação do ramo Auto cresceu 7,4% em fevereiro contra o mesmo mês no ano passado

O setor segurador continua a gerar receitas de prêmios voláteis no ano, em virtude dos impactos heterogêneos da pandemia entre ramos e modalidades de seguros. Resultado: no primeiro bimestre de 2021, o mercado de seguros apresentou crescimento de 4,5% contra o mesmo período de 2020, quando ainda não havia pandemia, decretada em março. “A liderança cabe a Danos e Responsabilidade, com avanço de 12,6%. O segmento de Pessoas sobe pouco, 1,5%, influenciado por virtual estabilidade de planos de acumulação”, assinala o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Marcio Coriolano, em editorial da publicação Conjuntura CNseg nº 41.

Chama a atenção a forte aceleração apresentada por algumas modalidades no acumulado do ano. Quase todos os ramos de seguros observaram avanços, alguns verdadeiramente superlativos. Pelo menos, oito ramos contribuíram para o resultado positivo no ano, que são: Responsabilidade Civil (42,7%); Rural (32,2%); Crédito e Garantias (27,2%); Patrimonial (26,4%); Transportes (20,9%); Habitacional (10,9%); Marítimo e Aeronáuticos (9,9%) e Planos de Vida – Risco (6,3%).

Alguns ramos vêm tendo desempenho tão consistente, principalmente a partir do segundo semestre de 2020, que, mesmo tendo queda em fevereiro sobre janeiro, puxaram a alta do ano. Entre eles, aparecem Marítimos e Aeronáuticos (-35,6%); Responsabilidade Civil (-28,1%); Transportes (-24%); Garantia Estendida (-17,7%); Patrimonial (-6,2%); Automóveis (-5,7%) e Rural (-2,7%). Os Títulos de Capitalização recuaram 3,5%. Os únicos que cresceram foram Crédito e Garantias, com 17,5%, e Planos Tradicionais de Vida, com 3,4%. Os prêmios de fevereiro, de R$ 22 bilhões, registraram queda de 9,9% sobre janeiro, de R$ 24,2 bi.

Outra realidade do mercado de seguros é apresentada na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, métrica ainda mais importante de aferição do desempenho. A receita de fevereiro último foi 5,5% superior ao mesmo mês de 2020, mês que antecedeu a decretação da pandemia e de bom desempenho. Nesse caso, o desempenho positivo foi, novamente, influenciado pelo segmento de Danos e Responsabilidades, com alta de 14,9%, enquanto o segmento de Cobertura de Pessoas avançou 1,5% e os Títulos de Capitalização tiveram receitas aumentadas em 6,6%.

A Conjuntura CNseg ressalta ainda que o desempenho favorável guarda forte relação com o comportamento dos ramos de maior densidade de market share, como Automóveis, cuja receita somou R$ 2,68 bilhões no mês e alta de 7,4% sobre o segundo mês de 2020; Planos de Vida Risco (R$ 3,74 bilhões e crescimento de 7,3%); Patrimonial (R$ 1,35 bilhão no mês e taxa extraordinária de 38,1%); Rural (R$ 429 milhões e crescimento elevado de 43,9%); Habitacional (R$ 399 milhões e taxa de 10,7%); Transportes (R$ 275 milhões e taxa de 25,6%). “Todos esses, fora Automóveis, são ramos que tiveram desempenho consistente no ano de 2020 e em janeiro deste ano, revelando as preferências prioritárias dos consumidores: proteção da vida, proteção e investimento nas residências, mobilidade das cargas transportadas”, concluiu Coriolano.

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock