Ultima atualização 01 de abril

Mercado de seguros deve definir estratégia para atrair micro e pequenas empresas

De acordo com o DataSebrae, há cerca de 16,9 milhões de empresas nesta categoria, o que pode gerar diversas oportunidades de negócios para o setor segurador

EXCLUSIVO – Com o crescimento de Micro e Pequenas Empresas no Brasil, a Comissão de Inteligência de Mercado (CIM) da CNseg resolveu produzir um estudo a partir dos diversos perfis de organizações existentes neste segmento e a ampliação da contratação de seguros voltados para essa categoria. De acordo com o DataSebrae, há cerca de 16,9 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil (desconsiderando os produtores rurais e artesãos).

Desses quase 17 milhões, aproximadamente 9,8 milhões estão concentradas no perfil de MEI; 6,3 milhões são ME; e cerca de 786 mil categorizadas como EPP. Apesar desse grande número, segundo o estudo, a baixa aderência do seguro entre essas empresas pode ser justificada pela falta de conhecimento entre os empresários em relação aos produtos ofertados ou até mesmo de seus reais benefícios para o negócio.

Na primeira fase da pesquisa, outro ponto identificado é que as maiores taxas de crescimento no número de MPE ocorrem em períodos de baixa do PIB, indicando que os indivíduos, principalmente aqueles que perdem seus empregos, buscam empreender pela necessidade de obter uma nova fonte de renda. Foi observado, também, a alta dependência da renda familiar dos proprietários de MPE para a atividade empreendedora (76% dos MEI; 69% dos ME; 73% das EPP), o que pode representar um risco para o negócio, mas também uma oportunidade para o setor de seguros.

Mauricio Galian (FOTO: Bernado Coelho)

Para mudar este cenário, o mercado deve definir estratégias mais assertivas para ajudar no crescimento da taxa de penetração dos seguros voltados para esse segmento. Mauricio Galian, vice-presidente Técnico da HDI Seguros, afirma que é preciso que o setor esteja atento às necessidades dessas empresas, especialmente neste momento de incertezas, e desenvolva produtos e soluções que conversem com a realidade desse segmento. “É necessário apresentar às micro e pequenas empresas serviços que englobem facilidade, flexibilidade e inovação, para que o microempreendedor tenha a tranquilidade de focar no seu negócio sabendo que os seus principais ativos estão protegidos”, diz o executivo.

A seguradora lançou em 2020 o HDI Vida PME em parceria com a Icatu, produto voltado para PMEs com, no mínimo, três e, no máximo, 499 funcionários e que oferece coberturas básicas de Morte e Morte por Acidente, além de coberturas adicionais e assistências que, somadas, adicionam até 14 opções de benefícios extras aos segurados. Além disso, dentro da carteira da companhia há o HDI Empresa, seguro que protege o patrimônio das PMEs e inclui diversas assistências, como chaveiro, mão de obra hidráulica, locação de microcomputador e funcionário substituto.

“A importância crescente dessas empresas no cenário atual pede soluções que ajudem o segmento a garantir o funcionamento das atividades em casos de imprevistos. Do mau funcionamento de equipamentos a um sinistro maior, o seguro resguarda o microempresário de impactos negativos no seu negócio que podem causar um prejuízo ainda maior. É importante conscientizar esses empreendedores que o seguro tem que fazer parte do planejamento orçamentário de uma organização, não importa o tamanho”, ressalta Galian.

Para o executivo, é fundamental que o corretor também exerça seu papel de consultor, trazendo para a sua rotina uma relação onde o consumidor veja no profissional de seguros um parceiro que conhece as melhores soluções e serviços para as suas necessidades, pois isso auxiliará o mercado a desenvolver mais proteções pensadas nessas empresas. “Através dessa aproximação com o segurado, o corretor pode trazer cada vez mais produtos diferenciados ao seu portfólio profissional, estimulando a fidelização do cliente. Isso também permite à corretora passar a oferecer serviços de consultoria e planejamento de risco, o que faz o segurado perceber o valor de aderir à solução e, por fim, ter como resultado o aumento de seu faturamento no médio e longo prazo”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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