Ultima atualização 01 de setembro

Mercado brasileiro é pouco preparado para assumir riscos de mineradoras

Seguradoras e corretoras especializadas no segmento ainda conseguem espaço para agir em favor dos clientes do setor
(FOTO: Rogério Alves, TV Senado)
(FOTO: Rogério Alves, TV Senado)

Os últimos anos não têm sido fáceis para o setor de seguros de mineração. As atividades do segmento, sejam as operacionais ou as de responsabilidade civil, vêm encontrando dificuldades de transferência de riscos tanto para minas a céu aberto (open pit) como para as que se encontram em subsolo (underground). O fato se intensificou com os incidentes de rompimento das barragens de Brumadinho, Mariana entre outros e mais recentemente com a pandemia, que interrompeu diversos projetos na área.

Grande parte dessa dificuldade ocorre porque são poucas as corretoras e seguradoras que apresentam condições de auxiliar estes clientes adequadamente e de assumir riscos complexos como equipamentos pesados, móveis ou fixos, possibilidade de desmoronamento de taludes ou de túneis, incêndios ou explosões em subsolo, além de explosões por falha quando há detonações inesperadas.

No entanto, em casos específicos, com qualidade excepcional de riscos e sinistralidade quase nula por décadas, é possível renovar as apólices, mas elas não escaparam do aumento das taxas, que nos últimos anos foram corrigidas entre 25% e 30%. A THB tem entre seus clientes mineradoras e vem conseguido transferir os riscos dos segurados por meio de apresentação de relatórios elaborados a partir de inspeções, enfrentando com bom desempenho as dificuldades do mercado.

“Inspeções, avaliações das políticas de prevenção de riscos e dos programas de manutenção, avaliação dos sistemas de combate a incêndio, proteções contra queda de raios e outros fatores continuam importantes, não somente para atender às exigências dos seguradores e resseguradores, mas para controlar e evitar situações indesejadas. A THB vem cobrando e acompanhando protocolos de segurança dos seus clientes do setor”, diz Jacques Goldenberg, especialista em mineração da empresa.

O executivo analisa ainda que antes da tragédia em Brumadinho os riscos eram colocados no mercado local, com o resseguro automático para seguradores com contratos que admitiam tais atividades ou necessitavam de colocação de resseguro facultativo. Com o rompimento da barragem, o mercado passou a considerar as operações de mineração como riscos extremos e os resseguradores globais aproveitaram a situação para agravar as taxas de mineração, isso quando não recusavam imediatamente as atividades. Seguradoras que ainda aceitavam participar dos riscos de mineração tiveram exclusão dessas atividades em seus contratos de resseguro, colocando seus segurados em situação crítica, já que deveriam provar que seus riscos eram e permaneceriam de boa qualidade.

Além do aumento das taxas, franquias maiores foram impostas, barragens passaram a ser riscos excluídos (situação dificilmente reversível) e para complicar ainda mais a situação o número de seguradores e resseguradores ficou ainda mais restrito. Mesmo com tantos impedimentos, as corretoras especializadas e com experiência no setor conseguem formas de auxiliar as mineradoras em seus seguros e riscos, dentro dos parâmetros vigentes.

N.F.
Revista Apólice

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