Ultima atualização 03 de setembro

Gestão de riscos e tecnologia podem auxiliar no desenvolvimento do Seguro Transporte

Executivos se reuniram em mais uma edição do evento "Diálogos Apólice" para comentar sobre os impactos sofridos pela carteira e como aumentar a penetração do produto

EXCLUSIVO – No último dia das comemorações dos 25 anos da Revista Apólice, o evento “Diálogos Apólice” reuniu ontem, 2 de setembro, a executiva Mariana Miranda, head Marine & Corporate Sales na Argo Seguros; e Aparecido Rocha, diretor da RBM Seguros e sócio-fundador do CIST. O assunto do painel foi Seguro Transporte e o debate foi mediado pela jornalista Kelly Lubiato.

O seguro garante ao cliente a indenização pelos prejuízos causados aos bens protegidos durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres ou aéreas, em percursos nacionais e internacionais. A cobertura pode ser estendida durante a permanência das mercadorias em armazéns.

Entretanto, a carteira teve que se adaptar durante a crise instaurada pela covid-19 para atender as necessidades dos transportadores. Segundo Rocha, quando foi decretado pela OMS estado de pandemia, a maior preocupação das companhias foi saber se a movimentação do negócio iria continuar e por quanto tempo essa situação iria permanecer. “Tivemos que esperar a reação dos clientes para efetuar mudanças nas apólices, como aumentar o prazo de cobertura para produtos armazenados e prorrogar pagamentos. O aumento exponencial das vendas no e-commerce também ajudou na retomada, pois mais empresas acabaram acionando o seguro”.

Um dos setores que cresceu durante a pandemia foi o de logística. Novos processos de prevenção e cuidados foram implementados dentro da atividade de transporte, tanto no despache quanto na entrega. De acordo com Mariana, as estruturas que possibilitam esse serviço serão repensadas. A executiva também comentou sobre alguns resultados da Argo. “No ano passado atingimos R$ 154,7 milhões em prêmios emitidos na carteira, e acreditamos que isso nos ajudou a manter as operações mesmo na crise. Em abril houve uma redução de 20% na movimentação, mas em julho já conseguimos atingir o mesmo índice de 2019. O dólar alto influencia as importações e exportações, e o transporte internacional cresceu 18% no primeiro semestre, o que pode ser uma oportunidade para captarmos clientes”.

Durante sua apresentação, Rocha comentou também sobre a baixa penetração da carteira no mercado. Segundo o executivo, atualmente existem menos de mil corretoras que atendem o segmento e apenas 25 seguradoras no Brasil que trabalham com o seguro para transporte. A carteira atualmente representa apenas 4% do volume arrecadado pelo setor. “Acredito que não há muito interesse por causa da falta de capacitação. Precisamos abandonar a ideia de este é um ramo difícil de entender e ofertar. Por não ter muitos especialistas espalhados pelo País, muitos clientes acabam ficando desamparados ou até sem saber da importância do produto”.

Mariana abordou também como a gestão é importante dentro das empresas, inclusive para as seguradoras, pois através dela é possível mitigar riscos que muitas vezes as transportadoras não sabem que estão expostas. A executiva também acredita que a partir desse monitoramento será possível desenvolver novos produtos e coberturas. “Sempre vão existir situações que não estão previstas, mas que o seguro acaba abrangendo. A tecnologia avançou muito no nosso setor e as ferramentas que temos disponíveis são fundamentais para que possamos atender as novas demandas dos clientes no novo normal. Por isso a importância do corretor conhecer a operação e o risco do seu segurado”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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