O mercado de seguros tem a urgência de novos produtos. O setor já entendeu que chegou a hora de se reinventar. Este é o momento das companhias seguradoras ouvirem seu cliente fixo, que é o corretor de seguros, profissional que constitui-se no maior consumidor do mercado, já que é quem compra seguros em nome de seus segurados.
Mas é sabido que existem diferentes perfis de corretores. Uns têm como característica atuar como assessores e distribuidores, outros são empreendedores, que agem como projetistas de novos produtos, apresentando soluções mais atraentes e criativas.
Não é uma questão de superioridade, mas sim um fator de diferenciação, devendo ser reconhecido e configurado como uma relação negocial complementar entre as seguradoras e as corretoras de seguro, pois o mercado tende a se flexibilizar.
Novos canais de distribuição estão surgindo, inclusive muitos deles embarcados em tecnologias modernas.
É preciso fortalecer aquele profissional que tem mais experiência e conhecimento, no caso o corretor, além de levar mais satisfação a quem se destina todo o esforço, que é o segurado.
Tão festejada nos últimos tempos, sem a devida análise, a modalidade de seguro “liga e desliga” (ou pay-per-use) pode ser mais cara do que o seguro convencional.
Deve ser levado em conta que o marketing não pode ser melhor que o produto criado, e a venda não pode ser maior do que a satisfação de quem compra.
É preciso que as seguradoras revisitem a relação com as corretoras que tem criatividade e capacidade como projetistas de novos produtos, promovendo uma concorrência mais justa, com melhores soluções para o consumidor.
Valorizar o trabalho autoral também é um caminho para um negócio mais justo e sustentável, além de nos permitir enxergar as relações de um jeito mais humano e cheio de significado. Essas corretoras podem fortalecer o próprio segmento por meio da larga distribuição de novos produtos por elas idealizados.
* Por Breno Kor, diretor da KOR Corretora de Seguros