Ultima atualização 29 de julho

Qual o papel que cabe ao corretor no pós-pandemia?

Muitos segurados se acostumaram com as ferramentas online, mas somente o corretor é capaz de unir tecnologia, atendimento humano e conhecimento

Os corretores de seguros, por justiça, devem constar de qualquer lista que se faça das categorias que estão se destacando e comprovando a relevância do seu trabalho para a sociedade desde o início da pandemia do coronavírus.

Pois, a exemplo de outros profissionais que vêm atuando com extrema dedicação, empatia e qualificação, como médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da área da saúde, os corretores dedicam boa parte dos seus dias para atender, orientar, proteger e amparar seus clientes.

Henrique Brandão

Para melhor atender, diuturnamente, a todos que a eles recorreram em busca de orientação, os corretores rapidamente se adaptaram ao trabalho em home office, desmentindo, assim, a falácia segundo a qual a categoria teria dificuldades para utilizar novos tecnologias.

Eles foram além. Demonstraram que a tecnologia não pode substituir a figura do profissional que se preparou a vida toda para exercer sua atividade e prestar um serviço de alto nível aos consumidores.

Assim, a pandemia do coronavírus nos proporcionou a oportunidade de provar, de vez, que a máquina não pode fazer tudo o que um ser humano faz.

Há bons motivos para acreditarmos que esse processo se aprofundará no pós-pandemia. Muitos segurados se acostumaram com o atendimento feito por meio remoto, mas não abrem mão da qualidade, da informação detalhada sobre eventuais dúvidas, coberturas, vigências, cláusulas excluídas, direitos e deveres que constam dos contratos de seguros.

Somente o corretor é capaz de unir tecnologia, atendimento humano e conhecimento.

Como eu tenho repetido há tempos nos encontros com colegas e com os seguradores, nada supera a relação pessoal, o atendimento feito pelo profissional que conhece o cliente, a sua família e o seu negócio. Aquele que, com base nessas informações, pode indicar cada cobertura que o consumidor necessita e o que ele não quer contratar mesmo que pareça ser algo excepcionalmente interessante.

A relação afetiva e pessoal não desaparece. A conversa direta, olho no olho, também não, ainda que seja feita por aplicativos ou redes sociais. Afinal, para isso, sim, a tecnologia é fundamental e importante.

Sem contar que os avanços tecnológicos não são capazes de mudar o comportamento dos consumidores que temem ou não suportam “falar com máquinas”. Não são poucos os que preferem o atendimento personalizado. Não ficarei surpreso, inclusive, se essa aversão aumentar com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exigirá cuidados ainda maiores com a exposição de informações pessoais.

Seja como for, o espaço do corretor de seguros está assegurado “no novo normal”. Diria até que, possivelmente, será ampliado, acompanhando o mais que provável aumento exponencial da demanda por seguros no Brasil, como consequência do susto que o mundo levou diante da pandemia.

As prioridades mudaram. Mais do que nunca, o importante agora é proteger a vida e a saúde o tempo todo e a qualquer momento. A máquina não pode assegurar essa proteção em tempo integral. O corretor, sim, tem essa capacidade.

* Por Henrique Brandão, presidente do Sincor-RJ e fundador da Assurê

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO