Ultima atualização 08 de julho

Monitoramento da saúde dos clientes é fundamental para seguradoras e operadoras

O planejamento das empresas para retornar suas atividades nos ambientes corporativos está concentrado em ações e procedimentos para prevenir o contágio por covid-19. Mas, outras doenças que deixaram de ser tratadas, inclusive por associados de planos de saúde, que optaram por não ir a clínicas e hospitais, precisarão ser tratadas.

Essas doenças podem ter se agravado por causa da interrupção do tratamento, com chances de sobrecarregarem as clínicas e hospitais conveniados dos planos de saúde, que precisarão de ferramentas eficazes para monitorar a saúde dos associados, se antecipando às ocorrências.

Neste cenário, entender o que acontece com o cliente antes dele buscar ajuda passou a ser fundamental. Algumas companhias colocaram em prática os planos de telemedicina ou reativaram a figura do médico da família. Há ainda quem optou por reunir todas as opções, usando tecnologia e atenção primária com o apoio de empresas de gestão de saúde.

Isto inclui as seguradoras de sáude, que podem adotar estes procedimentos com seus segurados, bem como modelagens de Inteligência Artificial, detectando precocemente doenças e tratando-as com mais eficiência, além de planejarem toda sua estrutura para atender seus conveniados com mais precisão e menos custos.

“O monitoramento da saúde dos segurados e a busca ativa de pessoas com maior fragilidade clinica, por meio de ferramentas digitais e modelos de Inteligência Artificial, de uma forma mais ampliada, se constituem nas melhores formas de prevenir e cuidar, além de serem essenciais para que as empresas identifiquem demandas e se preparem para atendê-las. Apenas como ilustração, comparado-se com mesmo período de 2019, registramos em nossas bases uma queda de 39% de atendimento para exames preventivos de colo do útero, 21% de queda de mamografias e mais de 90% de exames preventivos”, afirma Guilherme Salgado, médico e diretor-sócio da 3778 Care.

Ele explica que as seguradoras de saúde já começaram a adaptar serviços de monitoramento e predição aos seus planos corporativos, visando analisar todo o contexto epidemiológico nos casos relacionados à covid-19, mas também atentas à retomada dos atendimentos e tratamentos das outras doenças que foram interrompidos.

A informação completa tornou-se tão importante que, na última semana, o Ministério da Economia e o Ministério da Saúde publicaram duas portarias conjuntas que incluem o monitoramento mais amplo dos empregados, com pesquisa constante sobre ocorrências individuais e dentro dos grupos de contato de cada um dos colaboradores, como procedimentos a serem adotados pelas empresas. São elas:

– Ações para identificação precoce e afastamento dos trabalhadores com sinais e sintomas compatíveis com a COVID-19 antes do retorno;
– Procedimentos para que os trabalhadores possam reportar à organização, inclusive de forma remota, sinais ou sintomas compatíveis com a COVID-19 ou contato com caso confirmado;
– Afastamento de trabalhadores que residirem com pessoas infectadas por quatorze dias;
– Informar os trabalhadores que apresentarem sintomas e relatar imediatamente às organizações.

Isto abre uma grande oportunidade para os planos de saúde também adotarem novas interfaces e estratégias de acompanhamento do paciente, que incluam monitoramento e que considerem o ciclo completo de vida dos colaboradores e beneficiários, de ponta a ponta.

“Somente adotando uma cultura analítica e ferramentas digitais é que será possível agir de maneira preventiva e, portanto, também com melhor assistência aos seus segurados, em caso de novas ondas de contaminação que pressionem novamente o sistema de saúde. Se considerarem apenas os aspectos relacionados à prevenção do coronavírus, enfrentarão outros problemas”, alerta Salgado.

Com o monitoramento constante dos associados, é possível, no caso do atendimento à covid-19, realizar detecção precoce dos casos com sinais de gravidade, identificar a população de risco entre os associados, ser mais preventivo, evitar visitas desnecessárias aos hospitais e ainda calcular eventual falta de leitos ou excesso de casos em suas redes conveniadas.

Leia mais: Mercado segurador demonstra cautela para retorno de atividades presenciais

Já em relação às outras doenças, e de forma constante, permite avaliar todos os associados, conhecer toda a sua população, monitorar sintomas através de estratégias digitais e o uso de modelos preditivo. Também possibilita abordagem preventiva, evitando internações ou procedimentos de maior complexidade, procedimentos desnecessários e de maiores custos, assim como construir mapas epidemiológicos .

O monitoramento e prevenção significam mais benefícios e qualidade para os associados, além da otimização de custos e de uso de recursos para as operadoras e seguradoras.

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO