EXCLUSIVO – Para divulgar o resultado da pesquisa AVATEC 2020 (Autoavaliação das Corretoras de Seguros em Tecnologia), o Sincor-SP realizou uma live no final da tarde desta quarta-feira, 22 de julho. O economista da Rating de Seguros e assessor da entidade, Francisco Galiza, apresentou os resultados da pesquisa e o CEO da Minuto Seguros, Marcelo Blay, falou um pouco sobre tecnologia no cenário atual.
O presidente da entidade, Alexandre Camillo, fez uma breve apresentação e afirmou que “o estudo efetuou um panorama da categoria e vai permitir que possamos trabalhar em iniciativas que ajudem as empresas a se prepararem para o novo mercado que surge, e que sem sombra de dúvidas será mais dinâmico, tecnológico e imediatista”.
Com perguntas relacionadas ao interesse das corretoras na área da tecnologia, a Avaliação mediu índices como a qualidade dos equipamentos e de conexão com a internet, softwares de gestão, digitalização de propostas, multicálculo, marketing digital, geração de leads e comunicação com clientes. O principal objetivo é que, a partir dos resultados, as empresas consigam comparar suas qualificações com as demais participantes.
Em cada pergunta foi abordado um aspecto distinto da relação da corretora com a tecnologia. Dependendo da resposta, todas de múltipla escolha, o valor variava entre números mínimos e máximos. Ao final, foi gerada uma pontuação na faixa entre 10 e 50 pontos. Quanto maior o valor, mais a corretora é tecnológica.
Foram ouvidas 920 corretoras de seguros, sendo 92% delas localizadas em São Paulo. Segundo o estudo, apenas 20% a 25% das empresas têm interesse limitado no assunto tecnologia. Entretanto, 35% das organizações se consideram extremamente interessadas no assunto, fazendo, inclusive, investimentos constantes nessa área.
De acordo com Mauricio Marques, sócio diretor da Moshe Informática, esse é um aspecto que tem se combatido através de campanhas educativas. “Nunca se ouviu tanto falar a importância de se investir em tecnologia por causa da pandemia. Essas corretoras que afirmaram não se interessarem precisam urgentemente efetuar uma mudança organizacional e também de pensamento, pois correm o risco de não conseguirem se adaptar ao tão falando novo normal”.
Mas de nada adianta investir em tecnologia se não há uma gestão efetiva de dados da corretora e o uso correto deles. Aproximadamente 20% das empresas não utilizam nenhum software de gestão, somente as planilhas excel. Nesse caso, a utilização dessa ferramenta está também diretamente associada ao porte da corretora. “Será que uma corretora é mais tecnológica por ser maior ou ela é maior por ser mais tecnológica?” questionou Marques.
Foram listados 10 serviços possíveis de serem utilizados, a partir das empresas que utilizam software. Os mais citados foram os que controlam “Apólices e Endossos” (96% das corretoras que têm um software de gestão utilizam tal serviço), o que controla o “Recebimento de Comissões” (com 76%) e o que “Possibilita apresentação de orçamentos” (com 70%). Segundo Blay, “ter responsabilidade de como armazenar, tratar e compartilhar dados é fundamental, e isso não é apenas para o mercado de seguros. Trabalhar pautado nos princípios da segurança da informação é mais que necessário, afinal logo menos a LGPD irá entrar em vigor”.
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Quando questionadas sobre suas estratégias de marketing digital, 25% das corretoras de seguros não têm um site próprio ou utilizam a estrutura da seguradora. Por outro lado, 30% das empresas já têm um site bem estruturado, com formulários de cotação etc. As corretoras maiores utilizam mais esse tipo de recurso. “Desde o início do ano, o segmento obteve um crescimento de 209% em comparação ao ano passado. Somente no Brasil houve aumento de 80% no seu faturamento. Isso é a prova viva de que o marketing é a melhor maneira de captar clientes, mas é preciso tomar cuidado, pois ele não substitui a interação com o consumidor”, disse o especialista Fernando Chiquito.
Nicole Fraga
Revista Apólice