Ultima atualização 04 de junho

Percepção de risco deve mudar depois da pandemia

Webinar reuniu especialistas da na área de saúde, como o médico David Uip, e presidentes das Aegon internacional para discutir o futuro da saúde pós pandemia

EXCLUSIVO – É possível que estejamos vivendo o pico da pandemia em alguns lugares do país. Esta é a opinião do médico infectologista David Uip, apresentada hoje no Webinar promovido pela MAG Seguros para falar sobre o futuro da saúde.

O Brasil é um país continental e deve ser visto desta forma. É por isso que os estados do Norte e Nordeste, assim como a cidade de São Paulo, estão mais avançados no ciclo da doença. O interior de São Paulo deve passar agora pela fase do aumento da infecção. “Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais estão em estágios mais ‘atrasados'”, explicou o médico, acrescentando que São Paulo deve chegar a uma fase de estabilização nas próximas duas semanas.

“Se as coisas caminharem nos modelos matemáticos, estatísticos e epidemiológicos, o sistema de saúde vai suportar. O número de casos deve dobrar em são Paulo antes de começar a cair”, avisou Uip.

Para o segundo semestre, Uip vê a possibilidade de uma segunda onda de contaminação, mas com número menor de casos.

Empobrecimento da sociedade

Infelizmente isso já está acontecendo. Tanto o setor público de saúde quanto o privado vão sofrer impactos por conta do aumento dos atendimentos.

A queda da renda das pessoas e empresas é uma preocupação mundial, como mostraram o presidente da Aegon Internacional, Marco Keim, e o presidente da Aegon Espanha e Portugal, Tomas Alfaro. Ambos vivendo na Europa, já conseguem ter um panorama do que é a vida após a pandemia.

“O sentimento que tínhamos há quatro semanas é completamente diferente. Quando começou a cair a curva, de repente, tudo mudou. Na Holanda bares e restaurantes começaram a reabrir. Mesmo assim, continuaremos trabalhando em casa até outubro”, informou Keim, direto da Holanda.

Segundo ele, as pessoas ficam mais otimistas com as coisas funcionando. Na parte das vendas, a Aegon International sentiu a queda da demanda, mas a mesma foi se recuperando a partir do meio de abril. “A digitalização contribuiu para manter o nível das vendas”.

Com a pandemia, houve um aumento significativo da preocupação das pessoas com a sua proteção. Keim contou que o Google teve um aumento na busca pelo termo “seguro de vida”.

Alfaro, que vive na Espanha, disse que o mês de março foi um verdadeiro pesadelo, porque as pessoas não tinham noção do que poderia acontecer. Todos conheciam alguém infectado.

Os novos negócios zeraram nos meses de março e início de abril. “Neste período, nossos distribuidores se preocuparam em fazer a manutenção das apólices da sua carteira. A partir do final de abril aumentaram as interações remotas e digitais. Acredito que agora a demanda comece a crescer, mas ainda de forma tímida”, enfatizou Alfaro.

Ele acrescentou que agora as pessoas terão uma percepção mais aguda de seus riscos que precisam ser cobertos. “As pessoas estão mais pobres. Os assalariados conseguiram economizar algum dinheiro, mas há muita gente que ficou sem renda, por isso é preciso ter produtos mais baratos. Exemplo de seguro saúde com co-participação: se tiver saúde se paga menos, se tiver algum evento , o valor aumenta”.

Helder Molina, presidente da MAG Seguros, ratificou esta percepção de que as pessoas terão a maior percepção sobre a necessidade de proteção, principalmente em relação à morte, saúde e invalidez. “Por isso, acredito que seremos um dos primeiros de setores que irão se recuperar deste momento de crise”.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

 

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