Ultima atualização 12 de junho

IESS lança panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde

O Brasil já ultrapassou a marca de meio milhão de casos de covid-19, segundo os últimos números do Ministério da Saúde. Agora, o País só fica atrás dos Estados Unidos no número de infectados pelo novo coronavírus.

Conforme as análises mostram, os pacientes mais vulneráveis são aqueles com 60 anos ou mais, grupo que corresponde a 14% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões de pessoas conforme mostra o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Segundo José Cechin, superintendente executivo da entidade, a publicação é uma ferramenta para auxiliar o setor a criar programas específicos para uma melhor assistência desses pacientes. “O aumento da longevidade da população é, sem dúvida, muito positivo e uma grande conquista da medicina e da sociedade. No entanto, todo o segmento de saúde precisa se antecipar ao aumento da demanda pela utilização dos serviços e futuros desafios dos custos”.

A publicação aponta que desde março de 2000, início da base de dados, o número de idosos nos planos de saúde duplicou, passando de 3,3 milhões para 6,6 milhões em março de 2020. Ao analisar por modalidade, as cooperativas médicas e as Medicinas de Grupo mais do que dobraram o número de vínculos de pessoas com 60 anos ou mais no período analisado.

Na mesma comparação, essa população também quintuplicou entre os planos empresariais e a quantidade de vínculos de indivíduos com 80 anos ou mais triplicou. Já a faixa etária entre 75 e 79 anos aumentou em duas vezes seu tamanho.

O Panorama também identificou que em março de 2020, 52% dos idosos estavam entre os 60 e 69 anos, 60% são do sexo feminino e 63% contam com planos coletivos. A maior fatia está nas Cooperativas Médicas e Medicinas de Grupo, com 73% do total.

Os números mostram uma mudança na composição etária dos planos de saúde, reflexo de alterações da sociedade. Para Cechin, é fundamental que não só o setor privado, mas todo o segmento de saúde do Brasil entenda que isso traz profundas alterações e especificidades da assistência para essa população. “Para se ter ideia, entre os planos da modalidade de autogestão, com beneficiários normalmente mais idosos, o índice de envelhecimento cresceu de forma acelerada a cada ano e atingiu 163,4% em março de 2020, o que acende uma luz de alerta para todo o segmento”, afirma. O índice de envelhecimento mede a relação entre o número de idosos (60 ou mais anos de idade) e o número de jovens (menores de 15 anos), vezes 100, ou seja, valores elevados indicam que a transição demográfica está em estágio avançado.

Além de apresentar os dados por região e modalidade de contratação, o estudo também traz a evolução do número de vinculados aos planos médico-hospitalares, distribuição percentual por faixa etária, índice de envelhecimento, razão de dependência, adesões, cancelamentos e migração entre março de 2000 e o mesmo mês em 2020.

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“Vivenciamos um cenário inédito no Brasil, com a presença do novo coronavírus (covid-19). Entre os óbitos confirmados pela doença no País, mais de dois terços tinham mais de 60 anos, sendo a taxa de letalidade maior nas pessoas com mais de 80 anos e seguida das pessoas de 70 à 79 anos. Para além do cenário atual, o segmento precisa criar programas específicos voltados para a promoção da saúde entre as pessoas idosas e com doenças crônicas. Esperamos colaborar nessa missão”, conclui Cechin.

A publicação está disponível na íntegra no site do Instituto.

N.F.
Revista Apólice

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