Ultima atualização 13 de maio

Fenasaúde é contra a gestão unificada de leitos de UTI pelo SUS

Em Webinar realizado pela CNseg, o presidente da Fenasaúde foi um dos palestrantes e falou sobre a utilização das UTIs privadas pelo sistema público
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João Alceu Amoroso Lima (Foto: divulgação)

EXCLUSIVO – Em webinar realizado hoje pela CNseg, o presidente da Fenasaúde (Federação Nacional das Empresas de Saúde Suplementar), João Alceu Amoroso afirmou que a gestão unificada dos leitos de UTI pelo SUS (Sistema Único de Saúde) pode desorganizar o sistema privado. “Apesar dos desafios, o sistema privado está funcionando bem. O poder público não tem tecnologia nem parâmetros para utilizar este sistema”, declarou Amoroso, ressaltando que não existe um sistema de gestão ou gestores preparados para conduzir uma fila única de UTI de forma eficiente.

A Fenasaúde representa 17 empresas que, juntas somam 40% do volume financeiro e de usuários do sistema de saúde suplementar.

João Alceu Amoroso Lima, presidente da Fenasaúde, entidade formada por 17 grupos, com cerca de 40% do volume financeiro e participantes do sistema. Ele salientou que. ao contrário do que está sendo divulgado pela mídia, não há baixa ocupação dos leitos na rede privada, porque eles ficam reservados para atender a outras morbidades.

“É um mito dizer que qualquer ociosidade deve ser disponibilizada para Covid-19, há uma série de outras morbidades que geram fluxo constante nas UTIs, com pacientes oncológicos, cardíacos neurológicos e pacientes acidentados”, explicou.

A saída para a atender a alta demanda por parte do SUS é a continuidade de uma ação que já ocorre, com a aquisição de leitos junto aos hospitais privados, que disponibilizam as unidades de acordo com o que é possível.

Amoroso acredita que o mercado de saúde não terá grandes mudanças. Por conta da pandemia, o exame para detecção do coronavírus já foi incluído, pela ANS, no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. O que tira o sono das operadoras de saúde e seguradoras é possibilidade de interferência externa dos poderes executivo, legislativo e judiciário no setor.  “As pessoas precisam entender como o mercado funciona, o mutualismo, para saber o que encarece e elitiza o acesso ao produto de saúde”, pontuou.

A preocupação do setor é com a sinistralidade no segundo semestre, porque a redução das cirurgias eletivas representam um alívio momentâneo, mas vale lembrar que isso é apenas um adiamento, aguardando o período seguro para a realização do mesmos. Pode haver sobrecarga do sistema.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

 

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