Ultima atualização 09 de abril

Brasileiros contrataram planos de saúde antes da pandemia de covid-19

Levantamento realizado pelo IESS indica aumento de beneficiários em fevereiro. Minas Gerais foi a região com maior avanço: 60,1 mil pessoas

Quase 2 milhões de contratos foram firmados com planos de saúde nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), 1,7 milhão de novos beneficiários passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos e outras 123,7 mil pessoas aderiram aos planos médico-hospitalares. Alta de 6,9% e 0,3% respectivamente.

“Fevereiro foi um mês positivo, com muitos brasileiros realizando o sonho de contar com um plano de saúde”, diz José Cechin, superintendente executivo da entidade. “Os efeitos da pandemia do coronavírus, em março, e do isolamento social adotado corretamente para combater o contágio acelerado da covid-19 ainda não se fazem presentes nestes dados e deixam uma interrogação sobre os números dos próximos meses. Tanto é possível que tenhamos um aumento de beneficiários em busca de contar com a segurança do plano, quanto uma redução por conta das pessoas que perderão o emprego e renda e não terão condições de manter o benefício”, pondera.

O executivo afirma que o comportamento registrado em fevereiro dava continuidade à tendência observada no segundo semestre de 2019 e esperada para o ano de 2020, com uma ligeira recuperação do total de vínculos médico-hospitalares avançando juntamente com o aquecimento do mercado de trabalho. A mudança no cenário nacional (e internacional), contudo, impede uma previsão acurada no momento. “Precisamos observar o mercado, a sociedade e os resultados do empenho contra a pandemia antes de refazer qualquer cálculo”, ressalta Cechin.

Entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020 a taxa de desocupação caiu de 12,4% para 11,6%. Esta queda resulta do aumento de pessoas com registro de carteira assinada, que passou de 32,9 milhões para 33, 6 milhões no período, um aumento de 2%. O rendimento médio real destas pessoas também cresceu de R$ 2.232 para R$ 2.252, uma variação positiva de 0,9%.

Os números de fevereiro na NAB foram impulsionados pela contratação de planos no Sudeste e por beneficiários com 59 anos ou mais, que cresceu 1,7%. Na modalidade médico-hospitalar, Minas Gerais foi o Estado com maior avanço no total de beneficiários: 60,1 mil pessoas passaram a contar com este tipo de plano, alta de 1,2%.

Já nos planos exclusivamente odontológicos, foi em São Paulo que a maior parte dos novos contratos foram firmados. No total, 715,5 mil novos vínculos foram registrados no Estado, o que representa uma alta de 8,4%.

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Alagoas foi a única Unidade Federativa com redução no total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos. A queda de 0,8% significa que 2,2 mil pessoas deixaram de contar com o benefício.

Já entre os planos médico-hospitalares, a retração foi registrada em 10 Estados. Sendo que os recuos mais expressivos foram anotados em Santa Catarina, que perdeu 29,3 mil beneficiários (-2%); e no Ceará, onde 23,9 mil vínculos foram rompidos (-1,9%).

N.F.
Revista Apólice

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