A Mongeral Aegon completou 185 anos no dia 10 de janeiro e realizou, entre os dias 9 e 11, o Magnext 2020, um evento para mais de 2 mil pessoas no Rio de Janeiro, anunciando uma série de novidades, entre elas a mudança de nome para Mag Seguros.
A mudança da marca reflete a modernização e inovação da companhia, apesar de seu tradicionalismo. O nome MAG já vinha sendo utilizado como um apelido, criado naturalmente pelos colaboradores como resultado da contração de Mongeral Aegon Group.
O CEO da companhia, Helder Molina, apresentou o crescimento empresa no mercado, visões e expectativas para o futuro. Dentre os principais destaques, comentou sobre o volume de vendas pela plataforma de suporte ao corretor Venda Digital, que hoje corresponde a cerca de 90% dos seguros comercializados. Em relação às inovações no atendimento, o executivo destacou a WinSocial, plataforma que facilita a venda de seguro de vida para pessoas com diabetes. Também abordou a Mag Investimentos, gestora de ativos criada há cinco anos no mercado, que movimentou R$ 6 bilhões desde o lançamento.
No dia em que completou 185 anos, a empresa realizou o lançamento da fintech Mag Finanças, que tem como objetivo otimizar as operações e facilitar as operações financeiras entre corretores e clientes. A expectativa é encerrar 2020 com um volume financeiro em transações de pagamentos superior a R$ 1 bilhão, atuando inicialmente somente em seu ecossistema.
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Lideranças dos corretores de seguros
Um dos painéis mais aguardados, “Tendências para os corretores de seguros”, teve a participação do presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo; do presidente da Fenacor, Armando Vergílio; e do presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão, sob mediação do vice-presidente do Conselho da companhia, Marco Antonio Gonçalves.
Vergílio defendeu a importância da autorregulação do mercado de corretagem de seguros. “É de se admitir que a superintendente da Susep, Solange Vieira, demonstrou coragem de reconhecer publicamente o que já sabíamos há muito tempo, quanto à deficiência no cadastramento e na fiscalização da atividade dos corretores de seguros”, disse. “Os profissionais que aderirem à autorregulação serão vistos pelo setor e pelos clientes como tendo uma espécie um selo de qualidade. No momento, a única autorreguladora aprovada e em operação é o Ibracor (Instituto Brasileiro de Aurregulação dos Corretores de Seguros”.
Porém, Vergílio enfatizou que as lideranças da categoria estão mobilizadas para a retirada dos artigos da Medida Provisória 905/19, que atingem a profissão, em especial, para reverter dois itens do artigo 51, um que revoga a Lei 4594 e outro alguns artigos do Decreto Lei 73/66, o que a retira do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). “A atividade não acabou, apenas, por enquanto, foi desregulamentada, não sendo a ausência provisória da Lei ou a perda temporária da sua eficácia que coloca fim à profissão ou atividade de corretor de seguros”, declarou. “Enquanto o corretor de seguros tiver o cliente e agregar valor para ele continuará existindo. Se ele resolve o problema do segurado, naturalmente ele continuará sendo necessário e imprescindível”.
Camillo reafirmou que as lideranças da categoria estão unidas e mobilizadas. “Diferenças à parte, temos a exata noção de nossa responsabilidade para com os corretores do Brasil inteiro. Antes de sermos lideranças da categoria somos empresários da corretagem, dedicamos nossas vidas e embasamos as nossas conquistas por essa profissão e isso é o que nos aproxima. Sempre estaremos de mãos dadas para ações de interesse dos corretores de seguros e do setor. Prova disso é que desde 2015 nós demos as mãos em torno do Ibracor, como nossa autorreguladora, ou durante a luta e a conquista do Simples, que trouxe ganhos para todos”.
Segundo Camillo, as ameaças existem ao longo da história da humanidade, mas atualmente surgem de forma constante em razão do acesso à informação. “Isso acaba nos tirando um pouco a lucidez e a visão da oportunidade. Em todos os desafios, aqueles que conseguem ultrapassar são os que se fortalecem, assim como a Mongeral que em 185 anos de história precisou se adaptar a muitos obstáculos, mudanças da economia. A autorregulação talvez seja a grande oportunidade nisso tudo para alçarmos o corretor à posição que ele já tem, de maturidade, de reconhecimento e de autoconhecimento, de o quanto somos meritórios e participantes do desenvolvimento do setor de seguros”, disse.
Brandão também defendeu o interesse na profissão por ser um corretor de seguros. “Nunca deixei a corretora, não sou simplesmente um empresário que gerencia à distância, continuo vendendo seguro de vida de todos os dias, com muito orgulho. Acho desrespeitoso o discurso da superintendente da Susep de desregulamentar o nossa profissão, se não tem estrutura para fiscalizar, cria-se, mas não podemos regredir no que conquistamos para o setor”.
O evento contou ainda com debates e apresentações com lideranças da empresa; uma palestra de David Robert sobre tendências de comportamento; um debate sobre economia com o jornalista Ricardo Amorim; painéis motivacionais de personalidades públicas do esporte e da música, como Marta Silva, Bernardinho e Carinhos Brown; premiações de destaques de vendas, o tradicional Troféu Galo de Ouro e shows.