Ultima atualização 28 de agosto

Divórcio é fator que pode encarecer o preço do seguro automóvel

O produto fica mais caro por potencial mudança no estilo de vida do condutor. Fazer a atualização da apólice após a separação é necessária para evitar prejuízos

EXCLUSIVO  O divórcio costuma trazer altos custos para ambas às partes envolvidas. Pensão para os filhos, divisão de bens adquiridos durante a união e o próprio processo de separação, além de delicado, também pode deixar resultados não tão positivos na conta bancária. O desfalque no orçamento pode ficar maior por conta do seguro auto, pois quando um casal se separa, é normal o preço da apólice do carro aumente.

O cálculo do preço de um seguro é feito com base no perfil do motorista e das características do bem segurado. Muitos fatores são levados em consideração para se chegar ao valor que uma pessoa deve pagar para ficar protegida e um deles é o estado civil do contratante. Quando o tema é o seguro do automóvel, homens divorciados pagam mais caro do que casados para adquirir o produto. É o que aponta uma pesquisa feita pela corretora ComparaOnline.

De acordo com o levantamento feito pela empresa, a alta de preços após o divórcio pode chegar aos 25% para mulheres e 33,5% para homens. Para realizar o estudo, foi usado como exemplo de carro um Onix e condutores de ambos os gêneros com mais de 25 anos de idade residentes nas zonas norte, sul, leste, oeste e centro de São Paulo. A análise foi baseada em cotações fornecidas por oito seguradoras.

Leia mais: Seguro Auto Popular: uma alternativa para outra geração de veículos

Em média, um homem casado que mora na zona sul da capital paga R$ 3.785,63 pela apólice do veículo. Em perfis de divorciados, o valor sobe para R$ 4.308,66. Nesse caso, a diferença a mais é 13,8%, sendo R$ 523,03 a mais no valor do produto. Para mulheres divorciadas, os custos sobem menos, mas há gastos extras. A dona de um hatch da Chevolet casada que mora na zona oeste paga, em média, R$ 2.423,40 pelo seguro ao ano. Já para divorciadas, as seguradoras cobram em torno de  R$ 2.678,99, com uma diferença de 10,5%, chegando a R$ 255,59 a mais.

(FOTO: Divulgação) Paulo Marchetti

“Dependendo do estado civil do condutor, a seguradora traça o seu perfil de condução. Motoristas solteiros e divorciados tendem a utilizar o veículo mais vezes à noite, além de usar o carro para longas viagens, enquanto o condutor casado o utiliza com mais cautela. Não há índices que comprovem que ocorram mais sinistros entre divorciados, mas todas as estatísticas são elaboradas de acordo com a própria base da empresa”, afirma Paulo Marchetti, CEO da companhia.

Segundo a Porto Seguro, “como cada companhia tem seu próprio modelo de avaliação dos riscos, probabilidades e potenciais custos desses eventos, os valores do seguro podem variar de uma empresa para outra, o que explica a diferença nos valores do produto”.

Por isto, quando ocorre a separação, é necessário comunicar à seguradora sobre a mudança do status de relacionamento, decidir quem ficará como condutor principal do veículo e, se for preciso, efetuar a mudança de endereço do motorista. Essa atualização deve ser feita mesmo que cada cônjuge tenha seu próprio carro, pois a remoção do ex da cobertura do automóvel que ficar com você é fundamental para defendê-lo de possível responsabilidade em caso de sinistro.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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