Ultima atualização 25 de julho

Open Insurance deve atrair novos consumidores

Esta é a expectativa das empresas que estão investindo em Open Insurance, que deve nortear o caminho do setor com ênfase na distribuição aberta de novos produtos, de olho em um novo perfil de consumidores

Os produtos tradicionais do mercado de seguros não atendem a todos os perfis de consumidores. Em busca de uma nova faixa de segurados, principalmente para fazer crescer a participação do setor na economia brasileira, algumas empresas estão investindo em conceitos abertos para criar um novo ecossistema de soluções para o setor, o Open Insurance.

A Ciclic é uma destas empresas que deseja fazer negócios com os consumidores da forma como eles desejarem, com produtos de diversos fornecedores.

Para começar, Open Insurance é um termo emergente na indústria de seguros que se refere à oferta de produtos, serviços e compartilhamento de dados entre parceiros, comunidades e startups com o objetivo de construir soluções inovadoras-disruptivas, novas aplicações e novos modelos de negócio.

Saiba mais: Afinal, o que significa o termo Open Insurance ?

O grande desafio, segundo Rapahel Swierczynski, CEO da Ciclic, é trazer empresas de dentro e de fora do setor para esta nova realidade. “É preciso criar um ecossistema favorável às inovações, que incluam três vetores: inovação aberta, experiência digital e novos modelos de negócios”, avisa.

No conceito de Open Insurance, os dados são do cliente e só podem ser compartilhados seguindo algumas regras, como acesso e a revogação aos dados pessoais são controlados pelo segurado; dados privados podem ser compartilhados quando permitido pelo segurado; o motivo e a necessidade dos dados pessoais devem estar claros no momento do compartilhamento; e dados devem ser armazenados em ambiente seguro e com tecnologias capazes de manter a integridade, escalabilidade e confidencialidade das informações dos segurados.

Também devem ser consideradas as questões referentes à nova Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto de 2020, e a legislação consumerista, que também pode influenciar no relacionamento com o segurado.

No Brasil, os benefícios do Open Insurance devem facilitar a integração dos players dentro e fora do mercado, através da criação de novos produtos que atendam às necessidades dos diversos perfis de consumidores. “Esta nova situação deve trazer mais transparência para o setor de seguros, promovendo também o aumento da cultura de seguros. Queremos mostrar o real valor dos produtos para atender os clientes, entendendo os riscos das pessoas ao longo da sua vida”, afirma Raphael.

O caminho passa pelo compartilhamento das informações. Ninguém faz nada sozinho. Há uma série de coisas que podem ser consumidas de empresas que já desenvolveram soluções. “Queremos disponibilizar uma forma das empresas se conectarem. Como um player que quer empurrar o conceito de Open Insurance, criamos uma camada de integração de API’s para as empresas que quiserem se conectar. Qualquer empresa pode se conectar e participar”, convida o CEO.

Como benefícios, as empresas terão acesso a analytics e Big Data, com entendimento do comportamento dos consumidores, mapeamento dos perfis de clientes, criação de modelos preditivos e inteligência de dados aplicada no desenvolvimento de novas soluções.

“A ideia é que as empresas conheçam melhor os seus clientes e sejam mais assertivas na oferta de produtos”, esclarece Raphael.

Os segurados poderão participar deste movimento através de um app que está em fase de testes. Nele o próprio segurado irá compartilhar os dados de todas as suas apólices de seguro e previdência privada. Em contrapartida, ao ter qualquer problema (sinistro, necessidade de assistência), o segurado terá a mão o contato da seguradora.

“ O Open Insurance vai evoluir com ou sem a nossa participação”, sentencia Raphael, completando: “é um negócio sem volta, com melhores produtos, mais inovações e mais assertividade. O cliente enxerga valor no aplicativo. O aplicativo irá tracionar, independente de estar conectado às seguradoras. Quanto melhor for a experiência, melhor será a jornada do cliente”, finaliza.

 

Exemplos internacionais

Lemonade – plataforma aberta de distribuição

Allianz – Criou o Allianz Business System (ABI), para que mercado possa oferecer seus produtos usando o sistema.Ping An – Criou e tornou público dois sistemas para que qualquer empresa pudesse utilizar. Disponibiliza o Smart Authentication and Smart Claim API’s. Venda, pós venda, UW, sinistros e customer service.

AXA – Na Ásia, criou API para distribuição, gestão de sinistros e customer service – seguradoras podem utilizar com seus próprios produtos. Funcional para residencial, auto e viagem.

 

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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