Ultima atualização 17 de junho

Nível de prontidão para gerenciamento de riscos é o menor em 12 anos

Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2019, realizada pela Aon, identifica os desafios que as organizações enfrentam ao avaliar e responder a riscos tradicionais e emergentes

Preocupações econômicas e globais estão desafiando a capacidade das organizações de investir adequadamente na preparação e na proteção da continuidade de suas operações, segundo os resultados da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2019, da Aon.

“Empresas de todos os portes estão lutando para priorizar seus esforços de gerenciamento de riscos em meio a um período de tantas mudanças e incertezas”, explica Rory Moloney, diretor executivo de Global Risk Consulting. “O que antes era uma estratégia testada e comprovada para a mitigação de riscos – usando o passado para prever o futuro –, se transformou em um desafio e, juntamente com uma economia global mais competitiva, está causando um baixo nível de prontidão de risco”. Como resultado, os planos de gerenciamento de riscos precisam adotar uma nova abordagem, diferente do que o mercado costumava praticar no passado”, completou.

Leia mais: Aon Brasil promove debate sobre riscos cibernéticos

A Aon entrevista a cada dois anos milhares de gerentes de riscos de 60 países e avalia 33 setores da indústria para identificar quais são principais riscos e desafios enfrentados pelas organizações na atualidade.

Na pesquisa, os entrevistados classificaram a desaceleração econômica como o maior risco entre todos. Danos à reputação/marca foram citados como a segunda maior preocupação, refletindo o poder das redes sociais aliado ao fluxo intenso de notícias.

Mudanças no mercado e o aumento acelerado de taxas em função de políticas protecionistas do comércio internacional, que envolvem crescente atividade regulatória e tensão geopolítica, saltaram da 38ª colocação na pesquisa de 2018 para figurar como a terceira maior preocupação das empresas na lista deste ano.

A Aon obteve respostas para a pesquisa durante o ano passado, em um período repleto de enorme incerteza em todo o mundo, impulsionado por quedas no mercado de ações, disputas políticas, ações regulatórias agressivas, recalls maciços por parte de grandes corporações, além de um ciclo ativo de grandes desastres naturais. Outros episódios marcantes foram os ataques cibernéticos de grande alcance e escândalos corporativos.

Esses riscos macroeconômicos de maior alcance, combinados com a velocidade da mudança da tecnologia, estão contribuindo para uma crescente proeminência de novas ameaças que podem interromper as cadeias de suprimento e as operações comerciais. Como resultado, um terço dos 15 principais riscos estreia na lista de 2019, incluindo taxas aceleradas de mudança nos fatores de mercado e tecnologias disruptivas.

De acordo com a pesquisa com gerentes de riscos, este é o menor nível de prontidão de risco em 12 anos, já que muitos dos principais riscos, como a desaceleração econômica e a crescente concorrência, não são seguráveis. Como resultado, os gerentes de riscos precisam adotar ações de gerenciamento em oposição à transferência de risco, a fim de mitigar essas ameaças e proteger suas organizações contra a potencial volatilidade.

“As mudanças nos resultados da pesquisa deste ano indicam que a função de gerenciamento de riscos deve evoluir para o nível empresarial”, acrescentou Moloney. “Isso, combinado com o uso de dados e análises preditivas que possam gerar insights acionáveis, ajudará as empresas a proteger seus resultados, ao mesmo tempo em que se adaptarão a mudanças aceleradas e flutuações econômicas.”

Descobertas Adicionais:

– A força de trabalho envelhecida sobe de 37º em 2017 para 20º em 2019. Prevê-se que suba para 13º (2022). No geral, o envelhecimento das populações em sintonia com a escassez de mão de obra não apenas altera a trajetória social e econômica de um país, mas também gera volatilidade dentro das organizações.

– A mudança climática saltou de um ranking de 45º em 2017 para 31º em 2019, já que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais contribuem para aumentar as preocupações sobre o impacto que estes fatores causam na economia global.

– Os ataques cibernéticos/violações de dados estão classificados como o risco número 6 e espera-se que atinjam o top 3 em 2022. Se fizer um recorte sobre a América do Norte, os risco da área de cyber continua a ocupar o primeiro lugar entre os entrevistados da América do Norte. Pela primeira vez, prevê-se que o risco cibernético esteja na lista dos 10 principais para a América Latina. Espera-se também que esta mesma preocupação aumente na Europa, saindo da 8ª para a 4ª posição, e no Oriente Médio e África salte de 8º para 2º colocado.

– Tecnologias disruptivas são uma preocupação crescente no âmbito global, passando da 20ª colocação em 2017 para a 14ª em 2019. Essa tendência é citada como um dos 10 principais riscos para 50% de todos os setores da indústria.

Os perfis de participantes da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2019, da Aon, englobaram organizações pequenas (abaixo de US$ 1B), médias (US$ 1B – US$ 15B) e grandes (acima de US$ 15B), incluindo entrevistados de empresas privadas, organizações públicas, governos e entidades sem fins lucrativos. O relatório completo, em inglês, pode ser acessado no site.

N.F.
Revista Apólice

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