Ultima atualização 10 de janeiro

Mercado de seguros e resseguros no Brasil

Segmento de seguros emitiu R$ 49,3 bilhões em prêmios no primeiro semestre de 2018; Prêmios cedidos em resseguro atingiram R$ 4,6 bilhões

A 4ª edição do JLT ID Report Brasil, relatório com panorama e análise sobre o mercado de seguros e resseguros do País, mostra que o segmento de seguros emitiu R$ 49,3 bilhões em prêmios no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2017. O grupo que mais contribuiu para esse aumento foi Óleo e Gás, com R$ 237 milhões de emissões, um crescimento de 64,7% se comparado aos primeiros seis meses de 2017.

Os sinistros ocorridos totalizaram R$ 21,3 bilhões nos primeiros seis meses de 2018, com uma sinistralidade de 43,3%. O resultado apresenta um decréscimo de 1,6% em relação ao mesmo período do ano de 2017, em decorrência, principalmente, da redução observada pelos grupos de Riscos Financeiros e Riscos Marítimos.

O resultado operacional foi positivo para grande parte dos grupos, totalizando um montante de R$ 15,5 bilhões no primeiro semestre de 2018. Como nos anos anteriores, o grupo de Linhas Pessoais teve a maior rentabilidade, representando 35% do total. Só o mercado de seguro de vida registrou R$ 13,4 bilhões em prêmios emitidos, um desempenho 13% superior se comparado ao primeiro semestre de 2017. Com um índice de sinistralidade de 29% nos seis primeiros meses de 2018, 1p.p. abaixo do mesmo período do ano anterior, o mercado de seguro de vida registrou um resultado positivo de R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2018.

O ramo de automóveis obteve o segundo melhor desempenho do segmento de seguros, com um resultado operacional de R$ 3,30 bilhões no primeiro semestre de 2018, impactado pelo aumento de 13,6% na produção de veículos e o crescimento de 14,4% nas vendas de veículos novos durante o período analisado. A indústria de automóveis registrou R$ 17,2 bilhões em prêmios emitidos nos primeiros seis meses de 2018, resultado 4,9% superior ao primeiro semestre de 2017. A sinistralidade foi de 61,5%, totalizando R$ 10,5 bilhões no semestre, 1,3% abaixo do mesmo período de 2017.

“Esperamos que, com a maior diversificação e inovação de novos produtos, especialmente no setor corporativo, passaremos a ver, em um futuro próximo, um mix de prêmios ainda mais desconcentrado dos ramos tradicionais e mais variado. Segmentos como Cyber, Responsabilidades e novos tipos de garantias devem liderar esse processo”, comenta Pedro Farme, vice-presidente de contratos da JLT Resseguros.

Resseguros

Ao completar dez anos da abertura do mercado de resseguros do Brasil, a atividade de resseguradores admitidos e eventuais apresentou um crescimento de 32p.p. em prêmios cedidos com relação à atividade no primeiro semestre de 2017, apresentando um elevado crescimento na atuação do segmento de Óleo e Gás.

Os prêmios cedidos em resseguro no primeiro semestre de 2018 atingiram R$ 4,6 bilhões, um crescimento de 2,84% com relação ao mesmo período de 2017. O grupo que apresentou o maior crescimento, Óleo e Gás, registrou R$ 230,1 milhões em prêmios cedidos, um aumento de 74,4% em relação aos primeiros seis meses do ano anterior.

No primeiro semestre de 2018, as resseguradoras registraram um resultado positivo de R$ 367 milhões, 14,4% abaixo do mesmo período de 2017. O grupo que teve o maior decrescimento foi o de Riscos de Automóveis, em virtude, principalmente, do aumento das comissões de resseguro. O mercado de resseguro de automóveis apresentou um prejuízo de R$ 78 milhões no primeiro semestre de 2018.

O percentual de operações proporcionais e facultativas foi de 88,2% ou R$ 4,07 bilhões, enquanto os prêmios não proporcionais foram de R$ 546 milhões.

Entre os grupos que oferecem resseguro, P&C é o principal com um total de R$ 1,8 bilhão, seguido pelo grupo de Linhas Financeiras com R$ 782 milhões.

“Acreditamos que o mercado mostrou resiliência em geração de receitas e resultados mesmo com a economia passando por sua maior crise. A capacidade de capital e técnica instalada no país é grande e adequada para a indústria suportar e aproveitar o momento de expansão esperado para o próximo período do ciclo econômico”, avalia Farme.

M.S.
Revista Apólice

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