Ultima atualização 28 de janeiro

Emiliano Sala: Cardiff cogita entrar com ação por conta de perda financeira

Clube alega perdas financeiras de 14 milhões de libras, mesmo após pagamento de seguro efetuado previamente
Emiliano Sala
Emiliano Sala

EXCLUSIVO – Ainda desaparecido, o jogador argentino Emiliano Sala fez com que uma questão fosse levantada no mercado de seguros: quem tem a responsabilidade pelo acidente e quem deve receber as eventuais indenizações? A dúvida se dá porque o atleta tinha acabado de ser transferido do Nantes para o Cardiff, clube com o qual assinou, no sábado (19), um contrato em uma operação avaliada pela imprensa em 17 milhões de euros, mas o avião em que o jogador viajava para Cardiff desapareceu na segunda-feira (21) à noite, quando estava a cerca de 20 km da ilha britânica de Guernesey.

Marcelo Blanquier

De acordo com matéria publicada pelo jornal inglês The Telegraph, o Cardiff City cogita entrar com ação legal por conta das possíveis perdas financeiras de 14 milhões de libras, mesmo após pagamento de seguro efetuado previamente. O motivo é pelo valor total do contrato de três anos, estimado em um total de 30 milhões, montante que não está coberto pelo seguro.

Para Marcelo Blanquier, diretor de riscos para Esportes e Entretenimento da JLT Brasil, essa não é uma questão tão complexa por conta da cultura de seguros que é bem desenvolvida na Europa. “O seguro contratado por clubes de futebol é bem amplo: cobre vida, morte por qualquer causa, término de carreira, desaparecimento (que é tratado como morte). Além disso, tem capitais altos e costuma ser contratado para todo o elenco. Esse tipo de produto lá fora é mais maduro do que aqui. Não acredito que haverá maiores problemas a respeito da indenização. Isso será resolvido em breve”.

No Brasil, a Lei Pelé (9.615/98) obriga os clubes, confederações e federações esportivas a contratar o seguro de vida no momento aquisição de um atleta. “O valor da apólice é calculado no momento da assinatura do contrato com o jogador. As coberturas se estendem a atividade desportiva acontecida em treinos, provas e respectivos deslocamento dentro e fora do território nacional”, explica Paulo Grillo, corretor da Ecoverde Seguros.

Fazendo menção ao caso ocorrido com a Chapeconse, no fim de 2016, Grillo acredita que agora a situação é um pouco diferente, por isso pode confundir algumas pessoas a respeito da responsabilidade. “Nesse caso, o transporte era de apenas um jogador, sem vínculo com uma determinada competição. Já no acontecido com a Chapecoense, os jogadores estavam à disposição do clube”, complementa.

Maike Silva
Revista Apólice

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