Ultima atualização 03 de dezembro

Entrave nos modelos de remuneração da saúde é problema para o setor

CBEXs-PR reuniu gestores da área da saúde e médicos em Curitiba para discutir tema

Sul – Promovido pelo Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde-Paraná (CBEXs-PR), o debate “Modelo de Remuneração: aprofundando-se em novos modelos” reuniu mais de 100 executivos e profissionais da saúde, no auditório da FAE Business School, em Curitiba. Durante o evento, foram nomeados dez novos fellows do CBEXs-PR.

O presidente da entidade e CEO do Hospital Santa Cruz, Claudio Enrique Lubascher, mediou o encontro que contou com o diretor de Mercado e Comunicação da Unimed PR e membro do Conselho de Administração da Unimed Curitiba e Unimed Participações, Alexandre Bley; o diretor do Hospital Marcelino Champagnat, José Octávio da Silva Leme Neto; a diretora de Gestão da Rede Médica da Amil, Graciema Bertoletti; e o superintendente regional Sul da Dasa, Carlos Gabardo.

Lubascher explicou que o objetivo do evento foi promover a percepção dos modelos de remuneração na área da saúde a partir da visão de médicos, das operadoras e da indústria hospitalar. “Nós ainda não praticamos uma medicina de fato para os pacientes. Como mudar isso e como fazer pontes e a diferença?”, questionou e afirmou que o CBEXs-PR tem o propósito de estimular discussões apartidárias sobre o mercado de saúde do Paraná.

Aspectos da remuneração

A diretora da Amil falou sobre a experiência da operadora com seus novos modelos de remuneração. Ela destacou os novos modelos assistenciais, de remuneração e a excelência operacional, ressaltando que esta última é extremamente necessária para que os dois primeiros funcionem bem. Para ela, o serviço prestado tem que ter foco no paciente e na qualidade e eficácia dos serviços prestados.

Alexandre Bley apresentou os aspectos médicos dos novos modelos de remuneração e destacou os desafios hoje, como a crise no setor, o custo crescente dos planos, o descontentamento dos stakeholders, o novo momento da sociedade, as mudanças de parâmetros do volume para o resgate do valor para os beneficiários e da doença para a prevenção, e a judicialização da saúde. Entre outros dados, ele trouxe uma pesquisa no país sobre a expectativa de salário dos médicos da Geração Y e revelou que 34% prefere o salário mensal contra 1,8% que prefere acha a remuneração por performance a mais adequada.

O diretor do Hospital Marcelino Champagnat ressaltou que a pauta dos modelos de remuneração é “antiga”, já tem uns 20 anos e caminha lentamente. Ele destacou que o perfil de negócios de um hospital é de um empreendimento que tem uma carga acentuada de risco e margens de lucro estreitas. Segundo ele, a inflação médica é “bem superior” aos índices oficiais. “Não conseguimos repor a inflação médica e também os índices oficiais”, disse. Para ele, as mudanças são necessárias e importantes. Ele reconheceu que existe defasagem na remuneração dos médicos e enquanto não houver entendimento de que este profissional está inserido nesta discussão não haverá evolução.

Para Carlos Gabardo, o setor de saúde está atravessando um momento complicado, com “forte pressão” para o repasse de preços entre os diversos operadores. Ele comentou que os pedidos exagerados de exames são muitas vezes desnecessários, por exemplo, e geram um descontrole no sistema que passa a tratar a doença e não a saúde.

M.S.
Revista Apólice

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