Ultima atualização 06 de novembro

Filantropia Premiável é discutida em evento da FenaCap

Márcio Coutinho, diretor de Capitalização da Capemisa, foi um dos presentes no evento que abordou novas oportunidades de novos negócios da modalidade

ATUALIZADO EM 06/11/2018, ÀS 10H51 – A importância do título de capitalização para a ampliação da filantropia no Brasil foi o tema da primeira edição do programa Trilhas organizado pela FenaCap. O encontrou, conduzido pelo diretor executivo da federação, Carlos Alberto Corrêa, reuniu cerca de 100 convidados, entre representantes de empresas de capitalização, Susep e gestores das entidades assistidas no auditório do Prédio das Federações, no Centro do Rio. Carlos Alberto iniciou o evento agradecendo a presença de todos e destacando a importância de debates como o da tarde de ontem. “Hoje a capitalização funciona como um instrumento de educação financeira e uma opção de filantropia”, explicou Carlos Alberto, acrescentando: “Temos um espaço gigantesco para crescer”.

Na palestra de abertura, o Dr. Antônio Navarro apresentou o case do Hospital Amaral Carvalho, que fica em Jaú, interior de São Paulo, e que com os recursos oriundos dos títulos de capitalização de Filantropia Premiável está conseguindo ampliar as instalações do centro médico e melhorar a estrutura do atendimento aos pacientes com câncer.

“O tratamento do câncer, em alguns casos, pode ser longo, e o paciente precisa ficar três ou quatro dias em atendimento ambulatorial. Se o paciente mora longe, precisa ficar no hospital acompanhado da família e, para isso, é necessário uma grande estrutura para que o tratamento não seja interrompido”, explicou Dr. Navarro.

Bom para o mercado

Na sequência, foi a vez de ouvir as empresas que comercializam produtos da modalidade Filantropia Premiável. Márcio Coutinho, diretor de capitalização da Capemisa Seguradora, comentou a atuação da Susep ao formalizar a criação do novo produto. “A entidade acertou na criação dessas duas modalidades: Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia”, afirmou, referindo-se ao recém-aprovado marco regulatório da Capitalização. “Esta é tranquilamente uma das maiores operações da Capitalização e, a partir de agora, ganhará contornos mais claros. Como tudo o que é novo, precisa de apoio do mercado e investimentos, para que possa se desenvolver”, afirmou.

Marcelo de Oliveira, diretor de capitalização da Icatu Seguros, por sua vez, disse acreditar que o produto de filantropia possa também contribuir para consolidar uma imagem positiva dos Títulos de capitalização. “A filantropia é o momento de mudar a imagem da capitalização junto à mídia”, destacou, após apresentar o resultado da parceria que a empresa mantém com o Instituto Ronald McDonalds, por meio de um produto denominado “troco premiado”.

José Piñeiro Maia, da Brasilcap, falou sobre os diversos projetos de caráter social apoiados pela empresa, fez uma restrospectiva da atuação da Brasilcap em prol da inclusão, e apresentou estimativas de crescimento para a nova modalidade de Filantropia, que, segundo ele, pode representar a arrecadação de recursos da ordem de R$93,8 milhões para instituições filantrópicas em cinco anos, número considerado bastante expressivo.

O presidente da Comissão Técnica de Produtos e Coordenação da FenaCap, Natanael Castro, observou que a expansão do mercado depende também da modernização dos processos de comercialização, defendendo o uso mais intensivo da tecnologia digital, em linha com as demandas dos consumidores e da sociedade, como um todo.

Órgão regulador

Com a implantação das Circulares Susep 569, em maio, e a 576, em agosto, o mercado de títulos de capitalização passou a contar com mais duas modalidades: Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia. Leonardo Nassif, que representou a Susep, destacou a satisfação com a criação da modalidade Filantropia Premiável. “É um produto que gera um benefício direto para a sociedade e que vai mudar a concepção que se tem da capitalização”, assinalou, dizendo acreditar que a modalidade tem tudo para assumir o protagonismo no mercado e também se transformar em referência internacional. Leonardo finalizou dizendo que a criação do novo produto é uma oportunidade para a ampliação do mercado, “A norma (Circular 569) não saiu exatamente como todos queriam, ainda temos muito o que fazer, mas nós fizemos o máximo e com certeza podemos melhorar ainda mais”, finalizou.

Números que salvam vidas

Cinthia Polliane, diretora da Associação Nacional para Salvar Vidas (ANSV), falou da importância dos títulos de Filantropia Premiável para a manutenção de hospitais e instituições de atuação social. “Algumas das instituições atendidas pela ANSV recebem 95% dos recursos da capitalização. Sem os títulos elas não sobreviveriam”, afirmou. A ANSV representa e defende a sustentabilidade econômica de 17 entidades filantrópicas.

A Federação das Apaes do Estado de São Paulo (Feapaes-SP) também conta com os recursos da capitalização para promover capacitações, cursos e desenvolver projetos que beneficiam 305 Apaes  distribuídas em todo o estado. De acordo com a presidente da entidade, Cristiany de Castro, eventos como o Trilhas são importantes momentos de discussão do setor, “A parceria com os títulos de capitalização é muita significativa para todas as APAES de São Paulo, pois permite atendimento para mais de 70 mil pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Reforçando aquilo que o governo não faz”, finaliza.

A FenaCap reuniu representantes do mercado e entidades filantrópicas para discutir as oportunidades de novos negócios da modalidade Filantropia Premiável. Recém-criada com o novo Marco Regulatório da Capitalização, ela começa a valer a partir de fevereiro, após período de adaptação do mercado.

M.S.
Revista Apólice

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