Ultima atualização 11 de novembro

Fenacor: não somente seguros, mas segurança

Artigo de Jordano de Brito Moreira da Silva

Fenacor 50 anos: A palavra “seguro” exibe diversas aplicações de acordo com o dicionário. Entre elas estão convicção, precisão e estabilidade. Todas convergem para um valor em comum: certeza.

A convicção de que fizemos boas escolhas. A precisão da flecha disparada que acerta o centro do alvo. Estabilidade em meio às tribulações. Certeza de que estamos preparados para o novo, elemento constante e valioso em nossas vidas.

“Constante” aparece também neste repertório. Sua menção nos dá a oportunidade de lembrar e refletir sobre nossos dias, que não são constantes. Não os dias simplesmente contados em horas, mas a vida de fato, a vida real. Um ambiente de certeza permite que as mudanças tornem-se oportunidades de crescer e evoluir.

O tempo, assim, segue inexorável. Tudo o que vivemos, no passado, integra-se às nossas histórias. Eventos que oferecem a oportunidade de aprendermos com erros e acertos, de acumular experiência.

Esta experiência nos tornará capazes de fazer escolhas cada vez melhores. Evitar erros cometidos e investir naquilo que funciona. É com a experiência, na verdade, que escolhemos nosso futuro, como será nossa vida!

O seguro está presente em todas estas fases. “No passado?”, o leitor talvez se pergunte. Sim! Toda sorte de instituição investe em seguros, fato que muitos desconhecem. E não nos damos conta da importância de tal investimento. Supermercados, onde compramos nossos alimentos; bancos, nos quais investimos a recompensa pelo nosso trabalho. Agências de transporte, as quais usamos para chegar em nossos trabalhos, encontrar amigos e familiares, para nossas férias, e em tantas outras atividades cotidianas. Tantos lugares, tantas pessoas, tantos eventos… Eventos que precisam acontecer, que fazem parte integral de nossas vidas. A vida demanda acontecer! Com estabilidade, convicção, precisão! Todos nos precavemos, em diferentes níveis e de diferentes formas. Faz parte de nossa natureza.

Mas a certeza de estarmos segurados no “passado”, ou seja, mesmo sem nos dar conta, não basta. Queremos apoio e segurança hoje, agora. Receber, sem burocracias, sem perda de tempo, o prêmio que nos foi garantido em caso de sinistro. Estar sempre bem informados sobre mudanças nos contratos que fizemos. Ter acesso rápido e claro às alterações nos contratos. Acesso às novas oportunidades que surgem cada vez mais velozes no mundo digital e conectado que vivemos. E, claro, preços que permitam a todos ter um seguro!

O amplo acesso ao seguro trará, a cada vez mais pessoas, apoio e incentivo para planos e sonhos. Já vivemos, já aprendemos, e agora queremos ir além. Queremos crescer. Continuar crescendo. Queremos que nossos filhos cresçam também, como pessoas, como cidadãos, como humanos. Todo apoio, fundamentado e eficiente, é bem-vindo. Queremos investir no futuro, no nosso e no daqueles que amamos.

O futuro… Quem arriscará previsões? Nós, claro! Porque temos esta inestimável dupla: experiência e segurança. Arrisco uma nova terminologia, um novo nome, uma mudança sutil: não fazemos “seguros” apenas, não assinamos um contrato apenas. É muito mais do que isso. Fazemos segurança. Criamos segurança. Queremos garantir a passagem pelas intempéries. Porque elas virão. Sabemos disso. Nossa experiência permite avaliar o que está por vir, mesmo com limitações. Mas não vamos nos abater por isso. Vamos reformar nossas casas, para que sejam mais do que casas, sejam nossos lares. Vamos escolher cuidadosamente boas escolas para nossos filhos, para que continuem recebendo os valores que nos são caros, e conhecimento que os permita seguirem seus próprios sonhos. Vamos nos engajar em trabalhos que amamos e que nos valorizem. Não vamos gastar no futuro. Vamos investir. E vamos investir em convição, estabilidade, certeza. Vamos investir em segurança.

E a Fenacor possui esta segurança. Fenacor é a sigla para Federação Nacional de Corretores de Seguros e Resseguros Privados, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas
Corretoras de Seguros e de Resseguros. É um nome grande, imponente, mas não é o nome que dá solidez à uma instituição, e sim sua história e seu trabalho. A Fenacor tem completa 50 anos agora em 2018, desenvolvendo um trabalho sério e de constante aprimoramento no Brasil, para acompanhar as demandas de nossa sociedade, sempre em evolução. Um compromisso de estar sempre um passo a frente, de oferecer sempre mais e melhor.

O corretor de seguros tem papel fundamental, portanto, no desenvolvimento econômico do país. A relevância de seu trabalho, dos projetos que avalia e a necessidade de acompanhar a constante evolução das necessidades de todos nós exige que seja um profissional sintonizados com estas demandas. Por isso a Fenacor investe constantemente no seu aprimoramento.

A história dos seguros é extensa, naturalmente, no Brasil e no mundo. Dentre os momentos que merecem destaque aqui no Brasil está o ano de 1966 (dois anos antes da criação da Fenacor). Aquele ano foi importante para o desenvolvimento do mercado de seguros no nosso país, com a criação do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). Seu objetivo era fiscalizar, regular e formular políticas para este mercado, tornando-o mais eficiente e resistente a crises econômicas dentro e fora do Brasil.

Entretanto, no final da década de 60, acumularam-se episódios graves para o segmento, como o incêndio da fábrica de automóveis da Volkswagen em São Bernardo. Estes sinistros incentivaram o governo brasileiro a organizar ainda mais o setor de seguros, conduzindo, através de fusões e aquisições, uma redução no número de companhias seguradoras de 176 para 97.

Apesar dos esforços do governo e das instituições seguradoras, as décadas de 1970 e 1980 foram de fraco desempenho para o setor. Colaborou para isto, principalmente, a hiperinflação, que reduzia o poder de compra da população e comprometia a capacidade de investir e crescer das seguradoras. O mercado de seguros manteve participação no PIB de apenas 1% durante este longo período.

Mas mudanças importantes começaram a ocorrer na segunda metade da década de 90. A principal foi a implementação do Plano Real, que iniciou uma fase de 1) melhor distribuição de renda, dando acesso a mais pessoas aos seguros e 2) aumento da confiança sobre os contratos de longo prazo, dentre outros fatores.

No final dos anos 2010 tivemos também um ambiente econômico internacional favorável, e nosso Produto Interno Bruto (PIB) chegou a alcançar  7,5%. A variação média do PIB foi de 4,1%, mas a variação média real de crescimento do mercado de seguros foi de 7,1% neste período. Mesmo com a redução do PIB para 2,3% após esta fase, o setor apresentou crescimento de 8,3%. De 2010 a 2015 a arrecadação cresceu de 40,3  para 68,7 bilhões de reais em seguros gerais. Neste período cresceu também a participação do setor financeiro estatal.

De 2001 para 2015 o valor dos prêmios gerados por seguros cresceu de R$ 24 bilhões para R$184 bilhões, um aumento de 662%. Neste período, a participação no PIB destes valores cresceu também, indo de 1,84% para 3,12%. Este crescimento foi crucial, porque o seguro oferece estabilidade e suporte para diversos eventos na economia do país. Por exemplo, estabiliza a situação financeira de um indivíduo até uma empresa inteira, através do pagamento de indenizações. Também garante a transferência de riscos de uma empresa para a instituição seguradora, permitindo que a primeira concentre investimentos e esforços em seus projetos.

Neste mesmo período o mercado de previdência complementar aberta também cresceu, de R$ 7,5 bilhões para R$ 12,8 bilhões. A estabilidade econômica permitiu ao brasileiro pensar mais sobre e planejar melhor seu futuro.

A Fenacor tem papel essencial nesta história, junto com a IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e a Susep (Superintendência de Seguros Privados), estiveram sempre atentas às transformações, e sempre vigorosamente atuantes. Ainda em 1993, Roberto Barbosa, então presidente do Clube de Corretores de Seguros, conseguiu o apoio de parlamentares simpáticos a causa das seguradoras e corretores, derrubar uma série de propostas que comprometiam a corretagem de seguros no Brasil. São muitos os exemplos de esforço e engajamento destas instituições, sempre interessados no bem estar de seus membros, corretores e, principalmente, daqueles que depositaram sua confiança neles: os segurados.

Estes dados são extremamente significativos. Mostram a força que o mercado de seguros é capaz de gerar e o valor e a confiança que a população e o governo brasileiro aprenderam a dar para o planejamento de longo prazo.

 A missão de oferecer segurança continua. Nossa sociedade passou por grandes transformações, e o futuro não será diferente. É preciso avaliar e refletir sobre as oportunidades à nossa frente.

Certamente as corretoras online são tema de relevante discussão entre todas as partes envolvidas. Para os que planejam um seguro, como saber se as ferramentas disponíveis são eficientes? Estas corretoras são realmente capazes de entender nossa realidade? E para as instituições corretoras e corretores, como vamos lidar com esta inovação? Ela veio para substituir ou para acrescentar? A Fenacor entende que este instrumento já se estabeleceu, e podemos achar um caminho em comum para que as novas ferramentas disponíveis sejam usadas sempre para o bem-estar do segurado.

A capilaridade é um conceito que também ganhou importância. Corretores e instituições seguradoras estão atentas para a grande variedade de necessidades que não eram vistas ou que surgiram e buscam segurança. É preciso conhecer, entender e acompanhar estas novas necessidades, e estar presente para oferecer o seguro apropriado.

Vale citar também o conceito de insurtech no avanço no mercado de seguros. Palavra formada pela fusão de insurance (seguro) + technology(tecnologia), representa a proposta de utilizar as ferramentas mais modernas para entender cada vez melhor as necessidades das pessoas, investindo para que o seguro seja cada vez mais eficiente e, sempre importante, mais acessível.

Mesmo com tantas novas ferramentas, nunca é demais reforçar o papel determinante do corretor de seguros. Pedro Pereira de Freitas, CEO da seguradora American Life, diz sobre o assunto: “(…) é importante lembrar o papel do corretor habilitado pela Susep. Neste sentido, a Fenacor continua investindo na formação e aprimoramento de profissionais capazes de entender as demandas de cada um de nós. O avanço tecnológico não deve ser visto como um substituto, mas um aliado do corretor para avaliar com cada vez mais eficiência opções adequadas para dar segurança aos nossos projetos e sonhos.

Certamente uma das frases que descreve bem nossa existência é “a vida é feita de escolhas”. As escolhas são incontáveis e, com isso, grandes são os desafios que todos nós encontraremos. A história e as perspectivas para o futuro do mercado de seguros reforçam que a segurança foi, é, e será cada vez  mais um investimento vital.

Jordano de Brito Moreira da Silva é pesquisador da UFRJ

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