Ultima atualização 02 de outubro

CQCS ITC Experience abre evento de tecnologia em seguros

InsureTech Connect deve reunir mais de 7 mil pessoas, em Las Vegas. Delegação brasileira do CQCS Experience conta com 70 participantes, mas há outros brasileiros que participam do evento por conta própria

CQCS ITC Experience 2018 – Começou, em Las Vegas, a pré-conferência para os brasileiros que visitam a InsureTech Connect 2018. Gustavo Doria, CEO do CQCS, abriu a tarde de palestras mostrando a importância de interagir com os participantes internacionais para a troca de experiências. Ele ressaltou que o Brasil é o “ponta de lança” do seguro na América Latina e, por isso, a presença dos congressistas brasileiros é tão valorizada. “Temos que deixar um legado para as próximas gerações e este é o momento de construir um novo mercado de seguros”.

O sócio da Oliver Wyman, Robert Rudy, mostrou um panorama do que é o evento. Ele lembrou que as barreiras para a entrada de novas empresas no setor são bem menores agora, como a possibilidade de criar uma companhia na nuvem. É claro que, no caso das seguradoras, isso depende da permissão do regulador, mas as empresas de prestação de serviços para o setor nascem com mais rapidez.

Neste universo de tecnologia em seguros, há empresas de seguros, resseguros, empresas de venture capital e prestadoras de serviços. A atuação destas companhias depende do setor em que ela atua, seja em seguros de propriedade, riscos financeiros ou vida.

Na cadeia de valores dos riscos de propriedade estão os clientes, distribuidores, subscritores e reguladores de sinistros. “Existe a possibilidade de fazer negócios em qualquer elo desta cadeia”, avaliou Rudy. Para os produtos de vida e pensões, as novas ideias devem ser baseadas na experiência do cliente para a distribuição, produtos, análise de dados, subscrição e serviços.

Rudy destacou que a disrupção de qualquer setor é guiada pelos hábitos dos novos consumidores e suas demandas. O desafio é adaptar a experiência do cliente e entendê-la, para criar novos produtos e serviços capazes de mudar o mercado. “O cliente deseja transparência, segurança, simplicidade e preços justos, de acordo com seu uso. Os novos produtos devem ser mais diretos”, definiu. Para isso, os produtos devem ser digitais de ponta a ponta, com baixo custo e controle de performance e de sinistros. “A excelência operacional muda o percepção e a experiência do cliente”, apontou Rudy.

Riscos Cibernéticos

Nir Perry, CEO da Cyberwrite, mostrou na pré-conferência como as pequenas e médias empresas estão expostas a riscos. No Brasil, há 9 milhões de empresas sujeitas a um ciberataque e quase a totalidade delas não consegue proteger seus dados ou as informações de seus clientes.

Os problemas que as seguradoras enfrentam com os seguros de ciber é que as empresas não sabem como vender. A subscrição é difícil porque é baseada em dados inconsistentes e os riscos agregados encontram barreiras regulatórias.

A Cyberwrite cobre justamente esta lacuna de levantar informações mais consistentes para que a subscrição do risco seja possível. Assim, ela é capaz de desenhar apólices específicas para cada tipo de negócio.

O fundador do evento

Caribou Honig veio conversar com os brasileiros sobre o que esperar do evento. Ele mostrou que o ecossistema das Insuretechs depende de investimento, seja das seguradoras ou de venture capital.

Outro ponto destacado por ele é que a tecnologia deve ser exposta e de uso aberto para as pessoas utilizarem. Cada um deve fazer aquilo que sabe e conhece. Porém é preciso ter sabedoria para deixar para outros os serviços que não fazem parte do seu core business,mas que podem melhorar a experiência do consumidor.

“É importante para uma sociedade que não tem mais tempo a perder que as empresas de seguros encontrem prestadores que possam fornecer serviços que colaborem para melhorar o produto entregue para o consumidor”, ressaltou Honig.

Outro exemplo citado por Honig é que um pequeno corretor não tem escala para fazer mais vendas. Ele acredita que é preciso estar posicionado para seguir plataformas de negócio que sejam mais eficientes na busca de novos clientes. Corretores serão mais eficientes por conta de plataformas tecnológicas desenvolvidas especificamente para ele”.

Com a tecnologia, o corretor será muito mais produtivo, principalmente na medida em que ela vai se aprimorando. Quanto mais pessoas utilizarem, talvez sejam necessários menos corretores. Os primeiros entrantes serão os mais lucrativos e mais eficientes,  e aqueles que oferecerão melhores serviços”, sentenciou Honig.

Seguro é um produto positivo. As pessoas não querem pensar sobre isso, mas não é uma conversa fácil. Entretanto, é importante, porque coisas ruins acontecem.

Falar com a nova geração é mostrar que seguro é uma coisa boa. Do ponto de vista da comunicação, é preciso entender que o ser humano não age apenas com a racionalidade. Quando há um risco envolvido, as pessoas sentem-se mais pressionadas. É preciso entender as razões irracionais que podem estimular as vendas do seguro.

Ingo Weber, CEO do Digital Insurance Group, na última palestra do dia, reafirmou que o Brasil é tão interessante para o mundo do seguro porque a penetração dos produtos ainda é muito baixa. Os desafios são similares ao de outros mercados emergentes, com a resistência dos players em adotar novas tecnologias.

O mais importante é que a tecnologia pode mudar a percepção do consumidor, através da sua experiência com o mercado de seguros, saindo do foco do preço e passando para a resolução de um problema.

Kelly Lubiato, de Las Vegas/EUA
Revista Apólice

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