Ultima atualização 30 de outubro

Corretagem: são tempos de inovar

50 anos de inovação não foram suficientes e transformação digital é hoje sinônimo de sobrevivência no mercado de seguros

FENACOR 50 ANOS: Os últimos 50 anos representaram o fortalecimento e o início de uma Era revolucionária e de inovação para o ramo de seguros, que aboliu o antigo sistema “porta a porta” que os corretores costumavam utilizar e trouxe para o mercado simuladores e vendas online, entre outras diversas novidades.
A popularização da World Wide Web facilitou os negócios de maneira
significativa, trazendo para o mercado sites e caixas de e-mail, que
possibilitaram o envio de informações e documentos pela web, reduzindo
práticas pouco sustentáveis. Com esses recursos em mãos, foi fácil para a
indústria da tecnologia se atualizar e, com o tempo, corretores viram-se
obrigados a ocupar o espaço digital, aos poucos assumindo forma em redes
sociais e atrelando antigos métodos de divulgação a posts e páginas.
O que nos traz até a atualidade, onde o uso de multi plataformas
possibilita que tudo se encontre a alguns cliques de distância, a hora e onde
você quiser. Talvez por isso, essa facilidade em adquirir o que quer que seja, é
que a forma de consumir da população mudou. Hoje, além do serviço ou
produto em si, faz parte da expectativa dos clientes em relação às empresas
desejar viver uma experiência completa com elas.
É um consenso, quem quer vender precisa se fazer presente e, por isso,
percebe-se um notável crescimento no investimento em marketing digital e
demais ferramentas de comunicação pelas marcas. Entre elas, ainda
presentes, e-mail e sms, paralelas à chats online, chat bots, FAQs e painéis de
atendimento. “Hoje o novo consumidor, conectado 24 horas, exige uma postura
mais multi canalizada, obrigando, por exemplo, a integração de redes sociais
colaborativas nos modelos de negócios das seguradoras”, explica Daniel
Domeneghetti, CEO da DOM Strategy Partners.
Tudo fez parte de um processo gradual e vantajoso, que representou
economia de material; otimização de tempo dos corretores; mais segurança
nos processos de armazenagem e preenchimento de documentos; e também
autonomia dos clientes. Este último ponto, no entanto, impactou diretamente o corretor de seguros, que perdeu seu posto quando viu seu trabalho
automatizado em uma plataforma de vendas online, que dispensa a
consultoria. Os ramos mais afetados, nesse caso, foram os de seguro viagem,
equipamentos portáteis (celular, notebook, entre outros) e o de automóveis.
A presença de um consultor, porém, ainda traz mais confiança para
possíveis contratantes e, por isso, ele não deve ser excluído dos processos.
Pelo contrário, as perspectivas futuras mostram a necessidade desse
profissional, que deve se capacitar cada vez mais em técnicas de gestão de
relacionamento e inteligência de negócios, além de estar preparado para
inovar. Para o vice-presidente Comercial da SulAmérica, André Lauzana, o
ambiente é desafiador “Precisamos investir em novas ideias e iniciativas, tendo
a tecnologia como aliada e o corretor como grande parceiro desta trajetória de
evolução” diz.
Daqui para frente, todas as demais expectativas voltam-se para o
mercado tecnológico, onde algumas ferramentas já deixaram de ser de uso
exclusivo de especialistas, como as nuvens para o armazenamento de dados e
aplicativos que acompanham a rotina de seus utilizadores. “O número de
aplicativos ofertados pelo setor aos clientes multiplicou […] E isso tem trazido
ao mercado consumidores que ainda não compravam seguros, e
consequentemente, uma nova dinâmica no uso de tecnologias que auxiliam
neste processo de intensas mudanças necessárias para ser digital”, comentou
Gustavo de Souza Fosse, diretor de Tecnologia e Automação Bancária da
Febraban.
Dentro desse universo, a portabilidade é o assunto da vez, mas a IOT
(Internet das Coisas) é que será “a menina dos olhos” dos desenvolvedores, já
que as previsões são de que até 2020, 20,8 bilhões de dispositivos estejam
conectados à internet, segundo a desenvolvedora Gartner. “Está na hora de,
junto com a tecnologia digital, quebrar paradigmas e evoluir. Não vai adiantar
ter novidades se estivermos presos a modelos antigos.”, afirmou Boris Ber,
presidente do Sincor-SP (sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de
São Paulo), durante o seminário Seguros, Previdência e Inovação, promovido
pelo jornal Folha.
Outras tendências para as próximas cinco décadas no ramo, segundo
estudos da Capgemini no Brasil, abordam a inteligência artificial, a análise de
dados, simulações de realidade virtual, blockchain e novos modelos de
distribuição, canais de comunicação e produtos da economia compartilhada.
Mesmo com tantas vantagens para o meio, o mesmo levantamento de dados
traz a informação de que 33% das seguradoras ainda se mantém
conservadoras quanto às inovações.
É evidente o crescimento do mercado de seguros quando atrelado ao
desenvolvimento da tecnologia, que melhora a experiência do usuário, atrai
novos consumidores, cria vantagens competitivas e ainda estimula serviços
cada vez mais inovadores. Foram cinquenta anos de criações antes nunca
imaginadas, o que será dos próximos?

Larissa Araújo
Lorenna Kogawa

Artigo de Lorenna Kogawa e Larissa Araújo

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