Insurtech e Inovação – O superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, disse em sua palestra no CQCS Insurtech e Inovação que a Superintendência já tem uma agenda junto às comissões de inovação para trabalhar de forma atenta aos avanços da tecnologia do setor de seguros. Esta área será como outras já trabalhadas, como o mercado marginal, capitalização, resseguros, entre outros.
“A Susep está fazendo a sua parte dentro de suas estruturas. O grande desafio é buscar o ponto de equilíbrio, porque não se pode comparar um produto de seguros com outros produtos. Nós vendemos confiança e proteção e, por isso, os cuidados devem ser maiores”.
Ele disse que o setor de tecnologia em seguros não poderá agir como um Uber, que chega, atua e depois é regulado. Segundo o superintendente, a Susep está adiantada em termos de inovação. “Precisamos de calma, porque tratamos de um mercado regulado e que lida com a vida dos segurados”.
O mercado deve ser disruptivo, mas isso não acontece de forma abrupta, nem o tempo todo. “E o mais importante”, destacou Mendanha, “é que as pessoas compram promessas, por isso as reservas das empresas precisam ser garantidas, com custos melhores para os produtos e maior transparência no relacionamento”.
Ele lembrou que, em um país de dimensões continentais, 86% da distribuição está nas mãos dos corretores de seguros, que fazem um bom trabalho e que precisam incorporar a inovação para ampliar seu acesso aos clientes. “Mas quem vai decidir o canal pelo qual comprar será o consumidor”, pontuou.