Ultima atualização 09 de agosto

Previdência privada deve estar na pauta dos brasileiros

Até 2050, a população brasileira deverá ser a sexta mais idosa do planeta. Atualmente, apenas 11% declaram fazer economia para o futuro

Dados do IBGE, divulgados no dia 25 de julho, revelam que, a partir de 2039, o Brasil terá, em média, mais pessoas idosas (com 65 anos ou mais) do que crianças até 14 anos. Além disso, estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, até 2050, a população brasileira deverá ser a sexta mais idosa do planeta. O lado mais preocupante desses números vem de um levantamento recém-concluído pelo Banco Mundial: os brasileiros não estão se preparando para a velhice. Apenas 11% declaram fazer economia para o futuro – a média global é de 21%.

O vice-presidente Comercial da Touareg Seguros, Luiz Villar, explica que a previdência privada é uma excelente opção para quem deseja planejar seu futuro e que quanto mais cedo for feita a aplicação, melhor. Mas, qual a idade ideal para começar este investimento? “Se possível, agora. Para quem está ingressando no mercado de trabalho, uma boa dica é investir parte do seu salário num plano de previdência. Com isso, a pessoa terá mais chances de conseguir manter, no futuro, um padrão de vida semelhante ou melhor que o atual”, diz.

As principais vantagens da previdência privada são: melhor rentabilidade, liquidez, menor alíquota dos produtos de investimentos tributáveis, sucessão direta em caso de falecimento e incentivo fiscal do PGBL para quem precisar. “Além disso, ensina a pessoa a ter disciplina para guardar dinheiro. Afinal, mensalmente existe um boleto que deverá ser pago ou um débito que cairá na conta”, afirma Villar. “Os melhores planos são os que apresentam consistência na rentabilidade e que não cobram taxa de carregamento, nem na entrada e nem na saída. Fundos que rendem abaixo do CDI não são bons”, ensina.

De acordo com o executivo, a maioria dos contratos gira em torno de R$ 100 a R$ 200. Mas, para aqueles que desejam ter uma renda média de R$ 5 mil, esse valor mensal já sobe para cerca de R$ 400. Entre as pessoas de alta renda, que já têm mais consciência da necessidade de poupar, grande parte contribui com, pelo menos, R$ 1.000 para ter um salário a partir de R$ 10 mil. Para ter uma ideia melhor, veja dois exemplos. No primeiro caso, uma pessoa com 20 anos faz contribuições mensais de R$ 100 até os 65 anos, a uma rentabilidade de 7% ao ano, terá uma reserva projetada de R$ 355.766,38. No outro exemplo, com o mesmo índice de rentabilidade, uma pessoa de 30 anos, que opta por fazer contribuições mensais de R$ 1.000 até os 65 anos, contará com um saldo da reserva de R$ 1.721.090,21.

Nunca é tarde

Existe uma idade limite para começar um plano de previdência? A resposta é não. Nunca é tarde para pensar em ter uma qualidade de vida melhor no futuro. Mas, para isso será necessário fazer contribuições maiores para garantir a mesma renda no futuro.

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) são os mais procurados pelas pessoas, entre as opções oferecidas pelas seguradoras bancárias e independentes. A diferença entre eles acontece durante as contribuições e também no resgate. No primeiro cenário, o PGBL permite o diferimento fiscal de até 12% da renda bruta tributável anual do poupador e o VGBL, não. Isto é, se o investidor ganha R$ 100.000 por ano de salário, ele pode deduzir, assim como na saúde e na educação (nos seus devidos limites permitidos), até R$ 12.000, desde que contribua com este valor, durante o ano fiscal, em previdência do tipo PGBL. “É uma excelente alternativa para quem paga muito imposto, pois o contribuinte consegue poupar para aposentadoria e ainda pagar menos Imposto de Renda (IR). Já no momento do resgate (total, parcial ou através de renda), o investidor de PGBL pagará imposto de renda sobre 100% da reserva retirada, enquanto aquele que aplica no VGBL e que não teve o benefício do diferimento fiscal durante o prazo de contribuição, pagará apenas sobre os rendimentos, ficando livre de tributação sobre as contribuições que fez”, explica Villar.

Apesar das taxas administrativas e do imposto de renda, muitos fundos de previdência tem rendimento superior ao da poupança e vantagens em relação a outras aplicações financeiras. Uma delas é a portabilidade, ou seja, é possível transferir o dinheiro para outros fundos, sem a necessidade de resgatar o dinheiro, melhorando a rentabilidade e acumulando mais reserva. A aplicação também permite que, em caso de falecimento do proprietário do plano, o valor acumulado seja repassado para a pessoa indicada no contrato, sem a necessidade de passar por inventário.

M.S.
Revista Apólice

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