Ultima atualização 02 de agosto

Flexibilidade é fundamental para as insurtechs

No CQCS Insurtech & Inovação,executivos falaram sobre os desafios, as dificuldades e os aprendizados que passaram ao montar uma insurtech
Marcelo Blay
Marcelo Blay

Insurtech e Inovação – Marcelo Blay, fundador e CEO da Minuto Seguros; André Gregori, CEO da Thinkseg; e Henrique Volpi, CEO e co-fundador da Kakau, falaram sobre os desafios, as dificuldades e os aprendizados que passaram ao montar uma insurtech.

Entre os principais pontos, Blay afirmou que é necessário “pensar grande”, mas também é preciso gerar receita rapidamente, já que muitas empresas “quebram por falta de caixa”. Segundo ele, montar uma empresa do zero é uma “montanha russa de emoções”, dizendo que é necessário se preparar para grandes decepções durante o caminho.

Falando especificamente das insurtechs, o executivo comentou que o ideal é trabalhar conjuntamente com as seguradoras. Além disso, o conhecimento do negócio que se está inserido é fundamental. “Muita gente não sobreviveu neste mercado porque entende muito de tecnologia, mas muito pouco de seguros”, disse o CEO.

Falando especificamente sobre a Minuto Seguros, ele explicou que a empresa conseguiu atrair clientes que ainda não tinham seguros, e um dos principais quesitos foi o suporte telefônico dado aos consumidores. “Há um trabalho educativo para explicar toda a terminologia”, afirmou. “Tentamos traduzir do ‘segurês’ para o português”, o que acaba dando mais confiança para o cliente.

Já o CEO da Thinkseg, André Gregori, disse que, para começar um novo negócio, é essencial ter vontade e coragem. “Se não tiver vontade, não tiver sonho, não tiver brilho nos olhos, não adianta”, disse. Outro ponto importante ao montar uma startup é a flexibilidade, já que o mercado muda rapidamente. “Já mudamos diversas vezes o nosso modelo”, disse Gregori. “A graça é errar e mudar rápido”. Além disso, Gregori também pontuou que uma característica importante ao começar uma empresa é ter humildade. “Não existem verdades absolutas”.

“Quem aqui já ficou em frente a uma seguradora, esperando o lançamento de um novo produto?”, questionou Henrique Volpi, co-fundador da Kakau, citando o caso de empresas como a Apple. Para ele, o objetivo é trazer essa relação de admiração do cliente com a empresa para o ramo de seguros.

“Estamos humildemente tentando, porque não há receita pronta”, afirmou Volpi, lembrando também que, quando foi apresentar a Kakau para a Susep, ficou com tanto medo que levou um advogado. “Pensei que ia parar em Bangu 1 ou Bangu 2”, disse. No fim das contas, Volpi conta que foi bem recebido e até elogiado na autarquia, já que foi uma das primeiras empresas, dessa nova geração de insurtechs, que foram procurar o órgão público antes de lançar o produto.

O executivo também disse que esteve na Inglaterra recentemente e que as tecnologias brasileiras são elogiadas fora do país. Ele acredita que é possível empreender com tecnologia no Brasil, e que existem muitas oportunidades para os corretores. “Vocês [corretores] são os que mais conhecem o mercado, e são muito mais leves e ágeis do que as empresas grandes”, afirmou, dizendo que os profissionais podem ter acesso a tecnologias até superiores àquelas que são utilizadas pelas grandes companhias.

M.S.
Revista Apólice

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