Ultima atualização 01 de agosto

Empresas estabelecidas precisam do apetite de risco das insurtechs

Caribou Honig, executivo que lançou o Insurtech Connect, diz que não basta apenas rever as possibilidades, mas é preciso pensar em um novo modelo para tudo
Caribou Honig
Caribou Honig

Insurtech e Inovação – Vindo do mercado de bancos, Caribou Honig, fundador e CEO do Insurtech Connect, começou a ver a transformação digital no setor de seguros como sua nova carreira. Para ele, o segmento passa por um momento de reconstrução das tecnologias e é preciso enxergar as insurtechs como parceiras, e não inimigas.

“Estas empresas serão úteis para o resto do setor, mas temos que ficar de olhos abertos. Eu sei que entre os CEOs das companhias o talento e a cultura são componentes essenciais. Mas, não sei se estes temas são abordados especificamente no ambiente das insurtechs”, destacou.

Honig afirmou que, se pudesse dar uma dica para um segurador ou ressegurador sobre uma tecnologia útil para os próximos cinco anos, seria a seguinte: preste atenção em Inteligência Artificial (IA), API’s, Blockchain, Cloud e smartphone. Ele fez uma pesquisa informal no auditório que resultou em empate técnico entre smartphone e IA como mais importantes.

“A Inteligência Artificial não resolve tudo, apesar de já ter melhorado muito em alguns tipos de dados. Em tradução, por exemplo, o Google Translator já fala como uma criança de 6 anos”, brincou.

Ele citou dois exemplos de aplicativos que utilizam inteligência Artificial. A Lapetus usa uma selfie com dados não estruturados e os transforma em dados estruturados capazes de ser utilizados para análise de aceitação de proposta pelo mercado de seguros. O Carpe Data usa informações de sinistro para buscar nas redes sociais informações complementares dos segurados. É um Big Brother.

Honig agora tenta catalogar todos os API’s sobre seguros no mundo. “É um trabalho que está começando, mas que estou obcecado por isso”.

“Existe uma coisa a favor das startups: elas têm cultura do risco, tem pensamento digital e não estão engessadas como a indústria tradicional”, ressaltou. Para inovar, é preciso saber que tudo é possível.

O que faz das insurtechs empresas de tecnologias? É a forma como estas empresas resolvem os seus problemas, sempre com a intervenção de engenheiros de softwares. É uma cultura diferente.

A grande tese é que o papel das insurtechs será decidir quem vence nesta grande batalha entre a indústria tradicional e os titãs da tecnologia. “O resultado será saber em que grupo estarão os estabelecidos, se eles saberão como fazer parceria e incorporar de alguma forma o que estão fazendo as milhares de insurtechs que surgem agora”, apontou Honig.

A frase de efeito que ele deixou foi a seguinte: “Temos que repensar não apenas as possibilidades, mas o que é novo normal”.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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