Ultima atualização 23 de julho

Programa ajuda pacientes após tratamento de um câncer

Iniciativa do Hospital Albert Einstein permite que pacientes que se tratam em outros hospitais possam se inscrever no programa

O objetivo do programa Survivorship é apoiar o paciente oncológico na retomada de seu dia a dia depois do tratamento da doença. A iniciativa parte do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e acaba de ser lançada no Brasil. É o primeiro serviço do gênero na América Latina. “Ajudamos a pessoa na busca de um estilo de vida com menos risco de recidiva e mais próximo do que tinha antes do câncer”, explica Fabio Romano, terapeuta corporal e coach de saúde da Clínica de Terapias de Suporte do Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan – Daycoval.

O Survivorship é inspirado em programas americanos semelhantes como os do MD Anderson Cancer Center (Houston/Texas), parceiro do Hospital Paulistano, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova York), primeiro centro médico do mundo a implantar esse tipo de acompanhamento. “Quando o paciente passa por uma experiência de quase morte, um estigma presente mesmo nos casos menos graves, ele passa a refletir sobre a vida”, diz Romano. Nesse período muitas vezes marcado por angústia, o serviço auxilia essa pessoa a encontrar o que é mais importante para ela.

O Survivorship é realizado em paralelo às visitas ao oncologista depois do término do período terapêutico, diferentemente do que ocorre em outros países, onde esse tipo de programa começa a ser aplicado aos pacientes apenas cinco anos após a alta, período em que acontece a maioria das recidivas. A recomendação do Einstein é que o paciente procure o serviço de seis meses depois do término do tratamento do câncer. Antes disso, as pessoas costumam estar ainda muito focadas na doença e não na saúde e no autocuidado. Mas nada impede que o façam antes desse período, se assim julgarem adequado, ou até anos depois.

Há cinco encontros, sendo que o primeiro e o último são realizados com toda a equipe do serviço, que é formada pelo terapeuta corporal e coach de saúde, uma médica da medicina integrativa, uma nutricionista, uma psicóloga e uma enfermeira navegadora. Ou seja, o olhar é global. As demais sessões são conduzidas pelo coach de saúde.

Nas reuniões com o coach, a pessoa identifica as áreas de sua rotina que quer trabalha e por qual quer começar. Ela também aprende técnicas integrativas que contribuem para o controle do estresse. No último encontro com toda a equipe, o paciente recebe um feedback e um plano de autocuidado, além de ser direcionado para os profissionais que podem ajudá-lo – do próprio Survivorship ou de outros serviços de Terapias de Suporte, como o de um dentista ou de um educador físico. O programa não é restrito aos pacientes do Einstein. Indivíduos que se trataram em outros hospitais também podem se inscrever no programa.

M.S.
Revista Apólice

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