Ultima atualização 25 de junho

Saiba quais são os custos de internações hospitalares

Planos médico-hospitalares asseguram 47,3 milhões de pessoas, sendo que cerca de 4,8 milhões delas pertencem as operadoras com modalidade de autogestão

No Brasil, os planos médico-hospitalares asseguram um total de 47,3 milhões de beneficiários, sendo que cerca de 4,8 milhões deles pertencem as operadoras com modalidade de autogestão. O objetivo do estudo é analisar as despesas com internação segundo o porte hospitalar. A análise também possibilita verificar se um mesmo código de internação (CID) apresenta diferentes despesas para a operadora em análise segundo porte hospitalar.

Segundo Ramos (2015), os hospitais de pequeno porte, ainda que estratégicos para a descentralização do serviço de saúde, tem se mostrados pouco eficientes, pois muitas operam na parte decrescente da
curva de custo médio.

No Brasil, segundo Cunha e Bahia (2014), a quantidade de hospitais de pequeno porte supera os números de grande e médio porte. Segundo os autores, este fato ocorre devido a municípios pequenos não apresentarem escala para médios e grandes hospitais e, portanto, alocam hospitais de pequeno porte.

No entanto, hospitais de pequeno porte podem apresentar índices elevados de ociosidade e a receita obtida é menor do que o captado pelos hospitais de médio e grande porte. A referência bibliográfica internacional, segundo os autores Cunha e Bahia (2014), sobre porte de hospitais relata que para um hospital ter economia de escala é necessário ter entre 200 a 400 leitos. Também é relatado nos estudos que algumas cirurgias (como as cardíacas) possuem maior qualidade e eficiência em hospitais que realizam acima de 600 operações anuais.

Atualmente, os hospitais brasileiros são a principal porta de entrada para o sistema de saúde, tanto na esfera pública como privada, devido principalmente ao serviço de pronto-socorro. O Brasil depende grandemente de hospitais: eles respondem por 70% dos atendimentos de emergência, 27% do atendimento ambulatorial e por quase todas as internações (La Forgia, 2009). Além disso, os hospitais empregam 91% dos profissionais em relação ao total de empregos vinculados aos prestadores de serviços de saúde e as internações hospitalares representaram 44,4% do total de despesas
assistenciais dos planos de saúde de assistência médico-hospitalar.

Dentro deste cenário apresentado, o estudo analisa o dispêndio assistencial de apenas uma operadora de autogestão do Estado de São Paulo por porte de hospital privado. Os dados utilizados das operadoras de autogestão não são representativos do agregado do mercado da Saúde Suplementar, já que este segmento apresenta características distintas das demais e possui outras limitações que serão expostas nos capítulos seguintes. Entretanto, esta análise serve como um estudo de caso que pode
ajudar a identificar e compreender o cenário da saúde suplementar. No período de 2015, esta autogestão tinha 383 hospitais privados no Brasil que prestaram serviços de saúde aos seus beneficiários. Esses hospitais estão distribuídos em 180 municípios brasileiros, sendo que 98,8% estão localizados no Estado de São Paulo.

Com base nos dados do Ministério da Saúde (CNES), dos 383 hospitais dessa autogestão, este estudo conseguiu classificar o porte hospitalar de 278 hospitais (ou 72,6%). Foram considerados hospitais de pequeno porte aqueles que detém até 50 leitos, os de médio porte de 51 a 150 leitos e os de grande porte de 151 a 500 leitos (Cunha e Bahia, 2014). Na tabela 1, verifica-se que do total de hospitais desta autogestão, 53,2% são de médio porte, 28,1% de pequeno porte, e 18,7% de
grande porte.

Na Tabela 2 são demonstradas as despesas da operadora analisada com a quantidade de internações,
por gasto médio por internação, em 2015, segundo porte hospitalar. Os hospitais de grande porte são os que apresentaram maior número de internações e um maior gasto médio por internação sendo 5.013 e R$30.729, respectivamente. Seguido dos hospitais de médio (4.284 e R$24.406) e pequeno porte (1.158 e R$ 11.641). Estas disparidades de valores entre os gastos médios podem estar associadas ao tipo de doença e perfil do paciente, além do tempo médio de internação (Tabela 2).

Veja o estudo completo no link.

M.S.
Revista Apólice

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