O mercado de seguros discutirá, no dia 27 de junho, o tema Internet das Coisas (IoT) no Seguro. Promovido pela Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS) e pela Escola Nacional de Seguros (ENS), o evento reunirá especialistas para analisar a transformação digital do seguro por meio de novas tecnologias que conectam objetos à internet (carros, casas, eletrodomésticos etc.), possibilitando novas abordagens na tarifação técnica, produtos cada vez mais personalizados, menor tempo de liquidação de sinistros, menos fraude e, ainda, novas experiências de consumo para clientes.
O conceito IoT diz respeito a toda infraestrutura tecnológica que tenha acesso à internet, possibilitando conectar objetos a outros equipamentos com acesso à rede. No caso, por exemplo, e automóveis, as tecnologias de IoT permitem precificar o seguro com base no comportamento dos motoristas. Em residências e edifícios, permite o monitoramento por câmeras com recursos de vídeo analíticos, reconhecimento facial, além da prevenção e combate a incêndio com dispositivos e softwares mais inteligentes e precisos.
Um dos palestrantes, o atuário Reinaldo Marques, que é diretor do Laboratório de Risco Atuarial e Inovação (LAR) e Risk Data Advisory na insurtech dataDrivr, abordará o tema IoT do ponto de vista dos insights e oportunidades para a precificação atuarial, além da oferta de novos modelos de negócios. “A Internet das Coisas está impactar o mercado de seguros, trazendo novas abordagens na tarifação técnica de seguros, bonification e permitindo o desenvolvimento de modelos inéditos de negócios na era da conectividade”, diz.
A IoT já é considerada a mais promissora plataforma de tecnologia do mundo e deve movimentar US$ 19 trilhões até a próxima década, segundo previsões da Cisco, líder mundial em TI e redes. A expectativa é de que até 2020 cerca de 25 trilhões de equipamentos estejam integrados a sistemas inteligentes em todo o mundo. Para Gustavo Müller, diretor de TI da CEABS, o carro do futur o está mais próximo do que se imagina. No evento, ele analisará como a Internet das Coisas e o carro conectado estão mudando o mercado de seguros.
Segundo Müller, muitas montadoras estimam que até 2020 já terão veículos com autonomia nível 4. Ou seja, veículos que dirigirão sozinhos, com mínimas restrições de ambiente de funcionamento. “As seguradoras também podem tirar proveito dessa tecnologia, que proporciona redução de sinistralidade e de custos. Ao diferenciar bons dos maus condutores, as seguradoras podem oferecer produtos e serviços mais personalizados, além de ampliar consideravelmente a base de clientes com nichos antes não atingidos por seguros tradicionais”, diz.
O evento contará, ainda, com a participação de Gerson Rolim, diretor da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), de Ricardo Chrisostimo, coordenador do Prêmio de Inovação em Seguros da CNseg, e de Richard Hessler Furck, corretor de seguros e empresário, sócio fundador da H&H Corretora de Seguros.
Serviço
Evento “IoT (Internet das Coisas) no Seguro”
Série “Tecnologias Disruptivas e seus impactos no seguro”
Data: 27 de junho (quarta-feira), das 9 horas às 12 horas
Local: Auditório da Escola Nacional de Seguros (Rua Augusta, 1.600, Consolação, São Paulo
Entrada gratuita. Vagas limitadas. Inscrições no site da ENS
