O momento de indicar o seguro como um item imprescindível para o cliente talvez seja um dos mais críticos durante as negociações da viagem. Para conscientizá-lo dessa importância, o agente ou corretor deve estar bem preparado e ter informações sobre os seus benefícios. O primeiro passo é conhecer a fundo o produto e entender o perfil do seu cliente e as suas expectativas.
Desde 2016, esse tipo de produto recebeu novas regulamentações pela Susep. Obrigatoriamente, esse tipo de seguro precisa oferecer coberturas para despesas médicas, hospitalares e odontológicas, além de garantia de regresso, repatriação sanitária e funerária. Já os demais serviços vão de acordo com os valores principais.
Os seguros viagem se dividem entre as coberturas nacional e internacional. O primeiro é voltado aos viajantes que querem se aventurar pelas terras tupiniquins e, mesmo assim, estarem protegidos. É comum que as viagens domésticas tenham coberturas menores, a partir de R$ 10 mil. Estas não oferecem todas as assistências e indenizações como as destinadas a viagens ao exterior, como convalescença em hotel, garantia de viagem de regresso e gastos por atraso ou cancelamento de voo. Já os seguros internacionais têm validade mundial, exceto no país de residência do viajante.
Produto assertivo
De acordo com Claudia Brito, diretora comercial da April Brasil Seguro Viagem, é preciso reconhecer as necessidades do cliente para poder indicar o produto adequado. “Passageiros com destino à Europa precisam apresentar um comprovante de seguro viagem que atenda às exigências do Tratado de Schengen. Outros lugares como Cuba, Emirados Árabes Unidos, Equador, Qatar e Turquia também exigem cobertura médica. Já para os viajantes com destino aos Estados Unidos, o seguro não é obrigatório. No entanto, em casos de necessidade de uma simples cirurgia, a conta pode ultrapassar facilmente os US$ 30 mil e, por isso, o ideal é contratar coberturas mais altas”, explica. A empresa, por exemplo, tem produtos com até US$ 1 milhão em cobertura para despesas médicas e hospitalares, além de seguros específicos para destinos como Europa, Estados Unidos e Angola.
Para turistas que viajam frequentemente, seja para lazer ou negócios, os produtos Multiviagens podem ser a solução. Essa opção tem validade de um ano e o passageiro pode permanecer por um período determinado em cada destino, sem precisar validar sua apólice a cada viagem. Na April, este tipo de produto oferece permanência máxima de 30 ou 60 dias. Também há seguros para viagens de longa permanência, de 30 dias a 18 meses ininterruptos. “Esses produtos oferecem uma melhor relação de custo-benefício aos viajantes frequentes. Há um desconto nas tarifas quando comparado à modalidade dia”, ressalta Brito.
Para quem faz intercâmbio
Especialmente elaborado para os estudantes de até 60 anos que desejam fazer curso de graduação, especialização ou até mesmo para quem quer aprender uma nova língua no exterior, os seguros viagem Intercâmbio exigem a comprovação da contratação do curso, pelo período de 7 dias até 18 meses.
Claudia ainda explica que é possível oferecer adicionais de assistência e coberturas. Há opções como aumento para despesas médicas preexistentes, adicional para esportes, bagagem extraviada, gestantes, cancelamento Plus Reason e extensão de hospedagem por cancelamento de voo. Além disso, os clientes podem contar com proteção para seus aparelhos eletrônicos com a cobertura para furto qualificado de equipamentos. “Com os adicionais, é possível personalizar o seguro para seus clientes. Assim, há uma segurança maior nos itens adequados para seu estilo de viagem”, finaliza a executiva.
