Ultima atualização 01 de março

Cibercrimes cometidos por hackers crescem 83% em três anos

Desde 2014, os incidentes de segurança da informação promovidos por Estados mais que dobraram, ataques feitos por grupos de terroristas subiram 24%

cibercrimes

O número de cibercrimes aumentou. Segundo um estudo do PricewaterhouseCoopers (PwC), desde 2014 os incidentes de segurança da informação promovidos por Estados mais que dobraram, enquanto aqueles cometidos por hackers cresceram 83%. Já os ataques feitos por grupos de terroristas subiram 24% nos últimos três anos.

No Brasil, em dezembro de 2017, uma das vítimas foi a Netshoes. A empresa teve sua base de dados invadida. Junto com a Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a companhia comunicou, nesta terça-feira (27/2), que os dois milhões de clientes que tiveram suas informações vazadas por uma quebra no sistema de segurança do site serão contatados via telefone.

Claudio Macedo
Claudio Macedo

De acordo com Claudio Macedo, criador da Clamapi Seguros Cibernéticos, as empresas, de forma geral, estão cada vez mais dependentes dos meios digitais. Por conta disso, vão precisar tomar medidas para evitar esse tipo de problema. “A nossa procura aumentou, as companhias estão se sensibilizando mais. Elas perceberam que esse tipo de seguro é uma necessidade. Com o crescimento das plataformas digitais, a preocupação não é se esses ataques vão ocorrer, mas quando. O prejuízo, no caso da Netshoes, deve ser enorme”, declarou.

Um outro levantamento da PwC, revelou que, no Brasil, em 2015, o número de ataques subiu 274% em um ano, enquanto no mundo o aumento foi de 38%. “Os ataques mais comuns são os que criptografam o sistema da empresa, liberando-o apenas com a autorização do hacker. Outros casos rotineiros são os de vazamentos de informações, em que os invasor rouba e usa os dados como bem entende. Normalmente essas informações são vendidas no mercado-negro”, ponderou Macedo.

Os produtos estão ficando mais variados segundo o executivo. Está havendo a entrada de modelos internacionais. Isso pode motivar a contratação dos planos pelas empresas. “São muitas apólices, cada vez mais saem produtos com particularidades. Estamos estudando parceiros internacionais e avaliando coberturas que ainda não chegaram ao Brasil. Estamos investindo também em resseguro facultativo, para conseguir abranger um maior espaço no mercado.Temos seis seguradoras operando os riscos cibernéticos. Até o final do ano, esperamos fechar com mais três ou quatro companhias. Cada uma entra com um perfil diferente, isso ramifica nossos produtos, que se adaptam às necessidades do mercado”, continuou.

Macedo afirma que a precificação das apólices não é feita apenas sobre o número de clientes que uma empresa tem em seu banco de dados. “O valor desse tipo de seguro é calculado, primordialmente, através da análise do sistema de segurança de informação de cada empresa. Só a partir daí, o valor do seguro parte para o tamanho da base de dados ou é calculado de acordo com o histórico do site da companhia”, completou.

No comunicado, a Netshoes reforçou que adota todas as medidas e melhorias práticas de segurança de informação. Também ressaltou que não negociou, nem nunca negociará, com criminosos. Afirma, ainda, que o incidente se trata de uma tentativa de extorsão e que, por isso, o caso está sendo investigado pela Polícia Federal. Se condenados, os responsáveis podem pegar de quatro a dez anos de reclusão.

Maike Silva
Revista Apólice

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