Ultima atualização 19 de setembro

Mercado de seguros busca reconhecimento do Governo Federal

A presença de ministros e outros representantes do Poder Executivo na abertura da 8a. Conseguro demonstra que o setor passa a ser visto como desonerador do Estado

A presença de membros do primeira escalão do Governo Federal, como o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, do Ministro das Cidades, Bruno Araújo e do secretário-executivo do Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, demonstrou que o mercado de seguros efetivamente passou a ser percebido pelo Governo Federal.

Os 1,2 mil participantes da 8a. Conferência Brasileira de Seguro ouviram o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Privados, Marcio Coriolano, mostrar que o setor já conta com ativos garantidores acima da casa de um trilhão e que movimenta mais R$ 460 bilhões. “Isso demonstra a resiliência do setor e a sua capacidade de crescimento mesmo durante a maior crise econômica brasileira”, comentou durante a abertura do evento, que acontece no Rio de Janeiro.

6FDD56C8-1AF8-479C-921D-4DF73AED1E57˜Devemos tomar partido da divisão de renda, com políticas que estimulem investimento e desenvolvimento de novos produtos”, relacionou Coriolano, acrescentando que o propósito do setor é se mostrar para a sociedade. Após um revisão, o crescimento do mercado de seguros em 2017 deve ficar entre 6% e 7,5%, revertendo a expectativa do começo do ano, que ficava entre 8% e 10%.

O Ministro das Cidades, Bruno Araújo, mostrou que, desde maio de 2016, quando assumiu a cadeira, um balanço nas contas do Ministério mostrava que os compromissos assinados com estados e municípios comprometiam mais de 70 anos do orçamento da pasta. “Imediatamente, começamos a falar com governadores e prefeitos para eleger o que era realmente exequível. Evoluímos para posição em que nenhuma das 492 mil obras do Minha Casa, Minha Vida, ou de saneamento, ou qualquer outra não conta com nenhuma fatura em atraso.”

Ricardo Barros, Ministro da Saúde, mais uma vez falou dos planos de saúde populares, dos quais ele é apoiador. Ele mostrou que mais de 70% da população utilizam o Sistema Único de Saúde, número engrossado pelo mais de 653,7 mil pessoas que deixaram os planos privados de saúde no último ano. Ele destacou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar deve providenciar a regulamentação dos planos de saúde populares, com o objetivo de oferecer à sociedade mais uma oportunidade de aderir ao sistema privado de saúde. “Temos que investir também em planos regionalizados, com rol de procedimento adequado para cada localidade˜, reforçou Barros.

Na saída, o Ministro da Saúde disse aos jornalistas que aguarda uma proposta do mercado para a regulamentação dos planos de saúde populares. A presidente da Federação Nacional das Seguradoras de Saúde ressaltou, em entrevista coletiva, que não cabe apenas ao seguro saúde, apresentar esta proposta, pois ela representa um setor inteiro. “Um novo produto popular deve ter atendimento hierarquizado, ser regional e contar com mecanismos de controle de gastos, como a co-participação”, adiantou. Entretanto, o fundamental será a forma de comunicação sobre o plano com o cliente, que deverá ser totalmente transparente, para que ele entenda que o plano de saúde tem seus custos.

01DE760D-C924-4310-AFA9-AF9259ECE3CAEduardo Guardia, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, disse que entende que o adequado funcionamento do setor é fundamental para a economia. “As ações do governo estão surtindo resultado e vemos os sinais da redução da crise. Isso levou ao aumento da renda real dos trabalhando e processo da retomada do crescimento e da geração de emprego. Esta retomada é baseada na credibilidade do Governo”.

O Ministério investe em medidas que visam uma agenda de eficiência na economia, o que é fundamental para melhorar a agenda de investimentos para o mercado de seguros. “Existe um enorme alinhamento entre iniciativas do Governo Federal e os anseios do mercado de seguro”, declarou Guardia.

Ratificando o interesse do Governo pelo setor, Guardia reforçou que o foco será no desenvolvimento de produtos, principalmente em áreas que podem somar ao setor de seguros a partir das grandes reformas, como a da previdência, a trabalhista, que trazem ao mercado possibilidades de novos produtos, como o seguro de acidentes do trabalho.

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro
Revista Apólice

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