Ultima atualização 01 de agosto

ARTIGO: O futuro do mercado de seguros

Como retomar os planos de crescimento que existiam em meados de 2015, quando pesquisas apontavam alta de 50% para o setor nos cinco anos seguintes
Pedro Pereira de Freitas
Pedro Pereira de Freitas

Futuro. Nos últimos anos, especialmente após o início da crise econômica, política e institucional que vive o Brasil, nada é mais esperado do que ele. Independente do setor da economia, do tamanho das empresas ou do momento de vida de cada profissional, nada é mais esperado do que o futuro. No setor de seguros, claro, isso não é diferente.

Apesar de toda tribulação vivida no país, o mercado segurador conseguiu passar por 2016 crescendo cerca de 7% e a expectativa é de que em 2017 a performance do setor seja semelhante. O desafio para o futuro está em retomar os planos de crescimento que existiam em meados de 2015, quando uma pesquisa realizada pela KPMG no Brasil apontava crescimento de 50% para esse mercado nos cinco anos seguintes. Obviamente que para isso não podemos cruzar os braços e esperar que a solução venha do céu.

Creio que o desafio e a chave para a retomada estejam em fazer com que as pessoas pensem no próprio futuro. Na compreensão de que contratar um seguro não é uma despesa, mas um exercício financeiro importante para resguardar as pessoas em momentos críticos. Interessante como nós, brasileiros, ainda não abrimos os olhos para tal realidade.

Claro, também é importante que as empresas seguradoras entendam as necessidades dos clientes e criem oportunidades de crescimento. Enxergo como caminho para o mercado de seguros a personalização dos produtos para atender nichos específicos da população – algo que conheço bem e aplico há anos – além de parcerias entre empresas do segmento a fim de ganhar capilaridade.

Vejo o mercado de seguros se aperfeiçoando no nosso país, o que é ótimo. Também vejo que a disseminação de conhecimento sobre o tema entre a população tem avançado. Talvez não na velocidade e dimensão de ideias, mas, com certeza, já temos uma realidade diferente do que enfrentávamos na chamada década perdida (anos 1980). Além disso, também é importante lembrar o papel do corretor habilitado pela Susep, que vai indicar os melhores caminhos aos clientes, orientá-los sobre o produto ideal e, acima de tudo, auxiliar as pessoas no fornecimento das informações certas e completas na hora de contratar um seguro. O apoio do corretor de seguros é imprescindível para que todo o processo de contratação seja… seguro!

Outro aspecto importante e que não se pode deixar de abordar ao falar do futuro do mercado são as corretoras online, cujo número tem crescido nos últimos anos. O mundo digital é realidade há tempos e sem dúvida vai evoluir muito mais. Porém, será que nossa sociedade está preparada para contratar seguros online, sem o apoio de um corretor durante o processo? Será que não seria o momento de utilizar um modelo híbrido, em que um corretor possa acompanhar os passos do futuro segurado?

A realidade é que o mercado já evoluiu bastante e que a fiscalização realizada pela Susep é bastante efetiva, pontos importantes para que o nosso setor seja cada vez mais confiável. Crise, ao contrário do que se pensa, revela oportunidades. Quem tem visão de futuro e de mercado, faz um bom planejamento e consegue desenvolver produtos ou inovar, esses certamente largam na frente se atendem os anseios dos consumidores. Estamos todos fazendo isso?

Sobre o autor

Pedro Pereira de Freitas, CEO da American Life

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