Ultima atualização 08 de maio

Seguradoras divulgam resultados do 1º trimestre

BB Seguridade, SulAmérica, Grupo Bradesco Seguros, Chubb, Mapfre e Porto Seguro apresentam seus resultados referentes ao 1º trimestre de 2017

resultados

ATUALIZADO EM 08/05/2017, ÀS 09H52 – Seis companhias divulgaram seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2017. São elas: BB Seguridade, SulAmérica, Grupo Bradesco Seguros, Chubb, Mapfre e Porto Seguro.

BB Seguridade: lucro líquido de R$ 992,8 mi

A BB Seguridade registrou lucro líquido de R$ 992,8 milhões no primeiro trimestre de 2017, crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, e em linha com as projeções (Guidance) divulgadas pela companhia.

O desempenho foi sustentando pelo crescimento de 11,0% do resultado operacional, considerando o combinado de todas as empresas do conglomerado, que representou 70,3% do lucro da BB Seguridade, mais do que compensando a queda de 10,4% no resultado financeiro combinado, que foi afetado principalmente pela queda da taxa Selic.

No acumulado do ano, o volume total de prêmios de seguros emitidos, contribuições de previdência e arrecadação com títulos de capitalização atingiu R$14,8 bilhões, crescimento de 17,2% em relação ao primeiro trimestre de 2016, garantindo a liderança de mercado à BB Seguridade nos segmentos em que atua.

Queda da sinistralidade e alta de prêmios sustentam resultado do Grupo BB e Mapfre

O segmento de Vida, Habitacional e Rural, operado pela BB MapfreSH1 registrou R$ 1,6 bilhão em prêmios emitidos, evolução de 9,1% em relação ao 1T16. Destaquepara o seguro rural, que cresceu 51,2% no período. O índice de sinistralidade do trimestre atingiu 24,6%, 9,7 pontos percentuais abaixo do registrado para o mesmo período de 2016.

No segmento de seguros de Patrimônio e Automóvel, desenvolvido pela MAPFRE BB SH2, o volume de prêmios emitidos totalizou R$2,2 bilhões, aumento de 1,7% em relação ao verificado no mesmo período de 2016, crescimento concentrado nos seguros de danos (+7,0%). A sinistralidade atingiu 59,3%, 4,8 pontos percentuais inferior se comparada à registrada no primeiro trimestre de 2016.

SulAmérica: lucro líquido de R$ 128,6 mi

A SulAmérica encerrou o primeiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 128,6 milhões, crescimento de 21,4% em comparação com mesmo período de 2016. As receitas operacionais também apresentaram aumento, alta de 9,7%, totalizando R$ 4,3 bilhões.

“Apresentamos resultados consistentes no primeiro trimestre, provando mais uma vez que as escolhas estratégicas que temos feito nos últimos anos têm se mostrado acertadas”, afirma o presidente, Gabriel Portella. “Mantivemos o investimento na formação e desenvolvimento de pessoas, no relacionamento com os nossos clientes, corretores de seguros, assessorias, prestadores, e em tecnologia, para que tenhamos a melhoria constante de nossos processos e, com isso, contribuirmos para ganhos de eficiência e de qualidade em nossas operações”.

O segmento de saúde e odontológico manteve bom desempenho, com receitas operacionais crescendo 11,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, alcançando R$ 3,3 bilhões, consolidando a seguradora como uma das maiores operadoras de saúde suplementar do Brasil. Os destaques foram os planos coletivos, com importante aumento nas modalidades PME (+16,2%) e odontológico (+22,9%).
O desempenho do segmento de seguros de automóveis continua refletindo um cenário de mercado desafiador, com crescente taxa de frequência de furto e roubo de veículos em várias regiões do país e lenta recuperação na venda de veículos novos.

Nas outras linhas de negócios, vale destacar a performance apresentada pela SulAmérica Investimentos, que encerrou o trimestre com o expressivo volume de R$ 34,2 bilhões em ativos sob gestão. Deste total, cerca de R$ 6,2 bilhões são vinculados aos fundos de previdência privada administrados pela SulAmérica, o que representa um crescimento de 12,0% nas reservas. O resultado financeiro registrou importante contribuição no período, com crescimento de 11,0%.

“Acreditamos que a continuidade dos nossos investimentos é a melhor forma de aproveitar as oportunidades que momentos como este oferecem, e ficarmos ainda melhor posicionados diante da retomada da trajetória de crescimento do país”, comenta Portella.

Grupo Bradesco Seguros: faturamento cresce 18,2% e atinge R$ 17,9 bi

O Grupo encerrou o primeiro trimestre com faturamento de R$ 17,9 bilhões, o que representa crescimento de 18,2% sobre igual período do ano anterior, nos segmentos de seguros, capitalização e previdência complementar aberta.

O lucro líquido permaneceu estável na mesma base de comparação, totalizando R$ 1,4 bilhão, com retorno sobre o patrimônio líquido ajustado de 20,2%.

A expansão da receita foi influenciada principalmente pelos segmentos de vida e previdência, cujas receitas registraram evolução de 20,3% e de 31,3%, respectivamente, além de saúde, com 10,6%, e capitalização, com 7,7%.

Em saúde, a carteira de pequenas e médias empresas, que possui cerca de um milhão de vidas e aproximadamente 140 mil empresas clientes, cresceu 17,5% em faturamento. No total, o Grupo conta com mais cerca de quatro milhões de segurados no segmento de saúde suplementar.

O volume de provisões técnicas registrou aumento de 25,4%, atingindo R$ 229,4 bilhões, e os ativos financeiros avançaram 25,6%, superando R$ 250 bilhões. Já o total pago pelo Grupo Bradesco Seguros em indenizações e benefícios alcançou R$ 14 bilhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 16,6% em relação ao mesmo período de 2016.

Destaque também para o Índice de Eficiência Administrativa, que recuou de 4,2% para 4% na comparação entre os trimestres, um dos melhores dos últimos períodos, refletindo o benefício gerado pela racionalização de gastos.

Chubb: lucro operacional de US$ 1,2 bi

No trimestre, o lucro operacional, após impostos, foi de US$ 1,2 bilhão, ou US$ 2,48 por ação, comparado a US$ 2,26 no ano anterior. A alta é quase 10%. Comparando os resultados da Chubb, como se a Ace e a Chubb fossem uma companhia única no trimestre inteiro do ano anterior, o lucro operacional por ação no primeiro trimestre deste ano subiu 8% (o lucro “como se” inclui os resultados de operações da The Chubb Coporation nos primeiros 14 dias antes da conclusão da fusão, em 14 de janeiro de 2016).

O índice combinado de P&C de 87,5% foi “excelente”, de acordo com Evan Greenberg, chairman and CEO da Chubb Limited, comparado a 90% no ano anterior, ou 88,9% na base “como se”. O rendimento total de subscrição de P&C foi de US$ 783 milhões, alta de 28%, ou cerca de 9% na base “como se”.

O crescimento da receita dos prêmios esteve alinhado com as expectativas. “Os mesmos temas prevaleceram: forte retenção de negócios, crescimento em novos negócios acima do primeiro trimestre do ano anterior, limitado, entretanto, devido às condições do mercado, uma contribuição de novos negócios de vendas cruzadas e a força da organização, e uma redução da receita devido às ações de subscrição relativas à fusão, incluindo a compra de resseguro adicional”, comenta o executivo.

“No trimestre, os prêmios líquidos de P&C subiram cerca de 13,5% em dólares constantes, mais de 2%, na base ‘como se’”.

Com relação à integração, Greenberg disse que, operacional e financeiramente, todas as áreas estão dentro ou adiantadas, de acordo com o cronograma.

Mapfre: receitas globais de R$ 26,2 bi

A Mapfre obteve no Brasil um volume de prêmios de R$ 4,2 bilhões (1,3 bilhão de euros) no primeiro trimestre, que representa 4,7% de crescimento em moeda local o que garante ao Brasil a manutenção na segunda posição de receitas entre os países que compõem o Grupo.

Destaque para a evolução do negócio de seguros gerais, com um volume de prêmios de R$ 1,6 bilhão (485 milhões de euros), de vida, R$ 1,2 bilhão (365 milhões de euros), e auto, R$ 1,1 bilhão (352 milhões de euros). Houve uma melhora de 1,6 ponto percentual do índice combinado, que está em 98,5%. Esta melhora foi influenciada pela carteira de seguros de agronegócio, uma vez que em 2017 não ocorreram eventos climáticos de grandes proporções diferente do ocorrido em 2016.

O resultado atribuído totalizou R$ 90,2 milhões (27 milhões de euros), 21,8% menor que o primeiro trimestre de 2016, impactado principalmente pelo aumento da sinistralidade de Automóvel em 1,4%, Transportes em 10,8% e pela redução do resultado financeiro em 12,8%.

Segundo o CEO da companhia no Brasil, Wilson Toneto, “o crescimento de 4,7%, sobre o primeiro trimestre de 2016, decorre principalmente dos seguros de agronegócio e riscos industriais, que tiveram um crescimento de 48,2% e 44,4%, respectivamente. O seguro de agronegócio foi impulsionado pela consciência do agricultor sobre a importância do produto, e pelo custeio antecipado. Quanto a riscos industriais, o desempenho decorre dos programas plurianuais de grandes empresas”, afirma.

“De maneira geral, o Grupo no Brasil segue investindo fortemente em projetos de eficiência operacional, aprimoramento dos serviços a nossos clientes e distribuidores, e na melhora da subscrição dos riscos e já observa melhoras na tendência dos resultados e projeta encerrar o semestre com crescimento nos resultados”, conclui o Toneto.

No mundo, o lucro líquido da Maapfre  no período aumentou 7,5%, atingindo 206 milhões de euros, marcado pelo bom comportamento de seus três mercados principais (Espanha, Brasil e Estados Unidos) que junto a Mapfre RE, seguem impulsionando o crescimento do negócio. A receita do Grupo foi de 7,9 bilhões de euros, cifra que representa um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior, e os prêmios registraram um aumento de 9,2%, chegando a um total de 6,7 bilhões de euros.

O patrimônio líquido ficou em 11,2 bilhões de euros, um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior. E os ativos totais subiram 6,6%, situando-se em 69,7 bilhões de euros.

Porto Seguro: lucro líquido de R$ 216 mi

No primeiro trimestre de 2017, o resultado foi impactado pelo cenário recessivo e pela queda na taxa de juros. Contudo, a Porto Seguro já vê sinais de recuperação na economia, com a inflação controlada e melhoria nos indicadores de confiança do País.

No seguro de automóvel, a empresa encontra um ambiente mais competitivo, que associado a redução nas vendas de veículos novos e a política da Porto Seguro de reajustes de preços com foco em rentabilidade, pressionaram o crescimento dos prêmios.

Por outro lado, a estratégia de diversificação dos negócios impulsionada pelo melhor desempenho dos produtos de Vida, Previdência e dos negócios Financeiros e Serviços, compensou parcialmente a queda do resultado financeiro no período. O resultado operacional aumentou 22% (vs. 1T16).

Na operação de seguros, os prêmios auferidos reduziram 1%, basicamente em decorrência da redução nas vendas nos seguros de Auto (-3%). O índice combinado aumentou ligeiramente (+0,2 p,p), atingindo 99,1% no 1T17. A sinistralidade dos seguros de Automóvel aumentou 2 p.p., em função da desaceleração dos prêmios, devido a recomposição tarifária e do aumento na frequência de roubo e furto de veículos. No entanto, a sinistralidade total permaneceu relativamente estável (+0,1 p.p.), compensada principalmente pelo decréscimo do índice nos seguros de Vida (-3,7 p.p.), Porto Empresarial (-3,1 p.p.) e Odontológico (-14,1 p.p.). Por último, as despesas administrativas aumentaram 2% e as despesas operacionais reduziram 10%, ambas abaixo da inflação do período, fruto dos esforços para aumentar a produtividade da Empresa.

As receitas das empresas Financeiras e de Serviços cresceram 19% no trimestre, intensificadas principalmente pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito e Financiamento. O indicador de inadimplência das operações de crédito (> 90 dias) encerrou o trimestre com o menor patamar dos últimos 4 anos (2,4 p.p. melhor em relação à média de mercado).

A rentabilidade das aplicações financeiras superou o benchmark, favorecida pelas posições em renda variável e pelos ativos de Juro Real + Inflação. A rentabilidade trimestral da carteira (ex previdência) foi de 3,4% (112% do CDI). Entretanto, o resultado financeiro reduziu 13% no trimestre, afetado pela redução do CDI médio (-7% em relação ao 1T16).

O lucro líquido atingiu R$ 216 milhões no 1T17, correspondendo a uma redução de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o ROAE alcançou 13,8% no mesmo período.

L.S.
Revista Apólice

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