Ultima atualização 24 de fevereiro

Defesa cibernética: a grande questão para os próximos anos no Brasil

Projeto coordenado pelo Exército Brasileiro prevê o investimento de cerca de R$ 331 milhões até 2020 em proteção contra cyber ataques

cibernética

O cenário mundial de defesa e segurança cibernética demanda constantes investimentos em novas tecnologias, uma vez que os ataques de hackers e os crimes virtuais estão mais sofisticados e ultrapassam cada vez mais rápido as ferramentas de proteção já existentes. Para se ter uma ideia do potencial desse mercado, o Relatório Anual de Cibersegurança da Cisco 2017 revelou que apenas 56% dos alertas de segurança são investigados e menos de metade dos alertas efetivos são solucionados.

A LAAD Defence & Security 2017, feira de defesa e segurança da América Latina, acontecerá de 4 a 7 de abril no Rio de Janeiro e vai reunir algumas das empresas responsáveis pelas soluções e tecnologias utilizadas em defesa e segurança cibernética.

As ameaças digitais também estão na agenda de preocupação das Forças Armadas do País, que trabalham para oferecer uma estrutura de alto nível para proteger o Brasil de cyber ataques. Nesse sentido, desde 2009 o Exército Brasileiro está a frente de um projeto que inclui a construção de um Centro de Defesa Cibernética, desenvolvimento de soluções em software e hardware, aquisição de supercomputadores e materiais de investigação digital. O valor do projeto é de cerca de R$ 331 milhões e deverá ser concluído até 2020.

“Para vencer a batalha cibernética há diferentes formas de proteção e uma delas é adotar uma posição preditiva, ou seja, antecipar-se aos possíveis ataques ao invés de apenas tratar depois de existirem”, explica Luiz Rubião, CEO da empresa de engenharia e software Radix, uma das participantes do evento.

“A chave da prevenção está na própria gênese da arquitetura do sistema a ser utilizado. Isso significa que os conceitos de defesa e segurança cibernética devem ser implantados desde o início de um projeto de software ou sistema de rede, usando componentes que possuem uma proteção intrínseca”, diz Rubião, acrescentando que “assim, a chance de ser atacado ou os danos que você pode ter depois de atacado são naturalmente menores”.

Outro ponto que necessita de atenção na questão de defesa e segurança cibernética é o risco de ataques a dispositivos conectados à internet utilizando um dos conceitos de tecnologia mais comentados nos últimos anos: a Internet das Coisas (IoT). “Um exemplo de violação de segurança nesse sentido veio a público quando dois hackers invadiram o sistema embarcado de um utilitário esportivo dando comandos na direção do veículo remotamente”, completa o CEO.

Investigação criminal

Entre as tecnologias que serão apresentadas no evento estão as ferramentas que auxiliam na solução mais rápida de crimes. A israelense Cellebrite irá expor novidades em tecnologias para a extração de dados de dispositivos móveis e softwares especiais para análise de informações sob o ponto de vista investigativo. A tecnologia é utilizada por agências de inteligência mundiais.

“Essas soluções permitem que examinadores, analistas, investigadores e procuradores possam, simultaneamente, organizar, buscar, mapear, visualizar e gerenciar grandes conjuntos de dados digitais que ajudam na identificação de evidências críticas de forma rápida e eficiente”, afirma o diretor da Cellebrite para América Latina e Caribe, Frederico Bonincontro. “A expectativa da empresa é crescer na América Latina em 2017, ampliando o escopo de clientes e a oferta de soluções para investigação digital que unificam instantaneamente a investigação criminal com evidências justificáveis”, declara.

Outra empresa confirmada na feira é a Suntech, que atua no mercado brasileiro no segmento de inteligência com soluções de alta tecnologia para as áreas de defesa e segurança. De acordo com o diretor comercial, Lincoln Egydio Lopes, a companhia lançará no evento o Sistema Federado de Inteligência.

“Trata-se de um sistema desenvolvido com uma arquitetura para a gestão da inteligência intra e inter agências de segurança, integrando as distintas esferas do poder público em um único ambiente para captura e compartilhamento de informações de investigação e inteligência”, afirma.

Com foco na área de tecnologias de cybersecurity, transmissão e comunicação para segurança e defesa, a feira conta também com a participação de empresas como a Rafael Advanced Defense Systems, VMI Sistemas de Segurança, Globalstar, Motorola e Secunet Security Networks.

L.S.
Revista Apólice

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