Ultima atualização 22 de fevereiro

5 passos para contratar o plano de saúde nas empresas

Com o corte nos gastos, é necessário que as companhias avaliem se realmente estão oferecendo o plano de saúde ideal para os funcionários

saúde

O plano de saúde é um dos benefícios mais valorizados pelo trabalhador brasileiro, ficando atrás apenas do próprio salário, conforme aponta pesquisa realizada pela Catho em 2014. Por isso, vem sendo muito utilizado pela área de Recursos Humanos das empresas para contribuir com a retenção de talentos. Porém, no atual cenário econômico, no qual as empresas estão enxugando custos, é cada vez mais necessário que as companhias olhem com atenção para o benefício e avaliem se realmente estão oferecendo o plano de saúde ideal para seus funcionários.

“Os planos empresariais são reajustados de acordo com a inflação dos itens médicos e do índice de sinistralidade, que medem o grau de utilização do plano, por este motivo é importante indicar aos funcionários como utilizá-lo de forma consciente”, explica Marcelo Alves, executivo de uma corretora de saúde.

Essa orientação é importante, pois muitas vezes o uso indiscriminado do plano de saúde pode alavancar o valor do reajuste e, em casos mais graves, fazer com o que a empresa opte pelo cancelamento do benefício. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre junho de 2015 e junho de 2016, mais de 1 milhão de pessoas perderam a assistência. “O corte de um benefício que já existe não é bem visto pelos funcionários e pode acabar por desmotivá-los ou encorajá-los a buscar outras oportunidades”, diz Alves.

Para esclarecer dúvidas frequentes de como contratar o plano ideal para cada empresa, ele lista cinco passos importantes para a aquisição do benefício, visando o melhor negócio tanto para a companhia, quanto para o colaborador.

Analise o quadro funcional da empresa

Para escolher um plano que cubra tanto os procedimentos necessários, quanto a rede credenciada, é importante olhar para o quadro de funcionários. A empresa precisa analisar dados como doenças crônicas, faixa etária, região demográfica e se existem grupos de risco que podem desenvolver diabetes, obesidade ou doenças respiratórias.

Outra dica é que empresas que não exigem viagens corporativas escolham a cobertura regional. Essa simples mudança na contratação pode gerar uma economia de no mínimo 30% no contrato com a operadora.

Considere a coparticipação e o copagamento

Atualmente, muitas empresas optam pelo copagamento – divisão da mensalidade do plano com o funcionário ou pela coparticipação – modalidade em que o usuário paga, além do valor mensal do plano, uma taxa a cada vez que passar por uma consulta, realizar um exame, e alguns outros procedimentos. Essa medida, além de proporcionar a continuidade do benefício, faz com que o colaborador utilize o plano de saúde de maneira mais responsável, evitando consultas e exames desnecessários.

Atenção para a carência

Para os planos coletivos empresariais com 30 participantes ou mais, a exigência do cumprimento de carência não é permitida. Apenas no caso do número ser inferior a 30 pessoas, acontecerá a exigência do cumprimento de carência, levando sempre em conta os prazos máximos estabelecidos pela ANS. É bom ficar atento, pois a carência pode desestimular a adesão do funcionário ao plano.

Investimento em campanhas de incentivo e uso consciente

Cuidar da saúde é importante, mas até nesse momento é necessário cautela. O uso consciente do plano é a melhor maneira de evitar o aumento da sinistralidade, que pode encarecer o valor pago no ano seguinte. É importante orientar que consultas e exames desnecessários são as principais razões do aumento no valor do plano e é algo que impacta até mesmo quem usou de maneira mais adequada. Investir em campanhas de incentivo para atividades físicas e cuidados preventivos com a saúde é uma atividade que pode diminuir ainda mais as idas ao médico.

Confirme se a cobertura escolhida é adequada

Nem sempre vale a pena adquirir o plano referência, que abarca a cobertura ambulatorial, hospitalar e obstetrícia. O que muitas pessoas não sabem é que essas coberturas podem ser contratadas separadamente. A cobertura ambulatorial garante o atendimento em consultas e pronto-socorro, incluindo exames laboratoriais e é indicada para funcionários de até 29 anos, pois a hospitalização devido a complicações de doenças crônicas geralmente é menor. Já a cobertura hospitalar compreende os atendimentos realizados durante a internação hospitalar, mas não tem cobertura ambulatorial. Empresas que possuem funcionários com maior faixa etária, doenças hereditárias ou quadro feminino maior que 30% – que podem utilizar pré-natal e maternidade – podem vir a utilizar a cobertura hospitalar.

Para Alves, é neste momento que a pesquisa inicial do quadro de funcionários se mostra tão importante. “Conhecer detalhes como esses são fundamentais para garantir a escolha do melhor plano de saúde para ambas as partes”, finaliza o executivo.

L.S.
Revista Apólice

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