Ultima atualização 23 de fevereiro

 Grupo Allianz divulga resultados de 2016

No Brasil, a Allianz Seguros apresentou acréscimo de 2,5% no prêmio emitido líquido, sobre 2015

gráfico subindo azul allianz

O Grupo Allianz entregou €10,8 bilhões em lucro operacional em 2016, próximo ao topo da faixa visada. Esse é o quinto aumento consecutivo nos resultados operacionais anuais. A receita líquida atribuível aos acionistas cresceu 4%, em comparação a 2015. Isso levou a companhia a aumentar ainda mais seus dividendos que passaram a €7,60. A seguradora também lançará um plano de recompra de ações (buy-back) de 12 meses no valor de até €3 bilhões, representando cerca de 4,2 % do seu capital acionário. Sendo a maior seguradora da Europa em termos de valor de mercado, ela teve grandes avanços na implementação da sua estratégia “Renewal Agenda” em 2016, colocando a empresa no rumo certo para atingir suas metas para 2018.

O segmento Vida e Saúde teve o maior crescimento no lucro operacional, com aumento de 9,3%, totalizando €4,1 bilhões. Os resultados crescentes dos investimentos foram o principal fator impulsionador. A margem de novos negócios aumentou para 2,7% em 2016 comparada aos 2,2 % em 2015, demonstrando a capacidade da em implementar mudanças estratégicas de forma rápida e rentável, em resposta ao ambiente com baixas taxas de juros.

O segmento Property & Casualty (todos os seguros, exceto Vida e Saúde) teve resultado operacional de 4,2% no ano devido, sobretudo, aos resultados mais fracos dos investimentos, apesar do melhor desempenho na subscrição de riscos. O índice combinado deste segmento, que mede a rentabilidade da subscrição de riscos, aumentou 0,3% passando para 94,3%, impactado em parte pelos baixos pedidos de indenização por catástrofes naturais.

O segmento de Gestão Patrimonial assinalou um marco importante, uma vez que a PIMCO gerou dois trimestres consecutivos com entrada líquida de terceiros na segunda metade de 2016. Houve aumento de 6,1% no total do patrimônio sob gestão que passou para €1,871 trilhão no final do ano, principalmente, devido aos efeitos positivos de mercado.

Contudo, um declínio nas taxas decorrentes de AuM (bens de terceiros sob gestão) e nas taxas de desempenho acarretou um decréscimo de 0,4% no lucro operacional.  A disciplina nos custos levou a um aumento no coeficiente custo-rendimento que passou para 63,4% em relação aos 64,5% para o segmento.

“A companhia teve um ótimo 2016, com os esforços investidos na nossa estratégia Renewal Agenda, que gerou frutos. Todos os segmentos fizeram boas entregas graças ao engajamento das pessoas e a nossa robusta base de capital, que nos deixa em uma posição sólida”, declarou Oliver Bäte, CEO da Allianz SE.

“Foi um ano cheio de surpresas, nem todas bem-vindas, que desafiou muitas premissas, alimentou a incerteza geopolítica e a volatilidade de mercado – e isso torna difícil prever como será 2017.  Ainda assim, nos sentimos bastante confiantes para aumentar nossa meta prevista de lucro operacional. O grupo visa alcançar um resultado operacional de €10,8 bilhões, com margem de mais ou menos €500 milhões em 2017, salvo eventos imprevistos, crises ou catástrofes naturais”, completou Bäte.

Devolução de capital não utilizado aos acionistas

A Allianz SE decidiu lançar um programa de recompra de ações (buy-back) com um volume de até €3 bilhões, como parte de um plano anunciado anteriormente para devolver o capital não utilizado do orçamento do Grupo para crescimento externo no período de 2014 a 2016. Com base no preço de fechamento de €156,85 por ação em 10 de fevereiro de 2017, isso representaria aproximadamente 19,1 milhões de ações ou 4,2 % do capital acionário.

O programa de buy-back está previsto para ter início em 17 de fevereiro de 2017 e deverá durar não mais que 12 meses. A empresa cancelará as ações recompradas e publicará atualizações periódicas sobre o programa. A implementação plena do programa, conforme previsto, está sujeita a um índice mínimo sustentável de Solvência II da ordem de 160%.

Gestão de capital fica mais flexível

Por meio da gestão de capital, o Grupo visa a um equilíbrio entre um rendimento atraente e o investimento em crescimento rentável. Em 2014, o Grupo ajustou o coeficiente de payout aos acionistas para 50% da receita líquida atribuível aos acionistas. O Grupo também separou 20% da renda líquida atribuível a cada ano para crescimento externo e tencionava remunerar qualquer porção não utilizada do seu orçamento a cada três anos, a partir do final de 2016.

O Conselho de Administração e o Conselho Supervisor decidiram, então, simplificar a gestão de capital do Grupo para torná-la mais flexível. No futuro, 50% da renda líquida atribuível do Grupo ainda serão devolvidos aos acionistas sob forma de dividendos periódicos. A Allianz também tem em vista manter os dividendos periódicos por ação pelo menos no nível pago no ano anterior.

Contudo, a seguradora não pretende mais vincular seu orçamento operacional para crescimento externo aos pagamentos aos acionistas em um ciclo de três anos. Em vez disso, metade da receita líquida deverá ser usada, se considerar adequado, para financiar o crescimento ou será devolvida aos acionistas de forma flexibilizada. Isso continuará sujeito a um índice sustentável de Solvência II acima de 160%.

 Grupo: desempenho em Vida e Saúde impulsiona crescimento em 2016

O lucro operacional em 2016 cresceu 0,9 % em comparação a 2015 e totalizou €10,8 bilhões euros, aproximando-se do topo da faixa visada. O aumento da renda líquida foi impulsionado pelo aumento de 9,3% no lucro operacional do segmento Vida e Saúde, em grande parte devido a uma margem de investimento ampliada.

A perda operacional permaneceu sem alterações em relação ao ano anterior, incluindo o impacto negativo pela venda da empresa sul-coreana.

No geral, a renda líquida atribuível aos acionistas subiu 4% passando a €6,9 bilhões. O lucro básico por ação (EPS) subiu 4% ficando em €15,14. A rentabilidade sobre capital próprio foi de 12% em 2016 (12,5% em 2015), pois a força do capital cresceu mais rápido do que os rendimentos.

O lucro operacional subiu 9,3%, passando a €2,8 bilhões no 4º trimestre, em grande parte devido ao melhor resultado de subscrição de riscos no segmento Property & Casualty (todos os seguros, exceto Vida e Saúde), cujo lucro operacional cresceu 16,4%.

O resultado não-operacional majorado também ajudou no aumento da receita líquida atribuível aos acionistas, que subiu 23% passando a €1,7 bilhão no quarto trimestre.  O lucro básico por ação (EPS) no trimestre aumentou para €3,83 (€3,12).

O índice Solvência II subiu para 218% no final de 2016, comparado aos 200% de 31/12/2015. Isso se deveu primeiramente à geração de capital operacional e à venda das operações coreanas de seguro Vida.

“A Allianz teve um fim de ano glorioso, apesar das duras condições de mercado, levando a administração a propor novo aumento dos dividendos. A empresa registrou seu quinto aumento consecutivo no lucro operacional anual, com base nas continuadas atuações positivas em todos os segmentos de atividade, colocando, assim, a empresa no caminho para atingir as metas de 2018 da estratégia “Renewal Agenda” da companhia”, afirma Dieter Wemmer, CFO da Allianz SE.

Seguro Property & Casualty: crescimento interno de 2016 continua forte

Em 2016, os prêmios brutos subscritos se mantiveram firmes em €51,5 (€51,6) bilhões.

Ajustados os efeitos cambiais e de consolidação, o crescimento interno se manteve forte com 3,1%, impulsionado, sobretudo, pelos desdobramentos positivos na Turquia, Alemanha e na Allianz Worldwide Partners. O lucro operacional para 2016 diminuiu 4,2% em relação a 2015, ficando em €5,4 bilhões, devido ao menor rendimento dos investimentos. O índice combinado para o ano todo subiu 0,3% em 94,3 %.

Os prêmios brutos subscritos no segmento cresceram 2,4%, passando para €11,2 bilhões no quarto trimestre. Ajustados os efeitos cambiais e de consolidação, o crescimento interno foi de 3,6%, impulsionado por um efeito de volume positivo de 2,% e por um efeito de preço positivo de 1,6 %.

Em relação ao 4º trimestre de 2015, o lucro operacional aumentou 16,4%, registrando €1,4 bilhão. O resultado na subscrição de riscos melhorou, beneficiando-se das baixas indenizações por catástrofes naturais e grandes perdas. O índice combinado melhorou 2,3% e ficou em 94%.

“O crescimento aumentou em Property & Casualty no trimestre, com volume e preço contribuindo para um melhor resultado. Allianz Worldwide Partners e a Turquia ajudaram a impulsionar esse crescimento, assim como a Alemanha”, declarou Wemmer. “Estamos avançando firmemente rumo a nossa meta de 94% para o índice combinado de 2018.”

Vida e Saúde: margem de investimento em 2016 impulsionou aumento no lucro operacional

Em Vida e Saúde, o lucro operacional cresceu 9,3% e passou para €4,1 bilhões. Isso se deveu à margem de investimento ampliada. A mudança visada para produtos eficientes em termos de capital se refletiu no aumento da margem de novos negócios que ficou em 2,7% para o ano todo. Como consequência, o valor dos novos negócios cresceu 21,7% passando a €1,4 bilhão se comparado a 2015.

O lucro operacional encolheu 1,7%, em relação ao 4º trimestre de 2015, e ficou em €1,1 bilhão. Isso se deve em parte à participação maior dos detentores de apólices na Alemanha, compensada pela margem de investimento mais elevada nos EUA.

O valor dos novos negócios aumentou 6,4% passando para €420 milhões no trimestre. A margem de novos negócios permaneceu estável em 2,9%. Devido a mudanças na estratégia, os prêmios mudaram para produtos com alto rendimento de capital. Porém, os rendimentos de mercado mais baixos pesaram nos resultados.

“A Allianz está mudando com rapidez rumo a produtos do ramo Vida que geram melhores retornos para os clientes. Essa mudança estratégica favoreceu igualmente os acionista, o que refletiu no acréscimo de 2,9% em novos negócios no último trimestre de 2016,“ diz Dieter Wemmer.

Gestão Patrimonial: fluxos da PIMCO se mantiveram positivos no 4° trimestre e eficiência melhorou

Os bens de terceiros sob gestão tiveram aumento de €85 bilhões em 2016, principalmente devido aos efeitos positivos de mercado. A renda operacional caiu 7,1% e ficou em €6 bilhões, por causa de menores taxas. Como esperado, o lucro operacional caiu 4% e ficou em €2,2 bilhões de euros. O declínio nas receitas foi apenas parcialmente compensado pela redução das despesas operacionais. Os custos de pessoal mais baixos na PIMCO contribuíram para o decréscimo geral de 8,7% nas despesas operacionais do segmento.  A relação custo-rendimento aumentou para 63,4% em relação aos 64,5% do ano passado.

O lucro operacional subiu mais no quarto trimestre do ano, chegando a €640 milhões. As despesas operacionais em declínio foram mais que suficientes para compensar as receitas operacionais mais baixas no segmento.

A relação custo-rendimento (CIR) para o segmento aumentou 1,7% ficando em 61,4% no 4° trimestre, devido cortes nas despesas operacionais, que superaram o declínio nas receitas. Na PIMCO a relação custo-rendimento aumentou para 56,9% (contra 60,2% no 4° trimestre de 2015).

Comparado a 30/9/2016, os bens de terceiros sob gestão aumentaram em €34 bilhões passando a €1,361 trilhão no final do 4º trimestre, devido, sobretudo, aos efeitos cambiais favoráveis. O trimestre teve entradas líquidas de terceiros de €1,7 bilhão, impulsionadas por €5,9 bilhões em entradas líquidas na PIMCO, parcialmente compensadas por saídas liquidas de €4,2 bilhões na Allianz Global Investors.

“O turnaround da PIMCO está em ordem, já que o 4° trimestre foi o segundo período consecutivo reportado com entradas líquidas de terceiros positivas. Os cortes nos custos, especialmente em compensação variável, ajudaram a equilibrar declínios de receita e elevaram ligeiramente o lucro operacional no trimestre,” afirmou Dieter Wemmer.

Allianz Brasil: metas estabelecidas para 2016 cumpridas

Em 2016, a Allianz Seguros apresentou acréscimo de 2,5% no prêmio emitido líquido, sobre 2015. Também foi registrada melhora no índice de sinistralidade, da ordem de 6,6%. Já o resultado líquido de 2016 é justificado por meio de dois eventos extraordinários. A performance obtida em 2016 já era esperada. O resultado líquido foi influenciado, principalmente, pelo reforço nas reservas do produto Vida e pelas mudanças regulatórias, relativas a créditos tributários. Excluindo os eventos extraordinários, o resultado líquido da seguradora apresentou uma melhora expressiva, da ordem de 51%.

Miguel Pérez Jaime, presidente da seguradora no Brasil, demonstra expectativas bastante positivas para 2017. Ele sinaliza que a companhia está em meio a um grande projeto de transformação, que envolve todas as áreas e com importantes inovações em produtos, nas áreas comercial e de atendimento e entrega a clientes. “O processo caminha a passos largos e as mudanças em curso têm se mostrado efetivas. Não apenas pelos resultados alcançados nos últimos meses, como também pela boa aceitação e perspectivas positivas vindas da força de vendas da companhia e do nosso principal canal de distribuição, o corretor de seguros”, diz Pérez Jaime.

A.C.
Revista Apólice

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