Artigo publicado pelo jornal La Stampa, na Itália, reforçou os rumores de que a gigante italiana Generali pode ser vendida para a francesa AXA ou a alemã Allianz. Há também um interessado italiano, o banco Intesa SanPaolo.
A Generali é uma empresa-chave na economia italiana, com 187 anos de vida e que investe cera de 70 bilhões de euros em títulos no País. Por isso, há uma grande resistência na venda de seus ativos para as outras duas gigantes europeias.
De um lado, conforme anunciou o CEO da Allianz, Oliver Baete, a empresa estaria à procura de uma grande aquisição. “Temos que descobrir quem seria adequado para nós, com um balanço limpo e ao nosso alcance.”
Do outro lado, o Intesa Sanpaolo está considerando uma operação com Trieste embora ambos não comentem os relatos de imprensa e de mercado. A informação é de que o banco participa da oferta para neutralizar a possível venda para a AXA e por isso buscou o apoio da alemã Allianz, que entraria no negócio com um parceiro italiano.
Há algumas semanas “vazou” o interesse da AXA para a aquisição da Generali, o que mais tarde foi negado pelos franceses, com o argumento de que tal operação não fazia sentido para eles.
Fundado em Trieste em 1831, o Grupo Generali atua em mais de 60 países, com cerca de 70% dos seus prêmios oriundos de mercados internacionais e possui 65 milhões de clientes. Mais de 100 mil pessoas atuam no Grupo. O core business da companhia está direcionado para os produtos de vida, com foco em apólices de proteção de poupança e previdência privada complementar. No segmento de não vida, o Grupo foca o mercado de varejo, com um grande portfolio de coberturas.
No Brasil, a empresa tem ainda uma participação pequena, mas com promessa de expansão por parte de seus executivos. Os prêmios ganhos em 2016 ficaram na casa de R$ 756 milhões, segundo dados da Susep.
Kelly Lubiato
