Ultima atualização 09 de dezembro

Resiliente: definição para o mercado de seguros em 2016

Os presidente das quatro federações e da CNseg reforçaram que o mercado se mostrou resiliente ao alcançar um resultado ainda positivo em meio a tantos problemas econômicos

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Com queda da produção econômica, queda da renda e aumento do desemprego, 2016 foi um atípico e muito difícil. Em 2015, mercado cresceu 11,6%, incluindo saúde. A variação do crescimento foi alta durante o ano, partindo de 9,05% em janeiro, com menor taxa de 3,63% em março, até chegar a 7,89% em outubro de 2016. “O ambiente de volatilidade leva as pessoas a quererem se proteger. O mercado conseguiu ter resiliência”, apontou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em evento realizado em São Paulo. Para ele, o setor tem dinâmica menos dependente da economia de forma geral.

Os desafios e oportunidades se avizinham para 2017, com o seguro auto popular, que pode atingir mais 20 milhões de veículos sem seguro; o seguro-garantia para novas concessões de obras do Governo; o seguro rural com potencial de 61,5 milhões de hectares que não são cobertos; previdência complementar e capitalização também se colocam como novas alternativas de desenvolvimento.

2016-12-09-photo-00001000Coriolano acredita que a marca de crescimento para 2016 entre 8 e 10%, se houver bom desempenho da previdência complementar no mês de dezembro. Para 2017, a expectativa é 9 a 11% de crescimento.

O presidente da Fenseg, João Francisco Borges da Costa disse que 45% da arrecadação das associadas da Federação vem do seguro de automóvel. Esta foi a carteira que teve o menor nível de arrecadação neste ano, devido à queda da produção automotiva e à queda do valor dos automóveis. “O Auto Popular deve servir não para recuperar os prêmios, mas para manter o número de segurados”, prevê Costa.

O seguro auto popular, que começa a ser lançado pelas seguradoras, tem algumas particularidades e a preocupação das companhias é que ele não crie mais problemas do que soluções. Costa explica que as empresas devem criar uma identificação visual exclusiva para este tipo de produto, porque ele deve ser oferecido para o consumidor concomitantemente ao seguro tradicional. “O mercado lida bem com o sinistro de automóvel, tanto que o ruído neste setor que possui mais de 17,7 milhões de itens segurados é muito pequeno”, avaliou, informando que o mercado se preocupa mais com a questão da rede referenciada.

Os destaques de 2017 devem ser, além do seguro auto popular; o seguro rural, cuja expectativa é de crescimento de 14% das safras elegíveis; o seguro garantia, por conta da expectativa de novas licitações de obras públicas.

 

Previdência

Diante da proposta de reforma da previdência, Edson Franco, presidente da Fenaprevi, disse que a entidade apoia esta ação. “É um consenso que raras vezes se chegou na sociedade, pois estamos à beira do abismo no que se refere à previdência social. A PEC da contenção de gastos não se sustenta sem a reforma da previdência”, sentenciou Franco. Caberá ao mercado de seguros entender a demanda e se mostrar como uma opção para complementar a lacuna deixada pela previdência social.

A previdência privada foi o produto que apresentou melhor desempenho no mercado de seguros. Ela provoca uma busca maior pelas alternativas. A captação liquida cresceu 21 %, até outubro de 2016, com evolução na entrada de novos participantes. Em 2015, neste mesmo período, havia crescimento de 26% em relação ao mesmo período de 2014.

 

Franco disse que a Fenaprevi apresentou ao Governo um modelo de reforma estrutural, com quatro pilares, como preconiza o Banco Mundial: renda assistencial básica, renda do sistema de repartição (INSS hoje), capitalização individual obrigatória e a previdência privada complementar como já existe hoje.

Saúde

Solange Beatriz, presidente da Fenasaúde,  disse que o setor teve um ano de 2016 bem difícil, assim como em outros setores, mas perder 1,5 milhão de beneficiários é importante. Foram 1,9 milhão a menos em 18 meses. Já se tem há algum tempo a elevação da inflação médica hospitalar e a situação crítica faz todas as partes envolvidas se pronunciarem.

 

A mudança do sistema de pagamento pela prestação de serviços médicos/hospitalares pode ser importante para o mercado criar novos parâmetros e ter alternativas ao crescimento incontrolável deste tipo de despesas.

 

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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