Ultima atualização 19 de outubro

Seguro para satélites: considerando o espaço

A maior parte do seguro para satélites está ressegurada internacionalmente. Companhias internacionais participam de diversos projetos pelo mundo

satélites

No final de 2014, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre estreou no mercado de riscos de satélites no país com um produto específico voltado à indústria aeroespacial. Desde então, os seguros voltados para o lançamento e órbita de satélites têm ganhado destaque no portfólio da seguradora.

A seguradora foi responsável pelo seguro de dois lançamentos de satélite em 2015 e possui vigente outras quatro apólices para satélites já em órbita. Além disso, o lançamento de mais um satélite, previsto para o fim deste ano, também será segurado pelo grupo.  Carlos Eduardo Polízio, diretor de Seguros Aeronáuticos da companhia, lembra que o ingresso da companhia se no ramo se deu justamente por causa desses projetos. Embora esse não seja um mercado amplo, a seguradora deu atenção ao que estava em desenvolvimento no País. “Nossos clientes são empresas privadas, porém com participação pública. São empresas de telecomunicações e do Ministério da Defesa. Basicamente, os satélites são destinados para monitoramento de fronteiras ou de ampliação da capacidade da banda larga no Brasil”, explica o executivo.

Essas apólices cobrem não somente a perda do satélite durante o lançamento, mas também a falta da capacidade de transmissão de sinais que pode ocorrer ao longo da vida útil desses equipamentos, Polízio explica que cada um desses satélites tem diversos transponders com sua vida útil; se há queda de sinal permanente há um sinistro. “Já tivemos uma pequena falha de comunicação, mas que não se tornou um sinistro porque eles conseguiram reativar a comunicação do transponder. Esse quadro não se converteu, de fato, em sinistro”, conta.

Embora não seja a mais comum, a maior exposição desse seguro é em seu lançamento. Ele envolve toda a operação que conta com de ajuda de foguetes para que os satélites sejam colocados em órbita. “O que se leva muito em consideração são as empresas lançadoras. Nossa preocupação é sempre estar com parceiros com bastante experiência nesse setor”, destaca o executivo do grupo. Um foguete pode estar levando mais de um satélite, mas cada um tem uma apólice específica. No Brasil, o mercado ainda não está empenhado em segurar esses foguetes, mas os responsáveis pelo sinal, o expertise para o transporte está mais nas mãos do mercado internacional.

Comercialização

As operações contam com importantes programas globais de resseguro, nesse segmento a companhia conta com seu braço de Global Risks, uma empresa dedicada a desenhar programas de seguros para companhias com faturamento acima de US$ 400 milhões. A maior parte do seguro para satélites está ressegurada internacionalmente. Há um painel extenso de resseguradores por trás formado por companhias internacionais, que participam de outros projetos no mundo. “Existem equipes dentro de resseguradoras que são experts. Então, já existe um grupo que atualmente faz o resseguro da grande maioria de satélites do mundo”, conta Polízio. Aqui, o grupo emite uma apólice local, protegendo os projetos brasileiros.

Para a venda, a transação conta tanto com o corretor quanto com o broker de resseguro especializados. Eles já acessam os mercados, os resseguradores específicos e que detêm as melhores condições, maior capacidade de resseguros. Desde 2009, a companhia participa de diversos programas de seguro para foguetes e satélites no mundo, o que evidencia a sua liderança no segmento de riscos espaciais. A Mapfre Global Risks também participou de todos os lançamentos de satélites espanhóis nos últimos anos.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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